Desconstruindo estereótipos: narrativas da mulher negra no batuque de umbigada paulista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tâmara Pacheco
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.100.2018.tde-11122017-155233
Resumo: Os batuques manifestam-se em cidades brasileiras como práticas de terreiro. Sob a guarda de mulheres negras e homens negros mais velhos, o tambu (tambor) é o meio de comunicação entre os vivos e os mortos, seguindo os fundamentos africanos banto, na região que ficou conhecida como Oeste Paulista. Neste estudo, tratamos como a mulher negra no batuque de umbigada paulista relaciona sua experiência de vida à cultura negra. Em tempos midiáticos da sociedade de consumo, partimos da visão folclórica acerca da batuqueira para refletir de que forma em seu repertório pessoal ela desconstrói essas e outras imagens controladoras. Entre as mais antigas e emblemáticas herdeiras da tradição, três mulheres negras com mais de 65 anos dispõem-se a testemunhar suas histórias, traçando elementos de enfretamento ao racismo e ao sexismo e revelando aspectos de superação da violência simbólica infringida pelos papéis sociais padronizados. Paralelamente às narrativas de desconstrução de estereótipos, voltamo-nos às teorias que tratam da produção e reprodução social na modernidade e da pós-modernidade e o lugar da mulher negra desde o século XIX, no pós-abolição, até o contexto atual da globalização neoliberal, bem como do feminismo negro, visando identificar estratégias de resistência cotidianas que podem ser vistas como ação política na luta contra o racismo e o sexismo
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Desconstruindo estereótipos: narrativas da mulher negra no batuque de umbigada paulista Deconstructing stereotypes: black women narratives in Paulista Umbigada Batuque 2017-09-25Dennis de OliveiraSilvio Luiz de AlmeidaRosane da Silva BorgesMaria da Glória CaladoTâmara PachecoUniversidade de São PauloMudança Social e Participação PolíticaUSPBR Batuque Batuque Black movement Black woman Cultura popular Feminismo negro Movimento negro Popular culture Os batuques manifestam-se em cidades brasileiras como práticas de terreiro. Sob a guarda de mulheres negras e homens negros mais velhos, o tambu (tambor) é o meio de comunicação entre os vivos e os mortos, seguindo os fundamentos africanos banto, na região que ficou conhecida como Oeste Paulista. Neste estudo, tratamos como a mulher negra no batuque de umbigada paulista relaciona sua experiência de vida à cultura negra. Em tempos midiáticos da sociedade de consumo, partimos da visão folclórica acerca da batuqueira para refletir de que forma em seu repertório pessoal ela desconstrói essas e outras imagens controladoras. Entre as mais antigas e emblemáticas herdeiras da tradição, três mulheres negras com mais de 65 anos dispõem-se a testemunhar suas histórias, traçando elementos de enfretamento ao racismo e ao sexismo e revelando aspectos de superação da violência simbólica infringida pelos papéis sociais padronizados. Paralelamente às narrativas de desconstrução de estereótipos, voltamo-nos às teorias que tratam da produção e reprodução social na modernidade e da pós-modernidade e o lugar da mulher negra desde o século XIX, no pós-abolição, até o contexto atual da globalização neoliberal, bem como do feminismo negro, visando identificar estratégias de resistência cotidianas que podem ser vistas como ação política na luta contra o racismo e o sexismo The Paulista Umbigada Batuque is set in the city as a cultural practice related to the terreiro, or sacred land. It has been kept under the care of elder black women and men, wherein the tambu (a kind of drum) is the tool of communication between the living and the dead, following the African-Bantu teachings that manifests in this region known by Oeste Paulista (Western of Sao Paulo State). In this study, we are concern about how the black women from batuque reflect on the relation between their life experiences and the black culture. In the context of a mass media consume society, and by criticizing the folkloric perspective about the batuqueira (the batuque women), we reflect on how these women deconstruct the controlling images that surround and curtail them. Among the eldest and most representative women of this tradition, three black women commit themselves to narrate their stories for this research, laying out elements of their experience in confronting racism and sexism, and in disclosing the symbolic violence infringed against them by the standardized and socially imposed roles. Besides the narratives concerned the deconstruction of stereotypes, our analysis also looks for theories about social production and reproduction in modernity, the post-modernism debate, and the role fulfilled by the black women since the XIX century, after the abolition of slavery, until nowadays in a neoliberal and globalized world context, as well as in the context of the black feminist thinking.Through the analysis of these narratives and contexts, our work aims to identify the daily strategies of resistance in batuque, which can be considered as well a political action against racism and sexism https://doi.org/10.11606/D.100.2018.tde-11122017-155233info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:44:45Zoai:teses.usp.br:tde-11122017-155233Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T12:31:31.425301Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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