Antropologia e psicanálise existencial na obra sartreana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Odasaki, Alvaro Hideki
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59142/tde-21072017-104907/
Resumo: O objetivo do presente trabalho é expor a Psicanálise existencial, descrita em O Ser e o Nada (1943/2008), como fio condutor entre a dimensão individual e coletiva na obra sartreana. Especificamente, tentar interpretar o método de compreensão da ontologia fenomenológica como tentativa primordial de formular a purificação do campo antropológico. Em outras palavras, mostrar que a subjetividade não pode ser enquadrada partindo dos pressupostos da ciência tradicional, que reifica o processo existencial. A fim de alcançar esse objetivo, nossa exposição é divida em duas partes: (1) elucidação das premissas da Psicanálise existencial e (2) interpretar a obra Questão de método (1957/1966) a partir dos resultados adquiridos em (1). Portanto, primeiramente expomos o sujeito como projeção existencial para, então, demonstrar que a dinâmica social está intimamente articulada com essa estrutura subjetiva. Isso significa que, em alguma medida não existe separação ontológica entre a dimensão individual e a coletiva. Nesse sentido, salientamos como, segundo Sartre, o existencialismo pode auxiliar as pretensões marxistas. Nesta investigação, pode-se perceber que, apesar da inflexão presente na trajetória intelectual sartreana, a tentativa de humanizar os meios pelos quais se investiga as ações humanas esteve sempre presente nos escritos de Sartre. É nesse sentido que propomos a articulação entre Psicanálise existencial e o método de compreensão do campo antropológico.
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