Estudo das características hidrogeológicas dos terrenos cristalinos sob clima úmido, na região de Jundiaí, em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bertachini, Antônio Carlos
Data de Publicação: 1987
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-18092015-144659/
Resumo: Foram utilizadas técnicas de análise hidrogeológica, hidroquímica, geológico-estrutural e morfológica para compreender o comportamento hidrogeológico dos terrenos cristalinos da região de Jundiaí-SP. Os resultados obtidos demonstram a influência das condições climáticas atuais e pré-atuais, evidenciada pela própria geometria do aquífero com a presença de um espessoa manto de alteração com valores mais frequentes de espessura entre 10m e 40m e coeficiente de armazanamento entre 0,03 e 0,005. Estes valores conferem ao manto de alteração saturado uma capacidade de armazanamento bem superior à encontrada no meio fraturado. O manto de alteração desta forma, possibilita a acumulação de reservas renováveis da ordem de 200mm/ano. A ação do clima úmido se faz sentir também na evolução da composição química das águas subterrâneas, as quais apresentam-se pouco mineralizadas, com concentrações dos sólidos totais dissolvidos abaixo de 300mg/l. Estas águas são fortemente bicarbonatadas, mistas ou cálcicas e refletem diretamente os produtos da hidrólise com a influência da litologia ou processos de modificação da composição química. A morfologia dos terrenos influencia as condições climáticas e a distribuição das espessuras do manto de alteração. A permeabilidade do meio fraturado estádiretamente associada à gênese do fraturamento, sendo que os fraturamentos desenvolvidos ao longo das direções N45E, N85W, N-S e N65E, apresentam maior potencialidade com valores mais elevados da capacidade específica. Existe na região de Jundiaí uma variação espacial da densidade e da frequência dos fraturamentos, com as zonas mais fraturadas situadas no extremo sudeoste da área ou a norte do falhamento que corta a área de nordeste para sudeste. Os recursos exploráveis são da ordem de 100mm/ano ou 1.0 x \'10 POT.(5)\'m³/Km², sendo que nas áreas mais fraturadas podem atingir até 200mm/ano ou 2.0 x \'10 POT 5\'m³/Km².
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