Efeitos da poluição atmosférica na superfície ocular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Novaes, Priscila
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-27022012-114920/
Resumo: Objetivo: Avaliar os efeitos de diferentes níveis de exposição ambiental sobre a superfície ocular, por meio da análise histológica da superfície ocular e da avaliação de parâmetros clínicos. Métodos: Etapa 1: Foram selecionados 29 voluntários, em duas localidades diferentes: São Paulo (n=13) e Divinolândia (n=16). Foram avaliadas medidas individuais de exposição ao dióxido de Nitrogênio (NO2) atmosférico e a citologia de impressão de conjuntiva tarsal inferior. Avaliou-se a exposição individual ao NO2 por 7 dias consecutivos, usando um sistema de medida passivo. Foram coletados espécimes de citologia de impressão de conjuntiva tarsal inferior. Foram realizados comparações entre o número de células caliciformes e os níveis de NO2 entre os dois grupos e individualmente. Etapa 2: Foram avaliados 55 voluntários, residentes em São Paulo. Foram medidos os níveis de exposição individual ao NO2, e foi realizada uma avaliação subjetiva de sintomas oculares (OSDI e freqüência de sintomas de desconforto ocular); teste de Schirmer I, biomicroscopia, coloração com fluoresceína e rosa bengala, e medida do TRFL, que foram comparados posteriormente por meio de análise estatística. Resultados: Etapa 1: Os níveis de exposição individual ao NO2 em São Paulo(média=32,47 ± 9,83 g/m3) foram 68% mais altos do que em Divinolândia (média =19,33± 5,24 g/m3); (p = 0,005), e houve uma correlação entre o número de células caliciformes e os níveis de NO2 (=0,566, p=0,001), tendo sido observado um padrão dose-resposta relativo à exposição. Etapa 2: Houve associação entre os níveis de NO2 e os escores do OSDI (p<0,05), a freqüência de irritação ocular (p<0,05), e os valores do TRFL (p<0,05, = -0,316). Conclusões: Houve uma associação significativa entre exposição à poluição atmosférica e a hiperplasia de células caliciformes conjuntivais, sintomas de desconforto ocular e maior instabilidade do filme lacrimal. Observou-se uma repercussão tanto clínica quanto histológica da exposição a níveis mais elevados de NO2, o que sugere que essas medidas podem ser usadas como biomarcadores dos efeitos adversos da poluição atmosférica sobre a superfície ocular
id USP_24b137ed195ea3f0ba0d4d472a69c511
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-27022012-114920
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Efeitos da poluição atmosférica na superfície ocularEffects of air pollution on the ocular surfaceAir pollution/adverse effectsConjunctiva/cytologyConjuntiva/citologiaEnvironmental exposureExposição ambientalEye disease/epidemiologyHiperplasiaHyperplasiaOftalmopatias/epidemiologiaPoluição atmosférica/efeitos adversosObjetivo: Avaliar os efeitos de diferentes níveis de exposição ambiental sobre a superfície ocular, por meio da análise histológica da superfície ocular e da avaliação de parâmetros clínicos. Métodos: Etapa 1: Foram selecionados 29 voluntários, em duas localidades diferentes: São Paulo (n=13) e Divinolândia (n=16). Foram avaliadas medidas individuais de exposição ao dióxido de Nitrogênio (NO2) atmosférico e a citologia de impressão de conjuntiva tarsal inferior. Avaliou-se a exposição individual ao NO2 por 7 dias consecutivos, usando um sistema de medida passivo. Foram coletados espécimes de citologia de impressão de conjuntiva tarsal inferior. Foram realizados comparações entre o número de células caliciformes e os níveis de NO2 entre os dois grupos e individualmente. Etapa 2: Foram avaliados 55 voluntários, residentes em São Paulo. Foram medidos os níveis de exposição individual ao NO2, e foi realizada uma avaliação subjetiva de sintomas oculares (OSDI e freqüência de sintomas de desconforto ocular); teste de Schirmer I, biomicroscopia, coloração com fluoresceína e rosa bengala, e medida do TRFL, que foram comparados posteriormente por meio de análise estatística. Resultados: Etapa 1: Os níveis de exposição individual ao NO2 em São Paulo(média=32,47 ± 9,83 g/m3) foram 68% mais altos do que em Divinolândia (média =19,33± 5,24 g/m3); (p = 0,005), e houve uma correlação entre o número de células caliciformes e os níveis de NO2 (=0,566, p=0,001), tendo sido observado um padrão dose-resposta relativo à exposição. Etapa 2: Houve associação entre os níveis de NO2 e os escores do OSDI (p<0,05), a freqüência de irritação ocular (p<0,05), e os valores do TRFL (p<0,05, = -0,316). Conclusões: Houve uma associação significativa entre exposição à poluição atmosférica e a hiperplasia de células caliciformes conjuntivais, sintomas de desconforto ocular e maior instabilidade do filme lacrimal. Observou-se uma repercussão tanto clínica quanto histológica da exposição a níveis mais elevados de NO2, o que sugere que essas medidas podem ser usadas como biomarcadores dos efeitos adversos da poluição atmosférica sobre a superfície ocularThe purpose of this study was to assess the effects of different levels of ambient air pollution on the ocular surface, combining determinations of individual exposure with clinical and histological parameters. Methods: Stage 1: A total of 29 volunteers from two locations - São Paulo (n=13) and Divinolândia (n=16) were selected. We assessed mean individual levels of NO2 exposure for 7 days, using a passive sampler. Impression cytology samples were obtained from inferior tarsal conjunctiva. Goblet cell counts and NO2 exposure level were compared between the two groups, and between individual values. Stage 2: A total of 55 volunteers, who lived in São Paulo, were selected. The mean individual levels of nitrogen dioxide (NO2) exposure were assessed, as in Stage 1. All subjects answered the Ocular Symptom Disease Index (OSDI) and a symptoms inventory. Subsequently, subjects underwent Schirmer I test, biomicroscopy, vital staining and tear break-up time (TBUT) assessment. OSDI scores, symptoms frequency and clinical data were compared to individual NO2 exposure values by statistical analysis. Results: Stage 1: The NO2 exposure levels were 68% higher for individuals living in São Paulo (mean = 32.47, SD = ± 9.83) than for those living in Divinolândia (mean 19.33, SD ± 5.24) (p = 0,005). There was a steady increase in goblet cell counts, proportional to NO2 exposure (=0.566, p=0.001). Stage 2: There was a significant association between NO2 levels and OSDI scores (p<0.05), reported ocular irritation (p<0.05) and TBUT (p<0.05, = -0.316). Conclusions: An association between exposure to higher levels of air pollution, goblet cell hyperplasia, ocular discomfort symptoms and tear film instability was detected; indicating that there are clinical and histological effects of NO2 exposure, and that these measurements may be used as biomarkers of the adverse effects of air pollution on the ocular surfaceBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJose, Newton KaraNovaes, Priscila2011-12-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-27022012-114920/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:31Zoai:teses.usp.br:tde-27022012-114920Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Efeitos da poluição atmosférica na superfície ocular
Effects of air pollution on the ocular surface
title Efeitos da poluição atmosférica na superfície ocular
spellingShingle Efeitos da poluição atmosférica na superfície ocular
Novaes, Priscila
Air pollution/adverse effects
Conjunctiva/cytology
Conjuntiva/citologia
Environmental exposure
Exposição ambiental
Eye disease/epidemiology
Hiperplasia
Hyperplasia
Oftalmopatias/epidemiologia
Poluição atmosférica/efeitos adversos
title_short Efeitos da poluição atmosférica na superfície ocular
title_full Efeitos da poluição atmosférica na superfície ocular
title_fullStr Efeitos da poluição atmosférica na superfície ocular
title_full_unstemmed Efeitos da poluição atmosférica na superfície ocular
title_sort Efeitos da poluição atmosférica na superfície ocular
author Novaes, Priscila
author_facet Novaes, Priscila
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Jose, Newton Kara
dc.contributor.author.fl_str_mv Novaes, Priscila
dc.subject.por.fl_str_mv Air pollution/adverse effects
Conjunctiva/cytology
Conjuntiva/citologia
Environmental exposure
Exposição ambiental
Eye disease/epidemiology
Hiperplasia
Hyperplasia
Oftalmopatias/epidemiologia
Poluição atmosférica/efeitos adversos
topic Air pollution/adverse effects
Conjunctiva/cytology
Conjuntiva/citologia
Environmental exposure
Exposição ambiental
Eye disease/epidemiology
Hiperplasia
Hyperplasia
Oftalmopatias/epidemiologia
Poluição atmosférica/efeitos adversos
description Objetivo: Avaliar os efeitos de diferentes níveis de exposição ambiental sobre a superfície ocular, por meio da análise histológica da superfície ocular e da avaliação de parâmetros clínicos. Métodos: Etapa 1: Foram selecionados 29 voluntários, em duas localidades diferentes: São Paulo (n=13) e Divinolândia (n=16). Foram avaliadas medidas individuais de exposição ao dióxido de Nitrogênio (NO2) atmosférico e a citologia de impressão de conjuntiva tarsal inferior. Avaliou-se a exposição individual ao NO2 por 7 dias consecutivos, usando um sistema de medida passivo. Foram coletados espécimes de citologia de impressão de conjuntiva tarsal inferior. Foram realizados comparações entre o número de células caliciformes e os níveis de NO2 entre os dois grupos e individualmente. Etapa 2: Foram avaliados 55 voluntários, residentes em São Paulo. Foram medidos os níveis de exposição individual ao NO2, e foi realizada uma avaliação subjetiva de sintomas oculares (OSDI e freqüência de sintomas de desconforto ocular); teste de Schirmer I, biomicroscopia, coloração com fluoresceína e rosa bengala, e medida do TRFL, que foram comparados posteriormente por meio de análise estatística. Resultados: Etapa 1: Os níveis de exposição individual ao NO2 em São Paulo(média=32,47 ± 9,83 g/m3) foram 68% mais altos do que em Divinolândia (média =19,33± 5,24 g/m3); (p = 0,005), e houve uma correlação entre o número de células caliciformes e os níveis de NO2 (=0,566, p=0,001), tendo sido observado um padrão dose-resposta relativo à exposição. Etapa 2: Houve associação entre os níveis de NO2 e os escores do OSDI (p<0,05), a freqüência de irritação ocular (p<0,05), e os valores do TRFL (p<0,05, = -0,316). Conclusões: Houve uma associação significativa entre exposição à poluição atmosférica e a hiperplasia de células caliciformes conjuntivais, sintomas de desconforto ocular e maior instabilidade do filme lacrimal. Observou-se uma repercussão tanto clínica quanto histológica da exposição a níveis mais elevados de NO2, o que sugere que essas medidas podem ser usadas como biomarcadores dos efeitos adversos da poluição atmosférica sobre a superfície ocular
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-12-16
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-27022012-114920/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-27022012-114920/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815257391407562752