Fatores de risco comportamentais para doenças crônicas não transmissíveis de pessoas adultas e idosas no município de Ribeirão Preto - SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Jennifer Vieira Paschoalin
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-15122021-091523/
Resumo: Conhecer os fatores de risco comportamentais e sua simultaneidade para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) é um dos pilares para a sua prevenção e tratamento. Realizou-se um estudo quantitativo, transversal e observacional no município de Ribeirão Preto - SP, no período de 2017 a 2018, com o objetivo de analisar a presença e a simultaneidade de fatores de risco comportamentais para DCNT em adultos e idosos no município de Ribeirão Preto - SP. A amostra foi constituída por 719 pessoas, sendo 535 adultos e 184 idosos, que foram entrevistados utilizando um questionário contendo as variáveis sociodemográficas, clínicas, referentes à alimentação não saudável, tabagismo, consumo nocivo de álcool e inatividade física. A alimentação saudável e não saudável foi classificada segundo a frequência do consumo alimentar nos últimos sete dias. O tabagismo foi expresso pelo percentual de fumantes entre os indivíduos entrevistados, o consumo nocivo de álcool pelo percentual de indivíduos que consumiram bebidas alcoólicas nocivamente pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. Para classificação do nível de inatividade física, utilizou-se a recomendação da Organização Mundial da Saúde, que considera necessária a prática de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou caminhada na semana, classificando com ativas e não ativas. As comparações das variáveis de interesse quanto ao número de fatores de risco foram analisadas por meio do modelo de regressão logística multinomial. Nas razões de prevalência (RP) da simultaneidade, o modelo de regressão log-binomial e análise de clusters foi utilizada. A maioria era mulheres, 393 (73,5%) e 119 (64,7%), com 0 a 8 anos de estudo, 173 (34,3%) e 127 (73,8%), pertencentes à classe econômica C, 266 (49,7%) e 107 (58,1%) considerando adultos e idosos respectivamente. A maioria dos adultos não possuía companheiro 295 (55,1%), e encontrava-se empregado 287 (53,6%), enquanto a maioria dos idosos possuía companheiro 99 (53,8%) e estavam aposentados 29 (70,1%). Adultos (64,3%) e idosos (87,0%) participantes do estudo referiram apresentar alguma DCNT. O fator de risco comportamental relatado pela maioria dos adultos 499 (93,3%) e idosos 156 (84,8%) foi a alimentação não saudável. Adultos têm 2,43 vezes a chance de apresentar dois fatores de risco e 7,73 vezes a chance de apresentar três em relação aos idosos. Evidenciada a frequência 72% maior de tabagismo, quatro vezes maior de consumo nocivo de álcool e 10% maior de alimentação não saudável entre adultos quando comparados aos idosos. A simultaneidade entre os fatores de risco foi 39% maior nos adultos do que nos idosos. Adultos sem companheiros têm 3,35 vezes a chance de apresentar apenas um fator de risco, 5 vezes a chance de apresentar dois e 5,89 vezes a chance de apresentar três comparado aos adultos com companheiro. Conhecer e direcionar medidas para o controle dos fatores de risco comportamentais, sejam eles isolados ou simultâneos, para os adultos e idosos, requer conhecimentos específicos para o alcance de resultados mais efetivos e diferenciados.
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A amostra foi constituída por 719 pessoas, sendo 535 adultos e 184 idosos, que foram entrevistados utilizando um questionário contendo as variáveis sociodemográficas, clínicas, referentes à alimentação não saudável, tabagismo, consumo nocivo de álcool e inatividade física. A alimentação saudável e não saudável foi classificada segundo a frequência do consumo alimentar nos últimos sete dias. O tabagismo foi expresso pelo percentual de fumantes entre os indivíduos entrevistados, o consumo nocivo de álcool pelo percentual de indivíduos que consumiram bebidas alcoólicas nocivamente pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. Para classificação do nível de inatividade física, utilizou-se a recomendação da Organização Mundial da Saúde, que considera necessária a prática de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou caminhada na semana, classificando com ativas e não ativas. As comparações das variáveis de interesse quanto ao número de fatores de risco foram analisadas por meio do modelo de regressão logística multinomial. Nas razões de prevalência (RP) da simultaneidade, o modelo de regressão log-binomial e análise de clusters foi utilizada. A maioria era mulheres, 393 (73,5%) e 119 (64,7%), com 0 a 8 anos de estudo, 173 (34,3%) e 127 (73,8%), pertencentes à classe econômica C, 266 (49,7%) e 107 (58,1%) considerando adultos e idosos respectivamente. A maioria dos adultos não possuía companheiro 295 (55,1%), e encontrava-se empregado 287 (53,6%), enquanto a maioria dos idosos possuía companheiro 99 (53,8%) e estavam aposentados 29 (70,1%). Adultos (64,3%) e idosos (87,0%) participantes do estudo referiram apresentar alguma DCNT. O fator de risco comportamental relatado pela maioria dos adultos 499 (93,3%) e idosos 156 (84,8%) foi a alimentação não saudável. Adultos têm 2,43 vezes a chance de apresentar dois fatores de risco e 7,73 vezes a chance de apresentar três em relação aos idosos. Evidenciada a frequência 72% maior de tabagismo, quatro vezes maior de consumo nocivo de álcool e 10% maior de alimentação não saudável entre adultos quando comparados aos idosos. A simultaneidade entre os fatores de risco foi 39% maior nos adultos do que nos idosos. Adultos sem companheiros têm 3,35 vezes a chance de apresentar apenas um fator de risco, 5 vezes a chance de apresentar dois e 5,89 vezes a chance de apresentar três comparado aos adultos com companheiro. Conhecer e direcionar medidas para o controle dos fatores de risco comportamentais, sejam eles isolados ou simultâneos, para os adultos e idosos, requer conhecimentos específicos para o alcance de resultados mais efetivos e diferenciados.Knowing the behavioral risk factors and their simultaneity for Chronic Non-Communicable Diseases (CNCDs) is one of the pillars for their prevention and treatment. A quantitative, cross-sectional and observational study took place in the city of Ribeirão Preto - SP, from 2017 to 2018, with the objective of analyzing the presence and the simultaneity of behavioral risk factors for CNCDs in adults and elderly people in the city of Ribeirão Preto - SP. The sample consisted of 719 people, 535 adults and 184 elderly, who were interviewed using a questionnaire containing sociodemographic and clinical variables, related to unhealthy eating, smoking, harmful alcohol consumption and physical inactivity. Healthy and unhealthy eating was classified according to the frequency of food consumption in the last seven days. Smoking was expressed as the percentage of smokers among the individuals interviewed, harmful alcohol consumption as the percentage of individuals who consumed harmful alcoholic beverages at least once in the last 30 days. For the classification of the level of physical inactivity, was used the recommendation of the World Health Organization, which considers the practice of at least 150 minutes of moderate physical activity or walking per week as necessary, classifying as active and inactive. Comparisons of the variables of interest regarding the number of risk factors were analyzed using the multinomial logistic regression model. In the prevalence ratios (PR) of simultaneity, the log-binomial regression model and cluster analysis were used. Most were women, 393 (73.5%) and 119 (64.7%), with 0 to 8 years of education, 173 (34.3%) and 127 (73.8%), belonging to economic class C, 266 (49.7%) and 107 (58.1%) considering adults and elderly respectively. Most adults had no partner 295 (55.1%), and 287 (53.6%) were employed, while most elderly people had a partner 99 (53.8%) and 29 were retired (70.1 %). Adults (64.3%) and elderly (87.0%) participants in the study reported having some CNCD. The behavioral risk factor reported by most adults 499 (93.3%) and elderly 156 (84.8%) was unhealthy eating. Adults have 2.43 times the chance of presenting two risk factors and 7.73 times the chance of presenting three in relation to the elderly. Evidenced the 72% higher frequency of smoking, four times higher of harmful alcohol consumption and 10% higher of unhealthy food among adults when compared to the elderly. The simultaneity between risk factors was 39% greater in adults than in the elderly. Adults without partners have 3.35 times the chance of having only one risk factor, 5 times the chance of having two and 5.89 times the chance of having three compared to adults with a partner. Knowing and directing measures to control behavioral risk factors, whether isolated or simultaneous, for adults and the elderly, requires specific knowledge to achieve more effective and differentiated results.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTeixeira, Carla Regina de SouzaMarques, Jennifer Vieira Paschoalin2021-09-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-15122021-091523/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-01-06T14:40:02Zoai:teses.usp.br:tde-15122021-091523Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-01-06T14:40:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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