Padrão histomorfométrico de biópsias ósseas em crianças e adolescentes com doença renal crônica em programa de diálise
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-10032020-101638/ |
Resumo: | Os distúrbios minerais ósseos em crianças com DRC resultam em aumento do risco de fraturas, déficit de crescimento, baixa qualidade de vida e morte. A biópsia óssea é o padrão ouro para o diagnóstico de osteodistrofia renal (OR). No entanto, esforços têm sido feitos na tentativa de usar biomarcadores circulantes, bem como técnicas de diagnóstico por imagem. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os parâmetros da biópsia óssea e sua relação com características clínicas, marcadores bioquímicos e densitometria (DXA) em crianças com DRC. Quarenta e dois pacientes, com média de idade de 11,3 ± 4,3 anos com DRC 5D, foram submetidos à biópsia óssea. Dados demográficos, clínicos e bioquímicos e DXA foram obtidos naquele momento. Baixa remodelação óssea estava presente em 59% dos pacientes, mineralização anormal em 29%. Volume ósseo alto e baixo estavam presentes em 19% e 7% dos pacientes, respectivamente. Maior taxa de formação óssea foi encontrada em pacientes não brancos, enquanto mineralização anormal ocorreu em crianças mais velhas (13,4 ± 3,5 versus 10,5 ± 4,4 anos; p = 0,05) e mais baixas (-3,4 ± 1,5 vs. -2,2 ± 1,7 escore Z altura/idade; p = 0,04). Não houve diferença nos parâmetros histomorfométricos entre os pacientes quanto ao sexo, idade e etiologia da doença. O escore Z da DXA mostrou correlação inversa com o volume osteóide (OV/BV) (r = -0,52; p < 0,001) e superfície osteóide (OS/BS) (r = - 0,34; p = 0,04). O PTH e a fosfatase alcalina (FA) apresentaram correlação positiva com a remodelação óssea. Na análise da curva ROC, o PTH e o cálcio foram capazes de prever baixa remodelação (AUC 0,74, sensibilidade 0,60 e especificidade 0,88). O PTH e a FA também previram mineralização anormal (AUC 0,75, sensibilidade 0,67 e especificidade 0,90) e (AUC 0,72, sensibilidade 0,58, e especificidade 0,93). Embora o PTH e o FA estivessem associados à remodelação e à mineralização, reconhecemos a limitação de seu desempenho para distinguir claramente alta e baixa remodelação, e mineralização normal da mineralização anormal. Nossos resultados reforçam a necessidade de expandir o conhecimento sobre osteodistrofia renal na população pediátrica por meio de estudos prospectivos de biópsia óssea |
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Padrão histomorfométrico de biópsias ósseas em crianças e adolescentes com doença renal crônica em programa de diáliseHistomorphometric pattern of bone biopsies in children and adolescentes with chronic kidney disease in dialysis programBiópsiaBiopsyBone diseases metabolicChildCriançaDoenças ósseas metabólicasHiperparatireoidismo secundárioHyperparathyroidism secondaryInsuficiência renal crônicaRenal insufficiency chronicOs distúrbios minerais ósseos em crianças com DRC resultam em aumento do risco de fraturas, déficit de crescimento, baixa qualidade de vida e morte. A biópsia óssea é o padrão ouro para o diagnóstico de osteodistrofia renal (OR). No entanto, esforços têm sido feitos na tentativa de usar biomarcadores circulantes, bem como técnicas de diagnóstico por imagem. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os parâmetros da biópsia óssea e sua relação com características clínicas, marcadores bioquímicos e densitometria (DXA) em crianças com DRC. Quarenta e dois pacientes, com média de idade de 11,3 ± 4,3 anos com DRC 5D, foram submetidos à biópsia óssea. Dados demográficos, clínicos e bioquímicos e DXA foram obtidos naquele momento. Baixa remodelação óssea estava presente em 59% dos pacientes, mineralização anormal em 29%. Volume ósseo alto e baixo estavam presentes em 19% e 7% dos pacientes, respectivamente. Maior taxa de formação óssea foi encontrada em pacientes não brancos, enquanto mineralização anormal ocorreu em crianças mais velhas (13,4 ± 3,5 versus 10,5 ± 4,4 anos; p = 0,05) e mais baixas (-3,4 ± 1,5 vs. -2,2 ± 1,7 escore Z altura/idade; p = 0,04). Não houve diferença nos parâmetros histomorfométricos entre os pacientes quanto ao sexo, idade e etiologia da doença. O escore Z da DXA mostrou correlação inversa com o volume osteóide (OV/BV) (r = -0,52; p < 0,001) e superfície osteóide (OS/BS) (r = - 0,34; p = 0,04). O PTH e a fosfatase alcalina (FA) apresentaram correlação positiva com a remodelação óssea. Na análise da curva ROC, o PTH e o cálcio foram capazes de prever baixa remodelação (AUC 0,74, sensibilidade 0,60 e especificidade 0,88). O PTH e a FA também previram mineralização anormal (AUC 0,75, sensibilidade 0,67 e especificidade 0,90) e (AUC 0,72, sensibilidade 0,58, e especificidade 0,93). Embora o PTH e o FA estivessem associados à remodelação e à mineralização, reconhecemos a limitação de seu desempenho para distinguir claramente alta e baixa remodelação, e mineralização normal da mineralização anormal. Nossos resultados reforçam a necessidade de expandir o conhecimento sobre osteodistrofia renal na população pediátrica por meio de estudos prospectivos de biópsia ósseaBone mineral disorders in children with CKD results in increased risk of fractures, growth failure, low quality of life and death. Bone biopsy is the gold standard for the diagnosis of renal osteodystrophy (RO). Efforts have been made in the attempt to use circulating biomarkers, as well as diagnostic imaging techniques. The objectives of this study were to characterize bone biopsy parameters and their relationship to clinical features, biochemical markers, as well as densitometry (DXA) in children with CKD. Forty-two patients, mean age 11.3±4.3 with 5D CKD, underwent bone biopsy. Demographic, clinical and biochemical data, and DXA were obtained at that time. Low bone turnover was present in 59% of patients, abnormal mineralization in 29%. High and low bone volume was present in 19% and 7% of patients, respectively. Higher bone formation rates were found in non-Caucasian patients, while abnormal mineralization occurred in older (13.4 ± 3.5 versus 10.5 ± 4.4 years; p = 0.05) and shorter children (- 3.4 ± 1.5 vs. -2.2 ± 1.7 Z score height / age; p = 0.04). There was no difference in histomorphometric parameters between patients regarding gender, age and disease etiology. DXA Z-score showed an inverse correlation with osteoid volume (OV / BV) (r = -0.52; p < 0.001) and osteoid surface (OS / BS) (r = -0.34; p = 0.04 ). PTH and an alkaline phosphatase (AP) were positively correlated with bone turnover. In the ROC analysis curve, PTH and calcium were able to predict low turnover (AUC 0.74, sensitivity 0.60 and specificity 0.88). PTH and AP also prevent abnormal mineralization (AUC 0.75, sensitivity 0.67 and specificity 0.90) and (AUC 0.72, sensitivity 0.58, and specificity 0.93) Albeit PTH and AP were associated with turnover and mineralization, we recognize the limitation of their performance to clearly distinguish high from low turnover and normal from abnormal mineralization. Our results reinforce the need to expand knowledge about renal osteodystrophy in the pediatric population through prospective bone biopsy studiesBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMoyses, Rosa Maria AffonsoSoeiro, Emilia Maria Dantas2019-12-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-10032020-101638/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-03-10T16:24:02Zoai:teses.usp.br:tde-10032020-101638Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-03-10T16:24:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Os distúrbios minerais ósseos em crianças com DRC resultam em aumento do risco de fraturas, déficit de crescimento, baixa qualidade de vida e morte. A biópsia óssea é o padrão ouro para o diagnóstico de osteodistrofia renal (OR). No entanto, esforços têm sido feitos na tentativa de usar biomarcadores circulantes, bem como técnicas de diagnóstico por imagem. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os parâmetros da biópsia óssea e sua relação com características clínicas, marcadores bioquímicos e densitometria (DXA) em crianças com DRC. Quarenta e dois pacientes, com média de idade de 11,3 ± 4,3 anos com DRC 5D, foram submetidos à biópsia óssea. Dados demográficos, clínicos e bioquímicos e DXA foram obtidos naquele momento. Baixa remodelação óssea estava presente em 59% dos pacientes, mineralização anormal em 29%. Volume ósseo alto e baixo estavam presentes em 19% e 7% dos pacientes, respectivamente. Maior taxa de formação óssea foi encontrada em pacientes não brancos, enquanto mineralização anormal ocorreu em crianças mais velhas (13,4 ± 3,5 versus 10,5 ± 4,4 anos; p = 0,05) e mais baixas (-3,4 ± 1,5 vs. -2,2 ± 1,7 escore Z altura/idade; p = 0,04). Não houve diferença nos parâmetros histomorfométricos entre os pacientes quanto ao sexo, idade e etiologia da doença. O escore Z da DXA mostrou correlação inversa com o volume osteóide (OV/BV) (r = -0,52; p < 0,001) e superfície osteóide (OS/BS) (r = - 0,34; p = 0,04). O PTH e a fosfatase alcalina (FA) apresentaram correlação positiva com a remodelação óssea. Na análise da curva ROC, o PTH e o cálcio foram capazes de prever baixa remodelação (AUC 0,74, sensibilidade 0,60 e especificidade 0,88). O PTH e a FA também previram mineralização anormal (AUC 0,75, sensibilidade 0,67 e especificidade 0,90) e (AUC 0,72, sensibilidade 0,58, e especificidade 0,93). Embora o PTH e o FA estivessem associados à remodelação e à mineralização, reconhecemos a limitação de seu desempenho para distinguir claramente alta e baixa remodelação, e mineralização normal da mineralização anormal. Nossos resultados reforçam a necessidade de expandir o conhecimento sobre osteodistrofia renal na população pediátrica por meio de estudos prospectivos de biópsia óssea |
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