Efeito da terapia periodontal supragengival em parâmetros microbiológicos de pacientes portadores de diabetes tipo 2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rabelo, Mariana de Sousa
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23146/tde-28032014-194950/
Resumo: Objetivos: Avaliar o impacto da terapia periodontal supragengival nos parâmetros clínicos e microbiológicos de pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 (DMT2) em um período de 6 meses, através da utilização do PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real. Material e Métodos: A amostra foi composta por 20 pacientes portadores de DMT2. Os indivíduos foram randomizados em dois grupos diferentes e receberam duas formas de tratamento periodontal. O grupo teste, composto por 10 indivíduos, recebeu terapia periodontal supragengival (TPS) e o grupo controle, também com 10 indivíduos, recebeu terapia periodontal intensiva (TPI), considerada como o padrão ouro. Ambos os grupos receberam orientação de higiene (OHB), durante os 6 meses da realização do estudo. Foram coletadas amostras de biofilme subgengival em um sítio raso e outro profundo, antes do tratamento periodontal e após seis meses do seu término, perfazendo um total de 4 amostras por paciente. Foram avaliadas quatro bactérias periodontais (Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia e Treponema denticola) e também foi feita a contagem Universal das bactérias presentes. O estudo avaliou um total de 80 amostras. Foram também coletados os dados clínicos periodontais. A quantidade de bactérias pré e pós tratamento foi determinada pela técnica de PCR em tempo real. Os dados clínicos e microbiológicos foram analisados por métodos estatísticos não-paramétricos. Resultados: A análise dos dados demográficos e clínicos no baseline, mostrou não haver diferenças entre os grupos TPS e TPI. Existem diferenças significativas entre os tratamentos com relação à melhora do sangramento (p<0,001) e profundidade clínica de sondagem (PCS) (p=0,011), em ambos à melhora pelo tratamento TPI é maior. Quanto a melhora dos parâmetros clínicos periodontais em cada um dos grupos após 6 meses, apenas a supuração não melhorou para o grupo TPS. Os demais parâmetros clínicos melhoram significativamente em ambos os tratamentos. Com relação aos dados microbiológicos, nas bolsas rasas os grupos são diferentes para a medida de A. actinomycetemcomitans e P. gingivalis na avaliação de 6 meses. No entanto, quando comparamos as diferenças (log final- log inicial), não houve diminuição significativa entre os grupos para nenhuma das bactérias. Com relação à diminuição do número de bactérias em cada um dos tratamentos, houve uma diminuição significativa para T. forsythia no grupo TPI. Nas bolsas profundas, quando comparamos as diferenças (log final- log inicial), não houve diminuição significativa entre os grupos para nenhuma das bactérias avaliadas, bem como após 6 meses em cada um dos tratamentos. Quando fazemos a razão do número de cópias de cada bactéria com relação ao número de cópias total (Universal) nas bolsas rasas, existe diferença significativa entre os grupos para P. gingivalis (p= 0,043) e A. actinomycetemcomitans (p= 0,019) na avaliação de 6 meses. Com relação à diminuição das proporções para cada um dos tratamentos após 6 meses, TPI foi capaz de reduzir significativamente o número de T. forsythia nas bolsas rasas (p=0,004) e o número de P. gingivalis nas bolsas profundas (p=0,037).
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O grupo teste, composto por 10 indivíduos, recebeu terapia periodontal supragengival (TPS) e o grupo controle, também com 10 indivíduos, recebeu terapia periodontal intensiva (TPI), considerada como o padrão ouro. Ambos os grupos receberam orientação de higiene (OHB), durante os 6 meses da realização do estudo. Foram coletadas amostras de biofilme subgengival em um sítio raso e outro profundo, antes do tratamento periodontal e após seis meses do seu término, perfazendo um total de 4 amostras por paciente. Foram avaliadas quatro bactérias periodontais (Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia e Treponema denticola) e também foi feita a contagem Universal das bactérias presentes. O estudo avaliou um total de 80 amostras. Foram também coletados os dados clínicos periodontais. A quantidade de bactérias pré e pós tratamento foi determinada pela técnica de PCR em tempo real. Os dados clínicos e microbiológicos foram analisados por métodos estatísticos não-paramétricos. Resultados: A análise dos dados demográficos e clínicos no baseline, mostrou não haver diferenças entre os grupos TPS e TPI. Existem diferenças significativas entre os tratamentos com relação à melhora do sangramento (p<0,001) e profundidade clínica de sondagem (PCS) (p=0,011), em ambos à melhora pelo tratamento TPI é maior. Quanto a melhora dos parâmetros clínicos periodontais em cada um dos grupos após 6 meses, apenas a supuração não melhorou para o grupo TPS. Os demais parâmetros clínicos melhoram significativamente em ambos os tratamentos. Com relação aos dados microbiológicos, nas bolsas rasas os grupos são diferentes para a medida de A. actinomycetemcomitans e P. gingivalis na avaliação de 6 meses. No entanto, quando comparamos as diferenças (log final- log inicial), não houve diminuição significativa entre os grupos para nenhuma das bactérias. 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Com relação à diminuição das proporções para cada um dos tratamentos após 6 meses, TPI foi capaz de reduzir significativamente o número de T. forsythia nas bolsas rasas (p=0,004) e o número de P. gingivalis nas bolsas profundas (p=0,037).Objectives: To evaluate the supragingival periodontal therapy in clinical and microbiological parameters in subjects with type 2 diabetes mellitus (T2DM) in a 6 month period by using real-time PCR. Material and Methods: The study included 20 individuals with T2DM. The subjects were divided into two groups and received two different forms of periodontal treatment. A group of 10 individuals received supragingival periodontal treatment (SPT) and another, also with 10 patients received intensive periodontal treatment (IPT), the gold standard. Samples were collected from subgingival biofilm in shallow sites and deep sites before and after six months of the periodontal treatment, a total of four samples per patient. We evaluated four periodontal pathogens (Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Tannerella forsythia, and Treponema denticola) and was also made Universal count of bacteria present. The study evaluated a total of 80 samples. Clinical parameters were also acessed. The amount of bacteria before and after treatment was determined by real time PCR. Clinical and microbiological data were analyzed by non-parametric statistical methods. Results: The analysis of demographic and clinical data at baseline, showed no differences between groups SPT and IPT. There are significant differences between the treatments with regard to improvement of bleeding (p<0.001) and probing depth (PD) (p=0.011) in both the IPT improvement is greater. Regarding the improvement of clinical periodontal parameters after 6 months for each group, only the suppuration has not improved for the SPT group. The other clinical parameters improved significantly in both treatments. Regarding the microbiological data in the shallow sites, the groups are different for the measurement of A. actinomycetemcomitans and P. gingivalis in the evaluation of 6 months. However, when comparing the differences (end log inicial log), there was no significant decrease between groups for any of the bacteria. With respect to reducing the number of bacteria in each of the treatments, there was a significant decrease in T. forsythia for IPT. In the deep sites, the groups are different for the measurement of A. actinomycetemcomitans at baseline. However, when comparing the differences (end log inicial log), there was no significant decrease between groups for any of the bacteria evaluated. There was also no significant decrease in the number of bacteria after 6 months in each treatment. When we make the ratio of the number of copies of each bacteria with respect to the number of complete copies (Universal) in shallow sites, there is a significant difference between groups for P. gingivalis (p=0.043) and A. actinomycetemcomitans (p = 0.019) in the evaluation of 6 months. With regard to reduction for each treatment after 6 months, IPT was able to significantly reduce the number of T. forsythia in shallow sites (p = 0.004) and the number of P. gingivalis in deep sites (p= 0.037).Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRomito, Giuseppe AlexandreRabelo, Mariana de Sousa2014-02-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23146/tde-28032014-194950/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:50Zoai:teses.usp.br:tde-28032014-194950Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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Rabelo, Mariana de Sousa
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