Mecanismos induzidos pelos adipócitos na regulação dos osteoblastos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-17012024-163410/ |
Resumo: | O osso é um tecido conjuntivo que apresenta uma matriz extracelular mineralizada, sendo altamente vascularizado e metabolicamente ativo. O tecido adiposo, por sua vez, é composto por adipócitos brancos, marrons e bege desempenhando papéis distintos. Sabe-se que os osteoblastos e adipócitos compartilham um progenitor mesenquimal, e uma possível desregulação osteo-adipogênica pode desencadear condições patológicas, como a osteoporose. Objetivo do estudo foi avaliar o potencial osteogênico e o perfil proteômico de osteoblastos frente a estimulação adipogênica. Para isso, meios condicionados (MC) dos adipócitos foram coletados nos períodos de 9 e 12 dias de diferenciação. Em seguida, os osteoblastos foram expostos ou não ao tratamento e foram avaliados, a viabilidade celular por MTT, a atividade da fosfatase alcalina e o potencial de mineralização por meio de ensaios colorimétricos. Adicionalmente, a expressão gênica e o perfil proteômico, também foram avaliados. Nossos resultados mostraram que os meios condicionados não causaram alteração na viabilidade células. O tempo de coleta para os meios condicionados (9 e 12d) foram estabelecidos de acordo com o período da diferenciação adipogênica, e os períodos avaliados nos osteoblastos (7,10,14 e 21d) estão relacionados ao período de maturação dos osteoblastos. Em contrapartida, o tratamento modulou a atividade da fosfatase alcalina, no período de 7 dias apenas o grupo MC 12d apresentou uma diminuição, em contrapartida no período de 10 dias, os grupos: Meio Feeding (MF) (meio de manutenção dos adipócitos) , MC 9d e MC12d; apresentaram o mesmo perfil e no período de 14 dias a mesma atividade se manteve, e inibiu a formação de deposição de cálcio, sendo confirmado pela expressão gênica onde os marcadores ALPL e Bglap foram avaliados e sua expressão diminuída em todos os períodos. Em relação ao perfil das proteínas, várias foram alteradas, como a Fibronectin, subunidades de Histonas, Hemoglobina, Asporin e Vimentin. O desequilíbrio dessas proteínas modula as respostas inflamatórias, desregulação metabólica e controle do ciclo celular assim determinam ou não a formação óssea, estando intimamente relacionadas com as doenças ósseas de origem inflamatória. Independentemente do período de coleta dos meios condicionados (MCs), os osteoblastos apresentaram regulação negativa quando tratados com os meios condicionados. Sendo assim, nossos resultados apontam que fatores importantes foram secretados pelos adipócitos que influenciaram diretamente na homeostasia dos osteoblastos, promovendo a não mineralização destes e consequentemente, modulando negativamente o perfil proteico dessas células. Esses resultados podem ter implicações significativas na pesquisa futura e no desenvolvimento de estratégias terapêuticas para condições relacionadas ao metabolismo ósseo. |
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Mecanismos induzidos pelos adipócitos na regulação dos osteoblastosMechanisms induced by adipocytes in the regulation of osteoblastsAdipócitoAdipocytesCell differentiationDiferenciação celularOsteoblastOsteoblastoO osso é um tecido conjuntivo que apresenta uma matriz extracelular mineralizada, sendo altamente vascularizado e metabolicamente ativo. O tecido adiposo, por sua vez, é composto por adipócitos brancos, marrons e bege desempenhando papéis distintos. Sabe-se que os osteoblastos e adipócitos compartilham um progenitor mesenquimal, e uma possível desregulação osteo-adipogênica pode desencadear condições patológicas, como a osteoporose. Objetivo do estudo foi avaliar o potencial osteogênico e o perfil proteômico de osteoblastos frente a estimulação adipogênica. Para isso, meios condicionados (MC) dos adipócitos foram coletados nos períodos de 9 e 12 dias de diferenciação. Em seguida, os osteoblastos foram expostos ou não ao tratamento e foram avaliados, a viabilidade celular por MTT, a atividade da fosfatase alcalina e o potencial de mineralização por meio de ensaios colorimétricos. Adicionalmente, a expressão gênica e o perfil proteômico, também foram avaliados. Nossos resultados mostraram que os meios condicionados não causaram alteração na viabilidade células. O tempo de coleta para os meios condicionados (9 e 12d) foram estabelecidos de acordo com o período da diferenciação adipogênica, e os períodos avaliados nos osteoblastos (7,10,14 e 21d) estão relacionados ao período de maturação dos osteoblastos. Em contrapartida, o tratamento modulou a atividade da fosfatase alcalina, no período de 7 dias apenas o grupo MC 12d apresentou uma diminuição, em contrapartida no período de 10 dias, os grupos: Meio Feeding (MF) (meio de manutenção dos adipócitos) , MC 9d e MC12d; apresentaram o mesmo perfil e no período de 14 dias a mesma atividade se manteve, e inibiu a formação de deposição de cálcio, sendo confirmado pela expressão gênica onde os marcadores ALPL e Bglap foram avaliados e sua expressão diminuída em todos os períodos. Em relação ao perfil das proteínas, várias foram alteradas, como a Fibronectin, subunidades de Histonas, Hemoglobina, Asporin e Vimentin. O desequilíbrio dessas proteínas modula as respostas inflamatórias, desregulação metabólica e controle do ciclo celular assim determinam ou não a formação óssea, estando intimamente relacionadas com as doenças ósseas de origem inflamatória. Independentemente do período de coleta dos meios condicionados (MCs), os osteoblastos apresentaram regulação negativa quando tratados com os meios condicionados. Sendo assim, nossos resultados apontam que fatores importantes foram secretados pelos adipócitos que influenciaram diretamente na homeostasia dos osteoblastos, promovendo a não mineralização destes e consequentemente, modulando negativamente o perfil proteico dessas células. Esses resultados podem ter implicações significativas na pesquisa futura e no desenvolvimento de estratégias terapêuticas para condições relacionadas ao metabolismo ósseo.Bone is a connective tissue that has a mineralized extracellular matrix, being highly vascularized and metabolically active. Adipose tissue, in turn, is composed of white, brown and beige adipocytes playing different roles. It is known that osteoblasts and adipocytes share a mesenchymal progenitor, and a possible osteo-adipogenic dysregulation can trigger pathological conditions such as osteoporosis. The objective of the study was to evaluate the osteogenic potential and proteomic profile of osteoblasts in the face of adipogenic stimulation. For this, conditioned media (CM) from adipocytes were collected at periods of 9 and 12 days of differentiation. Then, the osteoblasts were exposed or not to the treatment and cell viability was evaluated by MTT, alkaline phosphatase activity and mineralization potential using colorimetric assays. Additionally, gene expression and proteomic profile were also evaluated. Our results showed that the conditioned media did not cause changes in cell viability. The collection time for conditioned media (9 and 12d) were established according to the period of adipogenic differentiation, and the periods evaluated in osteoblasts (7,10,14 and 21d) are related to the period of osteoblast maturation. On the other hand, the treatment modulated the activity of alkaline phosphatase, in the period of 7 days only the MC 12d group showed a decrease, in contrast in the period of 10 days, the groups: Feeding Medium (MF) (adipocyte maintenance medium), MC 9d and MC12d; presented the same profile and over a period of 14 days the same activity was maintained, and inhibited the formation of calcium deposition, being confirmed by gene expression where the markers ALPL and Bglap were evaluated and their expression decreased in all periods. In relation to the protein profile, several were altered, such as Fibronectin, Histone subunits, Hemoglobin, Asporin and Vimentin. The imbalance of these proteins modulates inflammatory responses, metabolic dysregulation and control of the cell cycle, thus determining whether or not bone formation occurs, being closely related to bone diseases of inflammatory origin. Regardless of the period of collection of conditioned media (CMs), osteoblasts showed downregulation when treated with conditioned media. Therefore, our results indicate that important factors were secreted by adipocytes that directly influenced the homeostasis of osteoblasts, promoting their non-mineralization and consequently, negatively modulating the protein profile of these cells. These results may have significant implications for future research and the development of therapeutic strategies for conditions related to bone metabolism.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPOliveira, Rodrigo Cardoso deSanches, Mariana Liessa Rovis2023-10-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-17012024-163410/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPReter o conteúdo por motivos de patente, publicação e/ou direitos autoriais.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-02T12:46:02Zoai:teses.usp.br:tde-17012024-163410Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-02T12:46:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O osso é um tecido conjuntivo que apresenta uma matriz extracelular mineralizada, sendo altamente vascularizado e metabolicamente ativo. O tecido adiposo, por sua vez, é composto por adipócitos brancos, marrons e bege desempenhando papéis distintos. Sabe-se que os osteoblastos e adipócitos compartilham um progenitor mesenquimal, e uma possível desregulação osteo-adipogênica pode desencadear condições patológicas, como a osteoporose. Objetivo do estudo foi avaliar o potencial osteogênico e o perfil proteômico de osteoblastos frente a estimulação adipogênica. Para isso, meios condicionados (MC) dos adipócitos foram coletados nos períodos de 9 e 12 dias de diferenciação. Em seguida, os osteoblastos foram expostos ou não ao tratamento e foram avaliados, a viabilidade celular por MTT, a atividade da fosfatase alcalina e o potencial de mineralização por meio de ensaios colorimétricos. Adicionalmente, a expressão gênica e o perfil proteômico, também foram avaliados. Nossos resultados mostraram que os meios condicionados não causaram alteração na viabilidade células. O tempo de coleta para os meios condicionados (9 e 12d) foram estabelecidos de acordo com o período da diferenciação adipogênica, e os períodos avaliados nos osteoblastos (7,10,14 e 21d) estão relacionados ao período de maturação dos osteoblastos. Em contrapartida, o tratamento modulou a atividade da fosfatase alcalina, no período de 7 dias apenas o grupo MC 12d apresentou uma diminuição, em contrapartida no período de 10 dias, os grupos: Meio Feeding (MF) (meio de manutenção dos adipócitos) , MC 9d e MC12d; apresentaram o mesmo perfil e no período de 14 dias a mesma atividade se manteve, e inibiu a formação de deposição de cálcio, sendo confirmado pela expressão gênica onde os marcadores ALPL e Bglap foram avaliados e sua expressão diminuída em todos os períodos. Em relação ao perfil das proteínas, várias foram alteradas, como a Fibronectin, subunidades de Histonas, Hemoglobina, Asporin e Vimentin. O desequilíbrio dessas proteínas modula as respostas inflamatórias, desregulação metabólica e controle do ciclo celular assim determinam ou não a formação óssea, estando intimamente relacionadas com as doenças ósseas de origem inflamatória. Independentemente do período de coleta dos meios condicionados (MCs), os osteoblastos apresentaram regulação negativa quando tratados com os meios condicionados. Sendo assim, nossos resultados apontam que fatores importantes foram secretados pelos adipócitos que influenciaram diretamente na homeostasia dos osteoblastos, promovendo a não mineralização destes e consequentemente, modulando negativamente o perfil proteico dessas células. Esses resultados podem ter implicações significativas na pesquisa futura e no desenvolvimento de estratégias terapêuticas para condições relacionadas ao metabolismo ósseo. |
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