Uso de osso alógeno córtico-medular fresco congelado em bloco para aumento posterior de mandíbula atrófica: estudo clínico, histológico e histomorfométrico em humanos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58136/tde-17062014-094011/ |
Resumo: | Rebordos residuais atróficos em região posterior da mandíbula são um desafio clínico para a instalação de implantes. Dentre as várias técnicas utilizadas para resolver este desafio, o enxerto onlay de osso autógeno - geralmente coletado da crista ilíaca -, enxertos interposicionais, distração óssea e lateralização do nervo alveolar inferior são os mais executados. Entretanto, referidas técnicas expuseram desvantagens, tais como a morbidade, aumento do tempo de cirurgia e custos. Como alternativa, o uso de enxerto alógeno pode ser considerado, uma vez que existem inúmeras vantagens, como na redução do tempo cirúrgico, grande disponibilidade óssea e diminuição significativa da morbidade. O presente estudo trata da avaliação de forma clínica, histológica e histomorfométrica de enxerto de osso alógeno fresco congelado no aumento ósseo da região posterior mandibular, permitindo, dessa forma, a instalação de implantes dentários. Dezesseis hemi-mandíbulas de 12 pacientes (4 pacientes tratados bilateralmente) demonstrando atrofia alveolar crítica eram tridimensionalmente reconstruídas por meio de enxertos alógenos de blocos ósseos frescos congelados córtico-medulares provenientes da epífise distal do fêmur. Um total de 30 blocos foram fixados com parafusos de titânio de 1,5mm, cobertos com osso bovino mineral e membrana de colágeno. Após seis meses, procedeu-se a instalação dos implantes e biópsias ósseas, colhidas através de trefinas e enviadas para análise histológica e histomorfométrica . Na sequência incluíram-se amostras de osso em parafina, preparadas com hematoxilina e eosina ou, em resina para usar uma técnica de corte de trefinas, com vermelho de alizarina e coloração com azul de Stevenel. Realizaram-se tomografias computadorizadas de feixe cônico logo após o procedimento de enxerto ósseo e no pós-operatório de 6 meses, anteriormente à colocação do implante (6 meses após a enxertia). Os implantes dentários foram observados até a reabilitação protética. Foram utilizados os testes estatísticos de Kruskal-Wallis e pós-teste Tukey. Distribuiram-se os blocos entre 9 pacientes do sexo feminino e três do sexo masculino, com idade entre 37 e 64 anos (média de 50,9 ± 8,3 anos). Cada hemi-mandíbula recebeu de 1 a 3 blocos (1,9 ± 0,7 blocos), sob anestesia local. O ganho ósseo em espessura pós operatória imediata foi de 6,3 ±1,4 mm e tardia de 4,5 ± 1,3mm, em altura o ganho pós operatório imediato foi de 4,8 ± 1.6mm e tardio de 2,6mm ± 2mm. Quatro blocos demonstraram pequena deiscência da ferida 15-21 dias após a cirurgia, tratados com a remoção de necrose dos tecidos moles seguido de terapia tópica com bochecho de clorexidina 0,12% e clorexidina gel 2% duas vezes ao dia, até o fechamento total. Um total de 30 implantes foi instalado com acompanhamento de 15 à 28 meses (19,8 ± 4 meses). No decorrer do primeiro ano perdeu-se apenas um implante. A taxa de sobrevivência dos implantes foi de 96,66%. Por sua vez, exames de histologia exibiram osso neoformado em contato com o osso residual do enxerto alógeno, e tecido conjuntivo. Não houveram evidências de infiltrado inflamatório. A análise histomorfométrica mostrou 18,9 ± 8,1 % de osso neoformado, 32,5 ± 14,8% de enxerto ósseo alógeno residual e 48,6 ± 14,9% de tecido conjuntivo. Os enxertos alógenos frescos congelados em blocos se comportaram como um arcabouço para osteocondução e permitiram neoformação óssea adequada. Ele pode ser considerado uma alternativa viável para a reconstrução de rebordos residuais mandíbulares atróficos na região posterior, permitindo a instalação de implantes e reabilitação protética funcional. |
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Uso de osso alógeno córtico-medular fresco congelado em bloco para aumento posterior de mandíbula atrófica: estudo clínico, histológico e histomorfométrico em humanosCortico-cancellous fresh frozen allografts bone blocks for augmentation of atrophic posterior mandible: clinical, histological and histomorfometric study in humansanálise histológicaatrophic mandibleenxerto alógeno fresco congeladofresh frozen bone allografthistological analysishistomorfometriahistomorphometryimplantesimplantsmandíbula atróficaRebordos residuais atróficos em região posterior da mandíbula são um desafio clínico para a instalação de implantes. Dentre as várias técnicas utilizadas para resolver este desafio, o enxerto onlay de osso autógeno - geralmente coletado da crista ilíaca -, enxertos interposicionais, distração óssea e lateralização do nervo alveolar inferior são os mais executados. Entretanto, referidas técnicas expuseram desvantagens, tais como a morbidade, aumento do tempo de cirurgia e custos. Como alternativa, o uso de enxerto alógeno pode ser considerado, uma vez que existem inúmeras vantagens, como na redução do tempo cirúrgico, grande disponibilidade óssea e diminuição significativa da morbidade. O presente estudo trata da avaliação de forma clínica, histológica e histomorfométrica de enxerto de osso alógeno fresco congelado no aumento ósseo da região posterior mandibular, permitindo, dessa forma, a instalação de implantes dentários. Dezesseis hemi-mandíbulas de 12 pacientes (4 pacientes tratados bilateralmente) demonstrando atrofia alveolar crítica eram tridimensionalmente reconstruídas por meio de enxertos alógenos de blocos ósseos frescos congelados córtico-medulares provenientes da epífise distal do fêmur. Um total de 30 blocos foram fixados com parafusos de titânio de 1,5mm, cobertos com osso bovino mineral e membrana de colágeno. Após seis meses, procedeu-se a instalação dos implantes e biópsias ósseas, colhidas através de trefinas e enviadas para análise histológica e histomorfométrica . Na sequência incluíram-se amostras de osso em parafina, preparadas com hematoxilina e eosina ou, em resina para usar uma técnica de corte de trefinas, com vermelho de alizarina e coloração com azul de Stevenel. Realizaram-se tomografias computadorizadas de feixe cônico logo após o procedimento de enxerto ósseo e no pós-operatório de 6 meses, anteriormente à colocação do implante (6 meses após a enxertia). Os implantes dentários foram observados até a reabilitação protética. Foram utilizados os testes estatísticos de Kruskal-Wallis e pós-teste Tukey. Distribuiram-se os blocos entre 9 pacientes do sexo feminino e três do sexo masculino, com idade entre 37 e 64 anos (média de 50,9 ± 8,3 anos). Cada hemi-mandíbula recebeu de 1 a 3 blocos (1,9 ± 0,7 blocos), sob anestesia local. O ganho ósseo em espessura pós operatória imediata foi de 6,3 ±1,4 mm e tardia de 4,5 ± 1,3mm, em altura o ganho pós operatório imediato foi de 4,8 ± 1.6mm e tardio de 2,6mm ± 2mm. Quatro blocos demonstraram pequena deiscência da ferida 15-21 dias após a cirurgia, tratados com a remoção de necrose dos tecidos moles seguido de terapia tópica com bochecho de clorexidina 0,12% e clorexidina gel 2% duas vezes ao dia, até o fechamento total. Um total de 30 implantes foi instalado com acompanhamento de 15 à 28 meses (19,8 ± 4 meses). No decorrer do primeiro ano perdeu-se apenas um implante. A taxa de sobrevivência dos implantes foi de 96,66%. Por sua vez, exames de histologia exibiram osso neoformado em contato com o osso residual do enxerto alógeno, e tecido conjuntivo. Não houveram evidências de infiltrado inflamatório. A análise histomorfométrica mostrou 18,9 ± 8,1 % de osso neoformado, 32,5 ± 14,8% de enxerto ósseo alógeno residual e 48,6 ± 14,9% de tecido conjuntivo. Os enxertos alógenos frescos congelados em blocos se comportaram como um arcabouço para osteocondução e permitiram neoformação óssea adequada. Ele pode ser considerado uma alternativa viável para a reconstrução de rebordos residuais mandíbulares atróficos na região posterior, permitindo a instalação de implantes e reabilitação protética funcional.Residual bone ridge atrophy in the posterior mandible is a clinical challenge for dental implants placement. Among several techniques used to solve this situation, onlay autogenous bone graft usually harvested from the iliac crest, interposicional grafts, bone distraction and nerve lateralization are the most performed. However these techniques present some disadvantages such as morbidity, increased surgical time and costs. As an alternative, the use of allograft can be considered. There are advantages such as reduction of surgical time, lots quantity of bone and decreased morbidity. The aim of present the study was to evaluate clinical, histological an histomorphometrical aspects of fresh frozen bone allograft used to augment atrophic posterior mandible bone ridges to allow placement of dental implants. Sixteen hemi-mandibles of 12 patients (4 patients treated bilaterally) presenting critical alveolar atrophy were three-dimensionally reconstructed using cortico-cancellous fresh frozen allograft bone blocks deriving from distal femoral head. A total of 30 blocks were fixed with titanium 1.5mm screws and covered with particulate bovine bone mineral and collagen membrane. After six months, implants were inserted and bone biopsies were harvested and sent for histological and histomorphometric analysis. Bone samples were either embedded in paraffin, prepared for hematoxylin and eosin staining procedure or in resin to use a sawing and grinding technique, prepared for alizarin red and Stevenel\'s blue staining. Computed cone beam tomography scans were taken both at immediate postoperative bone grafting and previously to implant placement (6 months after grafting). Dental implants were observed after prosthetic rehabilitation. Kruskal-Wallis and post test Tukey statistical tests were used. Thirty blocks were distributed between 9 female and 3 male patients, aged between 37 and 64 years (mean 50.9 ± 8.3 years). Each hemi-mandibles received 1 to 3 blocks (1,9 ± 0,7 blocks) under local anesthesia. The immediate postoperative thickness bone gain s was 6.3 ± 1.4 mm and of 4.5 ± 1.3 mm 6 months after grafting. Post-operative bone height gain was 4.8 ± 1.6 mm and 2.6 ± 2 mm at 6 months. Four blocks presented small wound dehiscence 15 to 21 days after surgery, treated with necrotic soft tissue removal followed by chlorhexidine 0.12% irrigation, and local gel 2% twice a until total closure. A total of 30 implants were installed with follow-up from 15 to 28 months (mean 19,8 ± 4 months) . One implant was lost within the first year. Implant survival rate was 96.66%. Histology demonstrates newly formed vital bone in contact to residual acellular allograft bone, and connective tissue. There was no evidence of inflammatory infiltrate. The histomorphometric analysis showed 18,9 ± 8,1 % of newly formed bone, 32,5 ± 14,8 % allograft residual bone and 48,6 ± 14,9 % of connective tissue. The fresh frozen allografts behaved as a scaffold for osseoconductivity and allowed proper bone formation. It can be considered a viable alternative for reconstruction of atrophied mandible in the posterior region, allowing the installation of implants and functional loadingBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPXavier, Samuel PorfirioDias, Rafael Rodrigues2014-05-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58136/tde-17062014-094011/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-17062014-094011Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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