Impacto da aplicação de biossólidos nas atividades microbianas do solo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20181127-155802/ |
Resumo: | Com o objetivo de avaliar o impacto da aplicação dos biossólidos nas atividades microbianas de um solo arenoso e um argiloso, e também determinar seus efeitos no crescimento de milho, foram realizados experimentos em microcosmos e em vasos. Foi utilizado um delineamento experimental totalmente casualizado, com três repetições, em esquema fatorial constituído de seis doses dos biossólidos da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) - Franca (SP) ou ETE-Barueri (SP), dois solos (NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico e NITOSSOLO VERMELHO Eutroférico típico), seis épocas de amostragem (0, 4, 8, 16, 32 e 64 dias de incubação), totalizando 432 parcelas. O biossólido da ETE-Franca (SP) foi utilizado nas doses 0,0; 6,0; 12,0; 24,0; 48,0; 96,0 t ha-1 (base seca) e o biossólido da ETE-Barueri nas doses 0,0; 15,5; 31,0; 62,0; 124,0; 248,0 t ha-1 (base seca). Os microcosmos constituídos de um copo plástico com capacidade de 500 mL, contendo 200 g de solo com diferentes quantidades de biossólido in natura, foram incubados a 28ºC. A primeira amostragem foi realizada imediatamente após a adição dos biossólidos. As demais amostragens foram realizadas após 4, 8, 16, 32 e 64 dias de incubação. A umidade foi ajustada diariamente para 70% da capacidade e retenção de água dos solos. Foram avaliadas as seguintes variáveis para todas as doses e épocas de amostragem: respiração basal (RB), carbono na biomassa microbiana (C-biomassa), nitrogênio na biomassa microbiana (N-biomassa), quociente metabólico (qCO2), C-orgânico no solo, N-aminiacal no solo, N-nítrico no solo, pH e condutividade elétrica. Além disso, foi realizado um experimento em casa de vegetação para avaliar o crescimento de plantas de milho (Zea mays L.). De modo geral, a adição dos biossólidos aos solos estimulou a atividade respiratória total dos microrganismos, onde o maior incremento pode ser observado logo após a adição dos biossólidos, podendo ser atribuído principalmente a matéria orgânica adicionada. O carbono orgânico do solo não foi alterado após 64 dias de incubação. O carbono na biomassa microbiana do solo foi maior nos primeiros 8 dias de incubação, tanto nos tratamento com biossólidos, quanto no controle sem biossólidos. O N na biomassa microbiana foi maior apenas nos primeiros dias de incubação, estabilizando-se aos 16 dias após a incorporação de biossólidos. A adição de biossólidos causou um aumento da condutividade elétrica para todas as doses e solos ao longo do tempo. Nos solos com biossólido da ETE-Barueri, os valores de pH foram mais elevados, devido ao fato de esse material receber CaO no seu processamento. Os resultados obtidos para os valores de pH indicam que após 32 dias, e principalmente ao final dos 64 dias de incubação, esses valores tenderam a se igualar aos valores de pH do solo que não recebeu aplicação de biossólido. Já, nos solos que receberam o biossólido da ETE-Franca, uma acidificação do meio foi observada. A quantidade de nitrogênio orgânico mineralizado aumentou com o tempo de incubação e dose de biossólidos, independente do tipo de solo. No experimento para avaliar o crescimento de milho em solos com biossólidos, pode-se observar que não houve efeito significativo em algumas doses, na produção de biomassa vegetal, o que pode ter sido causado pela indisponibilização e, até mesmo, ausência de elementos essenciais às plantas pelas oscilações dos valores de pH e aumento crescente nos valores da condutividade elétrica do solo. |
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