Manifestações músculoesqueléticas e auto-anticorpos em crianças e adolescentes com hanseníase

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neder, Luciana
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-26052014-102145/
Resumo: Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. É considerada um dos maiores problemas de saúde pública nos países em desenvolvimento. Os principais sinais clínicos são manchas de pele com perda de sensibilidade e envolvimento de nervos periféricos. Manifestações musculoesqueléticas são descritas em adultos, mas este envolvimento é raramente descrito na população pediátrica. Objetivo: Avaliar envolvimento musculoesquelético e auto-anticorpos em pacientes pediátricos com hanseníase. Métodos: Foram avaliados 50 pacientes com hanseníase e 47 crianças e adolescentes saudáveis de acordo com manifestações musculoesqueléticas (artralgia, artrite e mialgia), síndromes dolorosas musculoesqueléticas (fibromialgia juvenil, síndrome de hipermobilidade articular benigna, síndrome miofascial e tendinite) e painel de auto-anticorpos e crioglobulinas. Escores de avaliação de saúde e tratamento foram realizados nos pacientes com hanseníase. Resultados: A frequência de manifestações musculoesqueléticas foi maior em pacientes com hanseníase comparada aos controles (14% vs. 0%, p=0,0012). Cinco pacientes com hanseníase tinham poliartrite assimétrica das pequenas articulações das mãos (10% vs. 0%, p=0,057). Comprometimentos da função do nervo, reação tipo I hansênica, e neuropatia silenciosa foram observados nos pacientes com hanseníase (p=0,0006; p=0,003; p=0,0059; respectivamente). Nenhum dos pacientes e controles apresentou síndromes de dor musculoesquelética e as frequências dos anticorpos e crioglobulinas foram semelhantes nos dois grupos (p > 0,05). Comprometimentos da função nervosa, reação hansênica tipo I e neuropatia silenciosa foram observados em pacientes com versus sem manifestações musculoesqueléticas (p=0,0036; p=0,0001; p=0,309; respectivamente), bem como subtipos de hanseníase multibacilar (86% vs. 42%, p=0,045). A escala visual analógica do médico (VAS), dos pacientes (VAS), de dor (VAS) e CHAQ foram maiores em pacientes com manifestações musculoesqueléticas (p=0,0001; p=0,002; p=0002; p=0,001, respectivamente). Conclusão: Este foi o primeiro estudo a identificar manifestações musculoesqueléticas associadas com disfunção de nervos periféricos em pacientes pediátricos. A hanseníase deve ser incluída no diagnóstico diferencial de artrite assimétrica, principalmente em regiões endêmicas
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Objetivo: Avaliar envolvimento musculoesquelético e auto-anticorpos em pacientes pediátricos com hanseníase. Métodos: Foram avaliados 50 pacientes com hanseníase e 47 crianças e adolescentes saudáveis de acordo com manifestações musculoesqueléticas (artralgia, artrite e mialgia), síndromes dolorosas musculoesqueléticas (fibromialgia juvenil, síndrome de hipermobilidade articular benigna, síndrome miofascial e tendinite) e painel de auto-anticorpos e crioglobulinas. Escores de avaliação de saúde e tratamento foram realizados nos pacientes com hanseníase. Resultados: A frequência de manifestações musculoesqueléticas foi maior em pacientes com hanseníase comparada aos controles (14% vs. 0%, p=0,0012). Cinco pacientes com hanseníase tinham poliartrite assimétrica das pequenas articulações das mãos (10% vs. 0%, p=0,057). Comprometimentos da função do nervo, reação tipo I hansênica, e neuropatia silenciosa foram observados nos pacientes com hanseníase (p=0,0006; p=0,003; p=0,0059; respectivamente). Nenhum dos pacientes e controles apresentou síndromes de dor musculoesquelética e as frequências dos anticorpos e crioglobulinas foram semelhantes nos dois grupos (p > 0,05). Comprometimentos da função nervosa, reação hansênica tipo I e neuropatia silenciosa foram observados em pacientes com versus sem manifestações musculoesqueléticas (p=0,0036; p=0,0001; p=0,309; respectivamente), bem como subtipos de hanseníase multibacilar (86% vs. 42%, p=0,045). A escala visual analógica do médico (VAS), dos pacientes (VAS), de dor (VAS) e CHAQ foram maiores em pacientes com manifestações musculoesqueléticas (p=0,0001; p=0,002; p=0002; p=0,001, respectivamente). Conclusão: Este foi o primeiro estudo a identificar manifestações musculoesqueléticas associadas com disfunção de nervos periféricos em pacientes pediátricos. A hanseníase deve ser incluída no diagnóstico diferencial de artrite assimétrica, principalmente em regiões endêmicasIntroduction: Leprosy is a chronic infectious disease caused by Mycobacterium leprae. It is considered one of major public health issue in developing countries. The important clinical signs of leprosy are hypopigmented or reddish localized skin lesions with loss of sensation and peripheral nerves involvement. Musculoskeletal manifestations were described in leprosy adult patients and these involvements were rarely described in pediatric leprosy population. Objective: To evaluate musculoskeletal involvement and autoantibodies in pediatric leprosy patients. Methods: 50 leprosy patients and 47 healthy children and adolescents were assessed according to musculoskeletal manifestations (arthralgia, arthritis and myalgia), musculoskeletal pain syndromes (juvenile fibromyalgia, benign joint hypermobility syndrome, myofascial syndrome and tendinitis) and a panel of autoantibodies and cryoglobulins. Health assessment scores and treatment were performed in leprosy patients. Results: The frequency of at least one musculoskeletal manifestation was significantly higher in leprosy patients compared to controls (14% vs. 0%, p=0.0012) and five leprosy patients had asymmetric polyarthritis of small hands joints (10% vs. 0%, p=0.057), Nerve function impairment, type I leprosy reaction and silent neuropathy were significantly observed in leprosy patients (p=0.0006; p=0.003; p=0.0059; respectively). None of the patients and controls presented musculoskeletal pain syndromes and the frequencies of all antibodies and cyoglobulins were similar in both groups (p>0.05). Further analysis of leprosy patients showed that the frequencies of nerve function impairment, type I leprosy reaction and silent neuropathy were significantly observed in patients with versus without musculoskeletal manifestations (p=0.0036; p=0.0001; p=0.309; respectively), as well as multibacillary subtypes in leprosy (86% vs. 42%, p=0.045). The median of physician visual analogue scale (VAS), patients VAS, pain VAS and CHAQ were significantly higher in leprosy patients with musculoskeletal manifestations (p=0.0001; p=0.002; p=0002; p=0.001; respectively). Conclusions: This was the first study to identify musculoskeletal manifestations associated with nerve dysfunction in pediatric leprosy patients. Hansen´s disease should be included in the differential diagnosis of asymmetric arthritis, especially in endemic regionsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilva, Clovis Artur Almeida daNeder, Luciana2014-02-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-26052014-102145/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:49Zoai:teses.usp.br:tde-26052014-102145Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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