Expressão do fator de crescimento insulina símile I (IGF-I) na patogenia da pancitopenia na leishmaniose visceral em hamster
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-23022015-084922/ |
Resumo: | A leishmaniose visceral é uma infecção grave que leva a pancitopenia. Quando se trata de disfunções medulares decorrentes de infecção por Leishmania (Leishmania) infantum há poucas abordagens descrevendo as alterações na mielopoiese e os mecanismos que levam a pancitopenia na LV. Alguns estudos demonstram uma relação importante entre a pancitopenia e o fator de crescimento insulin-like growth fator-I (IGF-I), no entanto, o seu papel endógeno na hematopoiese ainda não está claro. Propomos estudar a influência desse fator na hematopoiese e sua relação com o desenvolvimento da pancitopenia em hamsteres infectados por via intra-peritoneal com 2x107 de amastigotas por L. (L.) infantum. Avaliamos em 90 e 120 dias pós-infecção a LDU (Leishman-Donovan units) no baço e fígado, quando observamos tendência à progressão da infecção. Aos 60 dias pós-infecção, os animais com LV desenvolveram a plaquetopenia como primeira alteração hematológica, e a partir dos 90 dias pós-infecção, a anemia, e a leucopenia com reduções significantes nos leucócitos totais, linfócitos e neutrófilos. Já aos 120 dias de infecção, os leucócitos totais diminuíram significantemente acompanhados por uma redução de linfócitos, monócitos e eosinófilos. A partir desses dados, focamos a análise da medula óssea nos hamsteres com 90 e 120 pós-infecção. No mielograma, vimos alterações somente nos hamsteres com LV aos 90 dias pós-infecção, com um aumento significante na proporção células mielóides imaturas: células mielóides maduras. Na biópsia da tíbia, houve um aumento significante da celularidade quando comparados com seu respectivo controle, apenas no período de 90 dias pós-infecção. Em adição, observamos uma proliferação e/ou infiltrado macrofágico significante nos hamsteres com LV, mas sem diferença estatística nos períodos de 90 e 120 dias pós-infecção. Na avaliação semi-quantitativa de fibras de reticulina, somente aos 90 dias pós-infecção, observamos aumento significante nos infectados comparados aos controles, caracterizando um quadro fibrótico. Foi medida a expressão de mRNA de IGF-I por PCR em tempo real, aos 90 e 120 dias pós-infecção, onde ocorreu um aumento significante da expressão de IGF-I nos animais infectados em relação aos controles aos 90 dias. Como expostos, os hamsteres com LV apresentam alterações hematológicas como anemia, leucopenia e plaquetopenia, e ainda alterações na medula óssea como aumento da celularidade, proliferação macrofágica e fibrose acompanhados por um aumento da expressão de IGF-I. Assim podemos concluir que nossos dados indicam que o hamster se constitui num bom modelo para o estudo da patogênese da pancitopenia e das alterações medulares decorrentes da infecção por L.(L.) infantum. Neste modelo, ocorre alteração da expressão de IGF-I durante a evolução da infecção com possível papel na patogenia da pancitopenia. |
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Expressão do fator de crescimento insulina símile I (IGF-I) na patogenia da pancitopenia na leishmaniose visceral em hamsterExpression of insulin-like growth factor I (IGF-I) in the pathogenesis of pancytopenia in visceral leishmaniasis in hamsteresBone marrowFatores de crescimentoHamsteresInsulin-like growth factor I and HamsterLeishmaniose visceralMedula ósseaPancitopenia animalPancytopeniaVisceral leishmaniasisA leishmaniose visceral é uma infecção grave que leva a pancitopenia. Quando se trata de disfunções medulares decorrentes de infecção por Leishmania (Leishmania) infantum há poucas abordagens descrevendo as alterações na mielopoiese e os mecanismos que levam a pancitopenia na LV. Alguns estudos demonstram uma relação importante entre a pancitopenia e o fator de crescimento insulin-like growth fator-I (IGF-I), no entanto, o seu papel endógeno na hematopoiese ainda não está claro. Propomos estudar a influência desse fator na hematopoiese e sua relação com o desenvolvimento da pancitopenia em hamsteres infectados por via intra-peritoneal com 2x107 de amastigotas por L. (L.) infantum. Avaliamos em 90 e 120 dias pós-infecção a LDU (Leishman-Donovan units) no baço e fígado, quando observamos tendência à progressão da infecção. Aos 60 dias pós-infecção, os animais com LV desenvolveram a plaquetopenia como primeira alteração hematológica, e a partir dos 90 dias pós-infecção, a anemia, e a leucopenia com reduções significantes nos leucócitos totais, linfócitos e neutrófilos. Já aos 120 dias de infecção, os leucócitos totais diminuíram significantemente acompanhados por uma redução de linfócitos, monócitos e eosinófilos. A partir desses dados, focamos a análise da medula óssea nos hamsteres com 90 e 120 pós-infecção. No mielograma, vimos alterações somente nos hamsteres com LV aos 90 dias pós-infecção, com um aumento significante na proporção células mielóides imaturas: células mielóides maduras. Na biópsia da tíbia, houve um aumento significante da celularidade quando comparados com seu respectivo controle, apenas no período de 90 dias pós-infecção. Em adição, observamos uma proliferação e/ou infiltrado macrofágico significante nos hamsteres com LV, mas sem diferença estatística nos períodos de 90 e 120 dias pós-infecção. Na avaliação semi-quantitativa de fibras de reticulina, somente aos 90 dias pós-infecção, observamos aumento significante nos infectados comparados aos controles, caracterizando um quadro fibrótico. Foi medida a expressão de mRNA de IGF-I por PCR em tempo real, aos 90 e 120 dias pós-infecção, onde ocorreu um aumento significante da expressão de IGF-I nos animais infectados em relação aos controles aos 90 dias. Como expostos, os hamsteres com LV apresentam alterações hematológicas como anemia, leucopenia e plaquetopenia, e ainda alterações na medula óssea como aumento da celularidade, proliferação macrofágica e fibrose acompanhados por um aumento da expressão de IGF-I. Assim podemos concluir que nossos dados indicam que o hamster se constitui num bom modelo para o estudo da patogênese da pancitopenia e das alterações medulares decorrentes da infecção por L.(L.) infantum. Neste modelo, ocorre alteração da expressão de IGF-I durante a evolução da infecção com possível papel na patogenia da pancitopenia.Visceral leishmaniasis is a serious infection that leads to pancytopenia. When it comes to spinal cord dysfunction resulting from infection Leishmania (Leishmania) infantum there are few approaches describing the changes in myelopoiesis and mechanisms that lead to pancytopenia in LV. Some studies have shown a significant relationship between pancytopenia and insulin-like growth factor-growth factor I (IGF-I), however, their endogenous role in hematopoiesis is still not clear. We propose to study the influence of this factor in hematopoiesis and its relationship to the development of pancytopenia in hamsters infected intraperitoneally with 2x107 amastigotes by L. (L.) infantum. Evaluated at 90 and 120 days post-infection the LDU (Leishman-Donovan units) in the spleen and liver, when we observed a tendency to progression of the infection. At 60 days post-infection, animals with LV developed thrombocytopenia as the first hematologic changes, and from 90 days post-infection, anemia, and leukopenia with significant reductions in total leukocytes, lymphocytes and neutrophils. Already at 120 days of infection, total leukocytes decreased significantly accompanied by a decrease lymphocytes, monocytes and eosinophils. From these data, we focus on the analysis of the bone marrow in hamsters with 90 and 120 post-infection. The myelogram changes seen only in hamsters with LV at 90 days post-infection, with a significant increase in the proportion immature myeloid cells: mature myeloid cells. Biopsy of the tibia, there was a significant increase in cellularity compared with their respective control, only 90 days post-infection. In addition, we observed a proliferation and / or infiltration significant macrophage in hamsters with LV, but no statistical difference in the periods of 90 and 120 days post-infection. In semi-quantitative assessment of reticulin fibers, only at 90 days post-infection, we observed a significant increase in infected compared to controls, featuring a fibrous framework. MRNA expression of IGF-I was measured by real-time PCR, at 90 and 120 days post-infection, where a significant increase in IGF-I expression in infected animals compared to controls at 90 days occurred. As set out, the present hamsters VL hematological disorders such as anemia, leukopenia and thrombocytopenia, as well as changes in bone marrow cellularity increased, macrophage proliferation and fibrosis accompanied by a reduction in IGF-I expression. Thus we can conclude that our data indicate that the hamster is a good model to study the pathogenesis of pancytopenia and marrow changes resulting from infection by L. (L.) Infantum. In this model, alteration of IGF-I expression during the course of infection with a possible role in the pathogenesis of pancytopenia.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGoto, HiroTorres, Amanda Rodrigues de Almeida2014-12-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-23022015-084922/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:56Zoai:teses.usp.br:tde-23022015-084922Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A leishmaniose visceral é uma infecção grave que leva a pancitopenia. Quando se trata de disfunções medulares decorrentes de infecção por Leishmania (Leishmania) infantum há poucas abordagens descrevendo as alterações na mielopoiese e os mecanismos que levam a pancitopenia na LV. Alguns estudos demonstram uma relação importante entre a pancitopenia e o fator de crescimento insulin-like growth fator-I (IGF-I), no entanto, o seu papel endógeno na hematopoiese ainda não está claro. Propomos estudar a influência desse fator na hematopoiese e sua relação com o desenvolvimento da pancitopenia em hamsteres infectados por via intra-peritoneal com 2x107 de amastigotas por L. (L.) infantum. Avaliamos em 90 e 120 dias pós-infecção a LDU (Leishman-Donovan units) no baço e fígado, quando observamos tendência à progressão da infecção. Aos 60 dias pós-infecção, os animais com LV desenvolveram a plaquetopenia como primeira alteração hematológica, e a partir dos 90 dias pós-infecção, a anemia, e a leucopenia com reduções significantes nos leucócitos totais, linfócitos e neutrófilos. Já aos 120 dias de infecção, os leucócitos totais diminuíram significantemente acompanhados por uma redução de linfócitos, monócitos e eosinófilos. A partir desses dados, focamos a análise da medula óssea nos hamsteres com 90 e 120 pós-infecção. No mielograma, vimos alterações somente nos hamsteres com LV aos 90 dias pós-infecção, com um aumento significante na proporção células mielóides imaturas: células mielóides maduras. Na biópsia da tíbia, houve um aumento significante da celularidade quando comparados com seu respectivo controle, apenas no período de 90 dias pós-infecção. Em adição, observamos uma proliferação e/ou infiltrado macrofágico significante nos hamsteres com LV, mas sem diferença estatística nos períodos de 90 e 120 dias pós-infecção. Na avaliação semi-quantitativa de fibras de reticulina, somente aos 90 dias pós-infecção, observamos aumento significante nos infectados comparados aos controles, caracterizando um quadro fibrótico. Foi medida a expressão de mRNA de IGF-I por PCR em tempo real, aos 90 e 120 dias pós-infecção, onde ocorreu um aumento significante da expressão de IGF-I nos animais infectados em relação aos controles aos 90 dias. Como expostos, os hamsteres com LV apresentam alterações hematológicas como anemia, leucopenia e plaquetopenia, e ainda alterações na medula óssea como aumento da celularidade, proliferação macrofágica e fibrose acompanhados por um aumento da expressão de IGF-I. Assim podemos concluir que nossos dados indicam que o hamster se constitui num bom modelo para o estudo da patogênese da pancitopenia e das alterações medulares decorrentes da infecção por L.(L.) infantum. Neste modelo, ocorre alteração da expressão de IGF-I durante a evolução da infecção com possível papel na patogenia da pancitopenia. |
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