Taxonomia e distribuição geográfica dos representantes do gênero Phaethornis Swainson, 1827 (Aves: Trochilidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vítor de Queiroz Piacentini
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.41.2011.tde-20012012-093625
Resumo: Phaethornis Swainson é o segundo maior gênero, em número de táxons, dentro da família Trochilidae (beija-flores), contando atualmente com 55 táxons atribuídos a 25 espécies. A taxonomia do grupo historicamente nunca foi consensual e muita controvérsia permanece no que tange à invalidação de alguns táxons como sendo híbridos ou sinônimos, da mesma maneira que permanecem abertas as discussões sobre a subordinação de alguns táxons como subespécies ao invés de serem considerados espécies plenas. As incertezas sobre a validade e limite dos táxons acabam refletidas numa dificuldade em se estabelecer a distribuição geográfica de cada uma das formas de Phaethornis. Nesse contexto, foi feita uma revisão taxonômica do gênero a partir da análise da morfologia externa de 9.578 espécimes de 33 das principais coleções ornitológicas do Brasil e exterior. Considerando o tratamento de \"Anopetia\" gounellei dentro de Phaethornis, 55 táxons são aqui reconhecidos dentro do gênero. Os supostos táxons paraguayensis, hyalinus, zonura, riojae, insolitus e cephalus, tratados como subespécies na última revisão disponível (por C. Hinkelmann), se mostraram sem qualquer diagnose válida e são aqui sinonimizados a outros táxons. Por outro lado, cinco populações até então não reconhecidas como táxons distintos foram validadas como espécies à parte de suas populações-irmãs, resultando no restabelecimento dos nomes huallagae, maranhaoensis, insignis, Camargoi e hopyga este último antes tratado como híbrido). A redefinição dos limites específicos dentro do gênero acabou por remodelar a distribuição geográfica admitida para vários táxons, entre eles P. amazonicus, complexo P. striigularis, complexo P. ruber-stuarti e complexo P. superciliosus. A análise dos tipos existentes e descrições originais mostrou que o nome Trochilus ruber Linnaeus tem sido erroneamente aplicado no último século, bem como permitiu descobrir dois nomes disponíveis para o grupo que nunca haviam sido mencionados na literatura após suas publicações: Trochilus maxillosus Nordmann, 1835 e Phaethornis lodoicae Eudes-Deslongchamps, 1879. Por fim, duas populações conhecidas por um único espécime cada (grupos guy e superciliosus) podem representar táxons novos para a ciência, ficando a definição sobre seu status taxonômico pendente da obtenção de material adicional.
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A taxonomia do grupo historicamente nunca foi consensual e muita controvérsia permanece no que tange à invalidação de alguns táxons como sendo híbridos ou sinônimos, da mesma maneira que permanecem abertas as discussões sobre a subordinação de alguns táxons como subespécies ao invés de serem considerados espécies plenas. As incertezas sobre a validade e limite dos táxons acabam refletidas numa dificuldade em se estabelecer a distribuição geográfica de cada uma das formas de Phaethornis. Nesse contexto, foi feita uma revisão taxonômica do gênero a partir da análise da morfologia externa de 9.578 espécimes de 33 das principais coleções ornitológicas do Brasil e exterior. Considerando o tratamento de \"Anopetia\" gounellei dentro de Phaethornis, 55 táxons são aqui reconhecidos dentro do gênero. Os supostos táxons paraguayensis, hyalinus, zonura, riojae, insolitus e cephalus, tratados como subespécies na última revisão disponível (por C. Hinkelmann), se mostraram sem qualquer diagnose válida e são aqui sinonimizados a outros táxons. Por outro lado, cinco populações até então não reconhecidas como táxons distintos foram validadas como espécies à parte de suas populações-irmãs, resultando no restabelecimento dos nomes huallagae, maranhaoensis, insignis, Camargoi e hopyga este último antes tratado como híbrido). A redefinição dos limites específicos dentro do gênero acabou por remodelar a distribuição geográfica admitida para vários táxons, entre eles P. amazonicus, complexo P. striigularis, complexo P. ruber-stuarti e complexo P. superciliosus. A análise dos tipos existentes e descrições originais mostrou que o nome Trochilus ruber Linnaeus tem sido erroneamente aplicado no último século, bem como permitiu descobrir dois nomes disponíveis para o grupo que nunca haviam sido mencionados na literatura após suas publicações: Trochilus maxillosus Nordmann, 1835 e Phaethornis lodoicae Eudes-Deslongchamps, 1879. Por fim, duas populações conhecidas por um único espécime cada (grupos guy e superciliosus) podem representar táxons novos para a ciência, ficando a definição sobre seu status taxonômico pendente da obtenção de material adicional. Phaethornis Swainson is the genus with the second highest number of taxa within the family Trochilidae (hummingbirds) and currently includes 55 taxa belonging to 25 species. Historically, there hasn\'t been a consensus on Phaethornis taxonomy, and some taxa remain controversial because they were treated as either hybrids or synonyms. Likewise, the treatment of some taxa as subspecies rather then full species is still debatable. The uncertainty about the species limits within Phaethornis makes it difficult to establish the geographic distribution of each taxon. Thus, to review the taxonomy of the genus, I analyzed the external morphology (plumage and morphometry) of 9,578 specimens housed in 33 museums worldwide. In total, herein 55 taxa are treated as valid, including the inclusion of \"Anopetia\" gounellei in Phaethornis. The purported taxa paraguayensis, hyalinus, zonura, riojae, insolitus, and cephalus, which were all treated as subspecies in the most recent revision by C. Hinkelmann, presented no valid diagnosis, and therefore were all lumped with other taxa. However, five distinct populations were split from their sister populations, requiring the resurrection of the names huallagae, maranhaoensis, insignis, camargoi, and aethopyga (previously treated as hybrid). The new Phaethornis species limits have changed the known geographic distributions of several taxa, such as P. amazonicus, P. striigularis complex, P. ruber-stuarti complex, and P. superciliosus complex. Analysis of the extant type specimens and all original descriptions indicated that the name Trochilus ruber Linnaeus has been wrongly applied during the last century. It further allowed the rediscovery of two names overlooked after their publication: Trochilus maxillosus Nordmann, 1835 and Phaethornis lodoicae Eudes-Deslongchamps, 1879. Lastly, two populations known by a single specimen each (groups guy and superciliosus) may represent new taxa, but their taxonomic status awaits the collection of additional material. https://doi.org/10.11606/T.41.2011.tde-20012012-093625info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:28:38Zoai:teses.usp.br:tde-20012012-093625Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T12:56:49.394356Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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