Suplementação de propileno glicol e monensima sódica para vacas no período de transição
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-174533/ |
Resumo: | Foram avaliadas 44 vacas holandesas em um delineamento em blocos casualisados, onde cada bloco foi constituído de três vacas, submetidas a três tratamentos durante o período pré-parto: controle, monensina sódica e propileno glicol. O período de avaliação estendeu-se do dia da secagem até a nona semana de lactação e as amostras de sangue dos dias -35, -21, -14, -7, -3, parto, 7, 14 e 21 foram utilizadas para análise de glicose, insulina, ácidos graxos livres, β-hidroxibutirato e aspartato aminotransferase. A monensina sódica foi fornecida a partir de 35 dias antes da data prevista para o parto sob a forma de cápsulas de liberação lenta (RumensinABC®) e o propileno glicol (300 ml) a partir de 21 dias, sob a forma de "drench". Com o objetivo de comparar o fornecimento destes dois aditivos exclusivamente durante o período pré-parto, as vacas do tratamento controle e propileno glicol também receberam cápsulas de monensina sódica ao parto. Não houve diferença (P=0,72) para produção de leite (31,07; 31,57; 31,18 kg/v/d), respectivamente para os tratamentos controle (C), monensina sódica (M) e propileno glicol (PG). O tratamento monensina sódica (31,27 kg/v/d) apresentou tendência de maiores produções de leite corrigido para 3,5% de gordura (P=0,15) quando comparado ao controle (29,93 kg/v/d), porém semelhante ao propileno glicol (30,36 kg/v/d). O percentual de gordura do leite foi maior (P=0,056) para as vacas que receberam M (3,46%) antes do parto quando comparado ao C (3,27 %), sendo semelhante ao PG (3,37 %). Resultado semelhante (P=0,10) ocorreu em relação a produção de gordura do leite (1.084; 1017 e 1040 g/v/d), respectivamente. Os teores de proteína no leite foram menores (P=0,0006) no tratamento M (2,92 %) em relação aos demais (3,02 %), não havendo diferença para produção de proteína do leite. O percentual de lactose foi superior (P=0,0006) para C (4,7%) e semelhante entre M e PG, 4,63 e 4,60 %, respectivamente. As vacas que receberam PG tiveram maior concentração de glicose e menores concentrações de β-hidroxibutirato (P<0,05), havendo efeito da interação tempo x tratamento. O PG apresentou maiores (P=0,007) concentrações de insulina e menor (P=0,034) de atividade de aspartato aminotransferase que os demais tratamentos. As concentrações de ácidos graxos livres foram menores (P=0,009) para PG quando comparado a M, entretanto não diferiram de C. Não houve efeito significativo sobre os parâmetros reprodutivos avaliados e incidência de distúrbios metabólicos, nem tão pouco sobre escore de condição corporal. O tratamento PG apresentou maiores (P=0,0062) concentrações de progesterona plasmática que C no primeiro ciclo estral, no entanto menor (P=0,0062), que este no segundo não havendo diferenças em relação a M. O tratamento controle apresentou maior (P=0,0001) contagem de células somáticas no leite (602 x 103 células/ml) que os tratamentos M (506 x 10<sup3 células/ml), e PG (335 x 103 células/ml). O escore médio de mastite clínica foi menor (P=0,047) e PG (1,20) que para M (1,57) e C (1,58), como também foi menor (P=0,042) a incidência de quartos mamários afetados clinicamente (16,66; 35 e 32,08%), respectivamente, entretanto não diferindo quanto a incidência de vacas com mastite clínica (P=0,66) |
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Suplementação de propileno glicol e monensima sódica para vacas no período de transiçãoSupplementation of propylene glycol and sodium monensin to dairy cows in the transition periodADITIVOS ALIMENTARESDIETA ANIMALPRODUÇÃO LEITEIRASUPLEMENTAÇÃO ALIMENTARVACA HOLANDESAForam avaliadas 44 vacas holandesas em um delineamento em blocos casualisados, onde cada bloco foi constituído de três vacas, submetidas a três tratamentos durante o período pré-parto: controle, monensina sódica e propileno glicol. O período de avaliação estendeu-se do dia da secagem até a nona semana de lactação e as amostras de sangue dos dias -35, -21, -14, -7, -3, parto, 7, 14 e 21 foram utilizadas para análise de glicose, insulina, ácidos graxos livres, β-hidroxibutirato e aspartato aminotransferase. A monensina sódica foi fornecida a partir de 35 dias antes da data prevista para o parto sob a forma de cápsulas de liberação lenta (RumensinABC®) e o propileno glicol (300 ml) a partir de 21 dias, sob a forma de "drench". Com o objetivo de comparar o fornecimento destes dois aditivos exclusivamente durante o período pré-parto, as vacas do tratamento controle e propileno glicol também receberam cápsulas de monensina sódica ao parto. Não houve diferença (P=0,72) para produção de leite (31,07; 31,57; 31,18 kg/v/d), respectivamente para os tratamentos controle (C), monensina sódica (M) e propileno glicol (PG). O tratamento monensina sódica (31,27 kg/v/d) apresentou tendência de maiores produções de leite corrigido para 3,5% de gordura (P=0,15) quando comparado ao controle (29,93 kg/v/d), porém semelhante ao propileno glicol (30,36 kg/v/d). O percentual de gordura do leite foi maior (P=0,056) para as vacas que receberam M (3,46%) antes do parto quando comparado ao C (3,27 %), sendo semelhante ao PG (3,37 %). Resultado semelhante (P=0,10) ocorreu em relação a produção de gordura do leite (1.084; 1017 e 1040 g/v/d), respectivamente. Os teores de proteína no leite foram menores (P=0,0006) no tratamento M (2,92 %) em relação aos demais (3,02 %), não havendo diferença para produção de proteína do leite. O percentual de lactose foi superior (P=0,0006) para C (4,7%) e semelhante entre M e PG, 4,63 e 4,60 %, respectivamente. As vacas que receberam PG tiveram maior concentração de glicose e menores concentrações de β-hidroxibutirato (P<0,05), havendo efeito da interação tempo x tratamento. O PG apresentou maiores (P=0,007) concentrações de insulina e menor (P=0,034) de atividade de aspartato aminotransferase que os demais tratamentos. As concentrações de ácidos graxos livres foram menores (P=0,009) para PG quando comparado a M, entretanto não diferiram de C. Não houve efeito significativo sobre os parâmetros reprodutivos avaliados e incidência de distúrbios metabólicos, nem tão pouco sobre escore de condição corporal. O tratamento PG apresentou maiores (P=0,0062) concentrações de progesterona plasmática que C no primeiro ciclo estral, no entanto menor (P=0,0062), que este no segundo não havendo diferenças em relação a M. O tratamento controle apresentou maior (P=0,0001) contagem de células somáticas no leite (602 x 103 células/ml) que os tratamentos M (506 x 10<sup3 células/ml), e PG (335 x 103 células/ml). O escore médio de mastite clínica foi menor (P=0,047) e PG (1,20) que para M (1,57) e C (1,58), como também foi menor (P=0,042) a incidência de quartos mamários afetados clinicamente (16,66; 35 e 32,08%), respectivamente, entretanto não diferindo quanto a incidência de vacas com mastite clínica (P=0,66)Forty-four multiparous Holstein cows were evaluated on a randomized block design, with three cows per block. The objective was to compare the effect of sodium monensin (M) and propylene glycol (PG) during the prepartum period on milk production and composition, incidence of metabolic diseases and reproduction, through the first nine weeks of lactation. The evaluation period started at drying off and extended up to the ninth week of lactation. Blood samples from days -35, -21, -14, -7, -3, parturition, 7, 14 e 21 were used in analysis. Sodium monensin was administered via a slow releasing capsule (Rumensin ABC ®) at 35 days before the expected calving date and propylene glycol (300ml) through oral drench, starting 21 days before the expected calving date. To ensure that treatments would be restricted to prepartum period, control (C) and propylene glycol cows received a monensin capsule within 24 hours after calving. There was no difference on milk production (31,07; 31,57; 31,18 kg/c/d) and milk protein yield, respectively for control, sodium monensin and propylene glycol treatments. Sodium monensin group (31,27 kg/d) tended (P=0,15) to produce more 3,5% fat corrected milk compared to control (29,93 kg/d), but similar to PG (30,36 kg/c/d). Milk fat content was greater (P=0,056) for cows receiving M before calving (3,46%) than for C cows (3,27%), but PG cows (3,37%) showed no difference from both. The same trend (P=0,10) was observed for milk fat yield (1084; 1017 e 1040 g/c/d), respectively. Milk protein content was lower (P=0,0006) for monensin group (2,92%) than the other ones (3,02%). Control cows (4,72%) showed grater (P=0,0006) lactose in milk than M (4,63%) or PG (4,60%) cows. PG treated cows had greater blood glucose and lower β-hidroxybutyrate (P<0,05), greater blood insulin (P=0,007) and lower (P<0,034) aspartate aminotransferase activity than the other groups. Blood free fatty acids were lower (P=0,009) for PG than M treated cows, but similar to C cows. There was no effect on reproduction and incidence of metabolic diseases, neither in body condition score. Blood progesterone was greater (P=0,0062) for PG than C cows in the first estrus cycle, but lower in the second. Somatic cell count was greater (P=0,0001) for C cows (602 x 103 cells/ml) than M (506 x 103 cells/ml) and PG cows (335 x 103 cells/ml). The average clinical mastitis score, per quarter, was lower (P=0,047) for PG (1,20) treated cows than M and C cows (1,57 and 1,58), respectively. There were less (P=0,042) clinical affected quarters in PG treated cows than in M and C cows (16,66; 35,00 and 32,08%), respectively.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBurger, Diane UnaJuchem, Sérgio de Oliveira2001-01-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-174533/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-20T02:37:01Zoai:teses.usp.br:tde-20191218-174533Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-20T02:37:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Foram avaliadas 44 vacas holandesas em um delineamento em blocos casualisados, onde cada bloco foi constituído de três vacas, submetidas a três tratamentos durante o período pré-parto: controle, monensina sódica e propileno glicol. O período de avaliação estendeu-se do dia da secagem até a nona semana de lactação e as amostras de sangue dos dias -35, -21, -14, -7, -3, parto, 7, 14 e 21 foram utilizadas para análise de glicose, insulina, ácidos graxos livres, β-hidroxibutirato e aspartato aminotransferase. A monensina sódica foi fornecida a partir de 35 dias antes da data prevista para o parto sob a forma de cápsulas de liberação lenta (RumensinABC®) e o propileno glicol (300 ml) a partir de 21 dias, sob a forma de "drench". Com o objetivo de comparar o fornecimento destes dois aditivos exclusivamente durante o período pré-parto, as vacas do tratamento controle e propileno glicol também receberam cápsulas de monensina sódica ao parto. Não houve diferença (P=0,72) para produção de leite (31,07; 31,57; 31,18 kg/v/d), respectivamente para os tratamentos controle (C), monensina sódica (M) e propileno glicol (PG). O tratamento monensina sódica (31,27 kg/v/d) apresentou tendência de maiores produções de leite corrigido para 3,5% de gordura (P=0,15) quando comparado ao controle (29,93 kg/v/d), porém semelhante ao propileno glicol (30,36 kg/v/d). O percentual de gordura do leite foi maior (P=0,056) para as vacas que receberam M (3,46%) antes do parto quando comparado ao C (3,27 %), sendo semelhante ao PG (3,37 %). Resultado semelhante (P=0,10) ocorreu em relação a produção de gordura do leite (1.084; 1017 e 1040 g/v/d), respectivamente. Os teores de proteína no leite foram menores (P=0,0006) no tratamento M (2,92 %) em relação aos demais (3,02 %), não havendo diferença para produção de proteína do leite. O percentual de lactose foi superior (P=0,0006) para C (4,7%) e semelhante entre M e PG, 4,63 e 4,60 %, respectivamente. As vacas que receberam PG tiveram maior concentração de glicose e menores concentrações de β-hidroxibutirato (P<0,05), havendo efeito da interação tempo x tratamento. O PG apresentou maiores (P=0,007) concentrações de insulina e menor (P=0,034) de atividade de aspartato aminotransferase que os demais tratamentos. As concentrações de ácidos graxos livres foram menores (P=0,009) para PG quando comparado a M, entretanto não diferiram de C. Não houve efeito significativo sobre os parâmetros reprodutivos avaliados e incidência de distúrbios metabólicos, nem tão pouco sobre escore de condição corporal. O tratamento PG apresentou maiores (P=0,0062) concentrações de progesterona plasmática que C no primeiro ciclo estral, no entanto menor (P=0,0062), que este no segundo não havendo diferenças em relação a M. O tratamento controle apresentou maior (P=0,0001) contagem de células somáticas no leite (602 x 103 células/ml) que os tratamentos M (506 x 10<sup3 células/ml), e PG (335 x 103 células/ml). O escore médio de mastite clínica foi menor (P=0,047) e PG (1,20) que para M (1,57) e C (1,58), como também foi menor (P=0,042) a incidência de quartos mamários afetados clinicamente (16,66; 35 e 32,08%), respectivamente, entretanto não diferindo quanto a incidência de vacas com mastite clínica (P=0,66) |
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