Caracterização nutricional e funcional da proteína recuperada de cefalotórax de camarão-rosa e estudo do aproveotamento do produto residual
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1983 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-20032008-160105/ |
Resumo: | Foi desenvolvido um método de recuperação de proteína de cefalotórax de camarão-rosa (Penaeus brasiliensis e Penaeus paulensis), tendo como base a separação física e a insolubilização por precipitação isoelétrica (pH 4,5) e aquecimento (70-75°C/5min), caracterizando-se posteriormente o produto obtido e o resíduo sólido resultante. O método empregado propiciou um rendimento de cerca de 2% e a proteína recuperada mostrou-se acompanhada de reduzida quantidade de cálcio (0,03%) e quitina (0,5%) e de níveis de metais tóxicos (Hg, Cd, Pb, Cu e Zn) muito abaixo de limites permitidos em alimentos. Com base no cômputo químico dos amino ácidos essenciais, a proteína obtida apresentou uma qualidade nutricional de 54% e de 90%, em relação à caseína e à proteína da F.A.O/O.M.S, respectivamente, limitada primariamente pelo triptofano. A eficiência desta proteína em promover o crescimento dos animais foi de 81%, comparada à caseína, prejudicada parcialmente por sua digestibilidade (78%). A solubilidade da proteína estudada foi baixa a pH 7 (8,70%) e pôde ser melhorada (20 a 97,5%) através de tratamento alcalino e/ou eliminação do aquecimento na recuperação da mesma. Sua capacidade de emulsificação foi de 31% a 125% comparada à da proteína de soja comercial (Proteimax 90 HG), quando adotou-se também o tratamento alcalino e/ou a eliminação do aquecimento na sua recuperação. Com base no cômputo químico dos amino ácidos essenciais, a qualidade nutricional da proteína do residuo foi de 21% e de 35%, respectivamente em relação à caseína e à proteína da F.A.O/0.M.S., com limitação primária em triptofano. O rendimento em quitina e em quitosana atingiu 2,7g e 2,5g a partir do resíduo equivalente a 100g de cefalotórax ou 29g e 26g para cada 100g do mesmo, respectivamente. |
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Caracterização nutricional e funcional da proteína recuperada de cefalotórax de camarão-rosa e estudo do aproveotamento do produto residualNutritional and functional characterization of the protein recovered from pink-shrimp cephalotorax and study of the residual productCamarãoCefalotórax de camarão-rosaPink-shrimp cephalotoraxProteína recuperadaProteínasProteinsRecovered proteinShrimpFoi desenvolvido um método de recuperação de proteína de cefalotórax de camarão-rosa (Penaeus brasiliensis e Penaeus paulensis), tendo como base a separação física e a insolubilização por precipitação isoelétrica (pH 4,5) e aquecimento (70-75°C/5min), caracterizando-se posteriormente o produto obtido e o resíduo sólido resultante. O método empregado propiciou um rendimento de cerca de 2% e a proteína recuperada mostrou-se acompanhada de reduzida quantidade de cálcio (0,03%) e quitina (0,5%) e de níveis de metais tóxicos (Hg, Cd, Pb, Cu e Zn) muito abaixo de limites permitidos em alimentos. Com base no cômputo químico dos amino ácidos essenciais, a proteína obtida apresentou uma qualidade nutricional de 54% e de 90%, em relação à caseína e à proteína da F.A.O/O.M.S, respectivamente, limitada primariamente pelo triptofano. A eficiência desta proteína em promover o crescimento dos animais foi de 81%, comparada à caseína, prejudicada parcialmente por sua digestibilidade (78%). A solubilidade da proteína estudada foi baixa a pH 7 (8,70%) e pôde ser melhorada (20 a 97,5%) através de tratamento alcalino e/ou eliminação do aquecimento na recuperação da mesma. Sua capacidade de emulsificação foi de 31% a 125% comparada à da proteína de soja comercial (Proteimax 90 HG), quando adotou-se também o tratamento alcalino e/ou a eliminação do aquecimento na sua recuperação. Com base no cômputo químico dos amino ácidos essenciais, a qualidade nutricional da proteína do residuo foi de 21% e de 35%, respectivamente em relação à caseína e à proteína da F.A.O/0.M.S., com limitação primária em triptofano. O rendimento em quitina e em quitosana atingiu 2,7g e 2,5g a partir do resíduo equivalente a 100g de cefalotórax ou 29g e 26g para cada 100g do mesmo, respectivamente.A method for the protein recuperation from pink shrimp (Penaeus brasilensis and Penaeus palensis) cephalotorax was developed and the recuperated product and generated solid waste were characterized. The physical separation and protein insolubilization by isoelectric precipitation (pH4,5) and heating (70-75°C/5min) were the base of this method. The method promoted a yie1d of 2% and the protein product showed low quantities of calcium (0,03%) and chitin (0,5%) and very low quantities of toxic metals (Hg, Cd, Pb, Cu and Zn) in relation to limits permited in foods. Based on the essential amino acids chemical score the recuperated protein showed a nutritional quality of 54% and 90%, compared to casein and F.A.O/O.M.S reference protein, respectively, primarily limited in triptophan. The eficiency of this protein in animal growth promotion was of 81% in relation to casein, limited partially by its digestibility (78%). The solubilty of the protein was low at pH 7 (8,70%) and was improved (20 to 97,5%) through the alkaline treatment and/or heating elimination in its recuperation. The emulsification capacity of this protein was from 31% to 125% campared to commercial say protein (Proteimax 90 HG) when the a1ka1ine treatment and/or heating elimination was also used. Accarding to the essential amino acids chemical score the protein nutritional quality of the solid waste was of 21% and 35% respectively, in relation to casein and F.A.O/O.M.S. reference proteint with primary limitation in triptophan. The yield in chitin and chitosan was 2,7g and 2,5g/100g cephalotorax or 29g and 26g/100g solid waste, respectively.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPZucas, Sergio MiguelTenuta Filho, Alfredo1983-12-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-20032008-160105/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:55Zoai:teses.usp.br:tde-20032008-160105Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Foi desenvolvido um método de recuperação de proteína de cefalotórax de camarão-rosa (Penaeus brasiliensis e Penaeus paulensis), tendo como base a separação física e a insolubilização por precipitação isoelétrica (pH 4,5) e aquecimento (70-75°C/5min), caracterizando-se posteriormente o produto obtido e o resíduo sólido resultante. O método empregado propiciou um rendimento de cerca de 2% e a proteína recuperada mostrou-se acompanhada de reduzida quantidade de cálcio (0,03%) e quitina (0,5%) e de níveis de metais tóxicos (Hg, Cd, Pb, Cu e Zn) muito abaixo de limites permitidos em alimentos. Com base no cômputo químico dos amino ácidos essenciais, a proteína obtida apresentou uma qualidade nutricional de 54% e de 90%, em relação à caseína e à proteína da F.A.O/O.M.S, respectivamente, limitada primariamente pelo triptofano. A eficiência desta proteína em promover o crescimento dos animais foi de 81%, comparada à caseína, prejudicada parcialmente por sua digestibilidade (78%). A solubilidade da proteína estudada foi baixa a pH 7 (8,70%) e pôde ser melhorada (20 a 97,5%) através de tratamento alcalino e/ou eliminação do aquecimento na recuperação da mesma. Sua capacidade de emulsificação foi de 31% a 125% comparada à da proteína de soja comercial (Proteimax 90 HG), quando adotou-se também o tratamento alcalino e/ou a eliminação do aquecimento na sua recuperação. Com base no cômputo químico dos amino ácidos essenciais, a qualidade nutricional da proteína do residuo foi de 21% e de 35%, respectivamente em relação à caseína e à proteína da F.A.O/0.M.S., com limitação primária em triptofano. O rendimento em quitina e em quitosana atingiu 2,7g e 2,5g a partir do resíduo equivalente a 100g de cefalotórax ou 29g e 26g para cada 100g do mesmo, respectivamente. |
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