Parassexualidade e produção de ácido cítrico em Aspergillus niger

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bonatelli Junior, Renato
Data de Publicação: 1981
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20230818-145428/
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo o estudo de aspectos relacionados com a parassexualidade e a produção de ácido cítrico na linhagem 10v10 de Aspergillus niger. Com relação à parassexualidade foi constatado que para a obtenção de colônias prototróficas, após o cruzamento de linhagens auxotróficas pelo método de ROPER (1952), existe a necessidade de se aumentar a quantidade de meio completo de 2% para 4% na mistura utilizada para obtenção de micélio heterocariótico. As colônias prototróficas isoladas puderam ser classificadas em dois tipos: como setores (CS) e ausência de setores (AS). O tipo CS foi discriminado do tipo AS por ter diâmetro de conídios maior que as parentais auxotróficas, e por segregar as marcas genéticas envolvidas no cruzamento, enquanto que as colônias AS, na maioria dos casos, têm diâmetro de conídios semelhante às parentais. Colônias do tipo CS e as linhagens auxotróficas mostraram menor frequência de conídios binucleados que a linhagem parental 10v10, com a diferença que a variação nas primeiras foi de 20% a 27%, e nas segundas houve maior amplitude de variação. As colônias CS segregaram todas ou, no mínimo, uma das marcas genéticas, o que permitiu a sua separação em dois outros tipos, CS I e CS II, respectivamente. O Benlate, com concentrações que variaram de 1,5 até 4 µg/ml de meio completo, revelou-se agente eficiente na haploidização das linhagens CS, onde a ocorrência espontânea do fenômeno é rara. Nos estudos conduzidos sobre a produção de ácido cítrico, as reversões obtidas dos mutantes auxotróficos sugerem a existência de fenômenos pleiotrópicos, o que não foi observado no estudo da produção dos diplóides obtidos entre linhagens de baixa produção. Não houve aumento na produção de ácido cítrico em relação à linhagem 10v10 pela diploidização, havendo nos diplóides de um dos cruzamentos menor variação na produção, o que pode ser explorado no melhoramento genético da linhagem. Os segregantes obtidos evidenciaram alelismo dos genes envolvidos na produção de ácido cítrico da linhagem 10v10, e confirmaram a ausência de marcadores genéticos observada nas linhagens do tipo CS II.
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