Resistência de variedades e linhagens de arroz a Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera crambidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, José Francisco da Silva
Data de Publicação: 1976
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-152338/
Resumo: Foi estudada a resistência de arroz à Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794). O material genético foi constituído por 15 variada das e linhagens resistentes à Chilo suppresslis (Walker, 1863), enviados do International Rice Research Institute, Los Banas, Laguna, Filipinas, por 10 linhagens reconhecidas como fonte de resistência a Chilo plejadellus Zincken, 1821 e à D. saccharalis, enviadas do Germplasm Resources Laboratory, Beltsville, Maryland, USA e por 16 variedades e linhagens fornecidas pela Seção de Arroz e Cereais de Inverno do Instituto Agronômico de Campinas, São Paulo, Brasil. As plantas foram cultivadas em vasos e dois tipos de experimento foram realizados: infestação de plantas com lagartas de primeiro instar e infestação de plantas com insetos adultos. Em experimentos realizados em casa de vegetação, onde as plantas foram infestadas com lagartas de primeiro instar, a colocação de 20 lagartas por vaso com três plantas demonstrou ser o nível de infestação mais adequado para os trabalhos de seleção. O mais destacado tipo de resistência de arroz à D. saccharalis foi a tolerância aos danos das lagartas, avaliada através do número de novos colmos emitidos pelas plantas, após a infestação das mesmas com lagartas de primeiro instar. O número de colmos normais nas plantas foi diretamente correlacionado com o perfilhamento pós-infestação, que dependeu bastante da idade em que as plantas foram infestadas. Plantas infestadas com 35 dias de idade, apresentaram alta capacidade de tolerar os danos de D. saccharalis. A técnica de infestar plantas com lagartas não permite, entretanto, selecionar variedades ou linhagens com resistência do tipo não preferência para oviposição, a qual demonstrou ser um tipo de resistência relevante para D. saccharalis em arroz. Em experimentos de telados, quando as plantas foram expostas às mariposas, essas preferiram ovipositar nas variedades com plantas mais altas e com folhas mais largas; a oviposição foi negativamente correlacionada com a pilosidade das folhas. As variedades Suyai 20, Chiang an Tsao Pai Ku, Ti Ho Hung, TKM-6, C-409 e as linhagens 1541, 1584 e 3604, que fazem parte do material genético introduzi.do. foram consideradas as mais resistentes à D. saccharalis. A única variedade brasileira incluída entre as mais resistentes, foi a Canela de Ferro. Independentemente das características agronômicas dessas variedades e linhagens, as mesmas podem ser usadas em programas de melhoramento do arroz, como fontes de resistência à D. saccharalis.
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As plantas foram cultivadas em vasos e dois tipos de experimento foram realizados: infestação de plantas com lagartas de primeiro instar e infestação de plantas com insetos adultos. Em experimentos realizados em casa de vegetação, onde as plantas foram infestadas com lagartas de primeiro instar, a colocação de 20 lagartas por vaso com três plantas demonstrou ser o nível de infestação mais adequado para os trabalhos de seleção. O mais destacado tipo de resistência de arroz à D. saccharalis foi a tolerância aos danos das lagartas, avaliada através do número de novos colmos emitidos pelas plantas, após a infestação das mesmas com lagartas de primeiro instar. O número de colmos normais nas plantas foi diretamente correlacionado com o perfilhamento pós-infestação, que dependeu bastante da idade em que as plantas foram infestadas. Plantas infestadas com 35 dias de idade, apresentaram alta capacidade de tolerar os danos de D. saccharalis. A técnica de infestar plantas com lagartas não permite, entretanto, selecionar variedades ou linhagens com resistência do tipo não preferência para oviposição, a qual demonstrou ser um tipo de resistência relevante para D. saccharalis em arroz. Em experimentos de telados, quando as plantas foram expostas às mariposas, essas preferiram ovipositar nas variedades com plantas mais altas e com folhas mais largas; a oviposição foi negativamente correlacionada com a pilosidade das folhas. As variedades Suyai 20, Chiang an Tsao Pai Ku, Ti Ho Hung, TKM-6, C-409 e as linhagens 1541, 1584 e 3604, que fazem parte do material genético introduzi.do. foram consideradas as mais resistentes à D. saccharalis. A única variedade brasileira incluída entre as mais resistentes, foi a Canela de Ferro. Independentemente das características agronômicas dessas variedades e linhagens, as mesmas podem ser usadas em programas de melhoramento do arroz, como fontes de resistência à D. saccharalis.The rssistance of rice lines and varieties to Diatraea saccharalis was stunied. The germplasm t ested included 15 entries resistant Chilo suppresslis (Walker, 1863) obtained from the International Rice Research Instituto, Laguna, Philippines, 10 entries resistant to Chilo plejadellus Zincken, 1821 and D. saccharalis obtained from the Germplasm Resources Laboratory, Beltsville, U.S.A, and 16 varieties supplied by the Instituto Agronômico de Campinas, São Paulo, Brazil. The tests ware carried out with potted 8lants undar greenhouse conditions. The plants were infested with first instar larvas or with adults. Results of the tests showed that infestation of the rice plants whith 20 first instar larvas per pot whith 3 plants is better that 10 , 35 or 50. The most conspicuous type of resistance was tolerence which can be nvaluatecl lJy the tillering ability of the plants under infestation witchi larvae. The number of normal tillers at and of the experiments was directly correlated with the number of emittted tillars after infestition. The tolerance, decresead with age of the plants. The resistnnce to oviposition by the adults provad to be an important type of resistance. Oviposition was better on taller varieties wi th broader leaves ; tho moths laicl no eggs on hairy parts of leaves the rnunber of eggs laid by insects was higher on glabrous varieties than on hairy ones. The introduced varieties Chiang an Tsao Pai Ku and TKM-6 were tolerant to larval infestation and bad fewer eggs. The varietics Ti Ho Hung and C-409 2nd lines 1541, 1584 and 3604 all introduced and the Brazilian variety Canela de Ferro, were resistant to larval infestation, but were not tested for oviposition.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRossetto, Carlos JorgeMartins, José Francisco da Silva1976-11-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-152338/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-26T20:25:02Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-152338Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-26T20:25:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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