Depressão e sintomas depressivos em idosos de baixa renda em São Paulo: prevalência, fatores associados e uso de serviços de saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-28112009-183311/ |
Resumo: | Existem poucos estudos brasileiros que investigaram a prevalência de depressão e os fatores de risco associados em idosos da comunidade utilizando instrumentos de avaliação de depressão adequados para esta população. O impacto da depressão no uso de serviços de saúde por idosos também é pouco conhecido no Brasil. O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência de depressão, de sintomas depressivos e de síndromes depressivas, os fatores de risco associados, e o uso de serviços de saúde em idosos residentes em comunidades de baixa renda em São Paulo. Este estudo faz parte do São Paulo Ageing & Health Study, um estudo populacional que investigou a epidemiologia dos transtornos mentais em idosos residentes em áreas de baixa renda em São Paulo. Dois mil e vinte e quatro idosos foram avaliados para a presença sintomas depressivos por meio do Geriatric Mental Status e de seu algoritmo (GMS/AGECAT) e do Inventário Neuropsiquiátrico. O diagnóstico de depressão obedeceu aos critérios da CDI-10, e o de sintomas depressivos baseou-se no GMS/AGECAT. Idosos que receberam o diagnóstico de depressão e/ou de sintomas depressivos foram considerados como portadores de síndromes depressivas. Informações sobre fatores de risco e uso de serviços de saúde foram coletadas através de questionário padronizado desenvolvido para o estudo. A prevalência de depressão, de sintomas depressivos e de síndromes depressivas foi de 4,9%, 27,1% e 28,0%, respectivamente. Síndromes depressivas estiveram associadas a gênero feminino, faixas etárias mais altas, baixo status socioeconômico, maior número de morbidades físicas, níveis mais altos de limitação funcional e maior uso de serviços de saúde, mesmo após o ajuste para gênero, idade e renda. As prevalências encontradas neste estudo foram em geral mais altas do que as encontradas no Brasil e em estudos internacionais. No entanto, os fatores de risco associados e o padrão de uso de serviços de saúde estiveram de acordo com a literatura. Aspectos metodológicos dos estudos de prevalência de depressão e de sintomas depressivos em idosos residentes na comunidade são discutidos. |
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Depressão e sintomas depressivos em idosos de baixa renda em São Paulo: prevalência, fatores associados e uso de serviços de saúdeDepression and depressive symptoms in elderly low-income community in São Paulo: prevalence, associated factors and use of health servicesDepressãoDepressionElderlyFatores de riscoHealth servicesIdosoPrevalencePrevalênciaRisk factorsServiços de saúdeExistem poucos estudos brasileiros que investigaram a prevalência de depressão e os fatores de risco associados em idosos da comunidade utilizando instrumentos de avaliação de depressão adequados para esta população. O impacto da depressão no uso de serviços de saúde por idosos também é pouco conhecido no Brasil. O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência de depressão, de sintomas depressivos e de síndromes depressivas, os fatores de risco associados, e o uso de serviços de saúde em idosos residentes em comunidades de baixa renda em São Paulo. Este estudo faz parte do São Paulo Ageing & Health Study, um estudo populacional que investigou a epidemiologia dos transtornos mentais em idosos residentes em áreas de baixa renda em São Paulo. Dois mil e vinte e quatro idosos foram avaliados para a presença sintomas depressivos por meio do Geriatric Mental Status e de seu algoritmo (GMS/AGECAT) e do Inventário Neuropsiquiátrico. O diagnóstico de depressão obedeceu aos critérios da CDI-10, e o de sintomas depressivos baseou-se no GMS/AGECAT. Idosos que receberam o diagnóstico de depressão e/ou de sintomas depressivos foram considerados como portadores de síndromes depressivas. Informações sobre fatores de risco e uso de serviços de saúde foram coletadas através de questionário padronizado desenvolvido para o estudo. A prevalência de depressão, de sintomas depressivos e de síndromes depressivas foi de 4,9%, 27,1% e 28,0%, respectivamente. Síndromes depressivas estiveram associadas a gênero feminino, faixas etárias mais altas, baixo status socioeconômico, maior número de morbidades físicas, níveis mais altos de limitação funcional e maior uso de serviços de saúde, mesmo após o ajuste para gênero, idade e renda. As prevalências encontradas neste estudo foram em geral mais altas do que as encontradas no Brasil e em estudos internacionais. No entanto, os fatores de risco associados e o padrão de uso de serviços de saúde estiveram de acordo com a literatura. Aspectos metodológicos dos estudos de prevalência de depressão e de sintomas depressivos em idosos residentes na comunidade são discutidos.There are few Brazilian studies that have investigated the prevalence of depression and associated risk factors in the elderly community using tools appropriate for assessing depression in this population. The impact of depression on the use of health services by the older adults is also not well known in Brazil. The objective of the study was to investigate the prevalence of depression, depressive symptoms and depressive syndromes, the associated risk factors, and the use of health services by the elderly residents in low-income communities in the City of São Paulo. This study was part of the São Paulo Aging & Health Study, a population study investigating the epidemiology of mental disorders among elderly residents in low income communities in the City of São Paulo. Two thousand twenty four elderly were evaluated for symptoms of depression using the Geriatric Mental Status and its algorithm (GMS/AGECAT) and the Neuropsychiatric Inventory. The diagnosis of depression followed the ICD-10 criteria, and depressive symptoms diagnosis was based on the GMS/AGECAT criteria. Those who received a diagnosis of depression and/or depressive symptoms were considered as having depressive syndromes. Information on risk factors and on the use of health services was collected using a standardized questionnaire developed for the study. The prevalence of depression, depressive symptoms and depressive syndromes were 4.9%, 27.1% and 28.0%, respectively. Depressive syndromes were associated with: females, higher age groups, lower socioeconomic status, greater number of physical morbidities, higher levels of functional limitation, and greater use of health services, even after adjusting for gender, age and income. The prevalence rates found in this study were, in general, higher than those found in Brazil and in international studies. However, the associated risk factors and the pattern of use of health services were in agreement with the literature. Methodological aspects of the studies of the prevalence of depression and depressive symptoms in the elderly living in the community are discussed.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPScazufca, MarciaCrepaldi, André Luiz2009-09-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-28112009-183311/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:05Zoai:teses.usp.br:tde-28112009-183311Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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