A política de sementes do Governo do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira Filho, Joaquim Bento de Souza
Data de Publicação: 1988
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20191218-104255/
Resumo: Como parte do projeto "Estudo Nacional de Sementes", do convenio FINEP/FEALQ, o objetivo deste trabalho é avaliar a política de produção de sementes da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - SAA-SP - com ênfase na racionalidade econômica que fundamenta sua configuração atual, sua importância para a agricultura paulista bem como para a empresa privada de produção de sementes no Estado. O estudo contempla as sete principais espécies de sementes produzidas pela SAA-SP, a saber: algodão, milho, soja, arroz, trigo, feijão e amendoim. Após uma breve revisão sobre as teorias que tratam das mudanças tecnológicas, procedeu-se a uma análise da evolução histórica do sistema, com ênfase em dados disponíveis de produção, vendas e preços de sementes pela SAA-SP e pelas empresas privadas do setor. Constatou- se que a SAA-SP ainda domina o mercado paulista de sementes de arroz, amendoim e feijão. Em seguida, foi feita uma avaliação sobre o caráter deficitário ou superavitário espécies estudadas dentro do Fundo Especial de Despesa do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes- DSMM, da SAA-SP. Para tanto, desenvolveu-se um modelo simples de imputação de custos às diversas contas. Verificou-se que algodão e arroz são contas com tendências superavitárias, enquanto amendoim, trigo e soja apresentam-se com tendências deficitárias. Feijão e milho híbrido não apresentam tendência definida. Finalmente, procedeu-se a uma avaliação econométrica das funções de demanda por sementes da SAA-SP estudadas, no Estado de São Paulo. Foram encontrados valores de elasticidade preço da demanda menores que a unidade para as sementes de algodão, arroz e trigo, e superiores a um para sementes de soja e milho híbrido, tanto a curto quanto a longo prazo. Problemas nos dados não permitiram a estimação das funções correspondentes para feijão e amendoim. Os resultados sugerem que as sementes de algodão são fontes de recursos para a política de subsídios da SAA-SP aos preços de sementes de outras espécies. A despeito deste fato, os resultados sugerem ainda que a SAA-SP não explora totalmente seu poder de monopólio no mercado de sementes de algodão do Estado de São Paulo.
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