Sobre aquilo que um dia chamaram corpo: corporalidade nas ambiências digitais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-27092017-093410/ |
Resumo: | Esta dissertação aborda as transformações que a tecnologia digital está operando sobre aquilo que um dia chamaram corpo. Nossa atual capacidade de perceber, interagir e intervir em múltiplos espaços sem nos deslocarmos fisicamente revela que já ingressamos coletivamente em uma nova condição da experiência corporal nas redes digitais. Isto é, a crescente participação das tecnologias mecânicas, elétricas e digitais no nosso cotidiano inaugurou sensações e assim transformou o estatuto e as condições do corpo, instaurando o que chamaremos corporalidades reticulares. Nesta perspectiva, os dualismos que arregimentaram a modernidade (mente/corpo, animal/humano, público/privado, natureza/cultura) são depostos, anunciando uma época em que não há mais aquele abismo ontológico que separou o humano da tecnologia. Deste modo, o objetivo desta dissertação é discutir o estatuto e a condição do corpo na época das redes digitais para abrir nossa percepção para uma realidade insuficientemente compreendida pela palavra corpo. Por isso, a justificativa desta pesquisa se dá pela urgência em compreendermos de que maneira a tecnologia digital está criando, retificando ou ressaltando atributos corporais anteriores e contemporâneos ao advento da comunicação digital em rede. Para tanto, a indisciplina própria ao corpo foi aqui utilizada como metodologia de pesquisa, atravessando irresponsavelmente diversos campos das ciências humanas, na tentativa de contemplar conceitualmente a complexidade de um assunto inapreensível enquanto \"objeto de pesquisa\". Analisando as ambiências digitais e o chamado \"sexo virtual\", concluiremos que àquele corpo natural, individual e sensível aos estímulos orgânicos do seu entorno, impõe-se agora um corporalidade reticular, sem centro nem periferia, capaz de sentir a miríade de estímulos transorgânicos, semióticos e sintéticos que a atravessam no contexto digital e fora dele. |
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Sobre aquilo que um dia chamaram corpo: corporalidade nas ambiências digitaisRegarding what has been one day called body: corporality in the digital ambiencesBodyCommunicationComunicaçãoCorpoDigital technologySexo virtualTecnologia digitalVirtual sexEsta dissertação aborda as transformações que a tecnologia digital está operando sobre aquilo que um dia chamaram corpo. Nossa atual capacidade de perceber, interagir e intervir em múltiplos espaços sem nos deslocarmos fisicamente revela que já ingressamos coletivamente em uma nova condição da experiência corporal nas redes digitais. Isto é, a crescente participação das tecnologias mecânicas, elétricas e digitais no nosso cotidiano inaugurou sensações e assim transformou o estatuto e as condições do corpo, instaurando o que chamaremos corporalidades reticulares. Nesta perspectiva, os dualismos que arregimentaram a modernidade (mente/corpo, animal/humano, público/privado, natureza/cultura) são depostos, anunciando uma época em que não há mais aquele abismo ontológico que separou o humano da tecnologia. Deste modo, o objetivo desta dissertação é discutir o estatuto e a condição do corpo na época das redes digitais para abrir nossa percepção para uma realidade insuficientemente compreendida pela palavra corpo. Por isso, a justificativa desta pesquisa se dá pela urgência em compreendermos de que maneira a tecnologia digital está criando, retificando ou ressaltando atributos corporais anteriores e contemporâneos ao advento da comunicação digital em rede. Para tanto, a indisciplina própria ao corpo foi aqui utilizada como metodologia de pesquisa, atravessando irresponsavelmente diversos campos das ciências humanas, na tentativa de contemplar conceitualmente a complexidade de um assunto inapreensível enquanto \"objeto de pesquisa\". Analisando as ambiências digitais e o chamado \"sexo virtual\", concluiremos que àquele corpo natural, individual e sensível aos estímulos orgânicos do seu entorno, impõe-se agora um corporalidade reticular, sem centro nem periferia, capaz de sentir a miríade de estímulos transorgânicos, semióticos e sintéticos que a atravessam no contexto digital e fora dele.This dissertation adresses the transformation digital technology is operating on all of that they one day called body. Our current capacity to perceive, interact and intervene in multiple spaces without having to physically move reveals we have collectively joined into a brand-new body experience condition through the digital networks. What I mean is that the increasing participation of mechanical, electric and digital technologies in our daily lives launched some sensations, thus transforming body constitution and its conditions, creating what we will be calling reticulate corporality. Into this perspective, the dualities that have regimented modernity (mind/body, animal/human, public/private, nature/culture) are deposed, in the announce of a period in which the ontological chasm between human and technology no more exists. That said, this dissertation aims the discussion over the body constitution and its conditions into the digital media era so we can expand our perception to a reality that is insufficiently comprised by the word body. That said, this research justifies itself due to the urgency to comprehend how digital technology is creating, rectifying or emphasizing body attributes that are prior and contemporary to the advent of the networking digital communication. Therefore, the indiscipline inherent to the body has been here used as a research methodology, recklessly intercepting several fields from the Human sciences, in an attempt to conceptually contemplate the complexity of an issue that is inapprehensible as a \"research object\". Through the analysis of the digital ambiences and the so-called \"virtual sex\", we will be able to conclude that the natural, individual and sensitive to surrounding organic stimulus body is now imposed a new reticulate corporality, with no center or periphery, able to feel the myriad of transorganic, semiotic and synthetic stimuli that cross it into and out of the digital context.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFelice, Massimo diOliveira, Danilo Patzdorf Casari de2017-08-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-27092017-093410/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:38:18Zoai:teses.usp.br:tde-27092017-093410Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:38:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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