Controle de Tetranychus urticae Koch com fungos entomopatogênicos.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-05082002-163324/ |
Resumo: | Dentre 45 isolados de Hyphomycetes testados, oito de Beauveria bassiana e quatro de Metarhizium anisopliae causaram em Tetranychus urticae, mortalidades superiores a 80 e 90%, respectivamente, cinco dias após a inoculação na concentração de 5x10 7 conídios/mL. Hirsutella sp. atingiu 73% de mortalidade na concentração de 1,7x10 7 conídios/mL. Entre 80 a 100% dos cadáveres de ácaros colonizados pelos isolados de B. bassiana e M. anisopliae apresentavam, internamente, cristais de cálcio. Conídio aéreo, blastósporo e célula de levedura de cinco isolados B. bassiana foram patogênicos a esta praga. Diferenças significativas (P ³ 0,05) para CL50 e coeficiente angular entre os isolados e entre as estruturas infectivas foram observadas. Os valores da CL50 variaram de 4,95x10 6 a 8,21x10 7 estruturas infectivas/mL. Não houve diferença significativa entre as estruturas infectivas para os dois parâmetros avaliados, contudo, houve diferenças significativas para a CL50 entre as estruturas infectivas em um mesmo isolado de B. bassiana. Três formulações de fungicidas, 24 de inseticidas e/ou acaricidas foram compatíveis com B. bassiana, sendo formulados com as seguintes moléculas: propamocarb hidrocloreto, enxofre, abamectin, acefato, acetamiprid, betacyflutrin, bifentrina, ciromazina, deltametrina, diafentiuron, diflubenzuron, dimetoato, fenpropatrina, fenpyroximate, fenvalerate, imidacloprid, metamidofós, propargite, tebufenozide e triclorfon. Houve grande variação na toxicidade dos produtos dentro de cada grupo químico e produtos formulados com a mesma molécula química. B. bassiana foi eficiente no controle de T. urticae em crisântemo (Dendranthema grandiflora) cultivado em estufa, quando pulverizado na concentração de 2x10 8 conídios/mL. O controle microbiano foi superior ao proporcionado pelo controle químico utilizado na propriedade agrícola. Efetuando-se quatro pulverizações do fungo em um período de 14 dias, a densidade reduziu de 1,8 para 0,1 ácaro/folha. Na cultura do morango (Fragaria spp.) a eficiência de B. bassiana foi inferior ao crisântemo, com densidade média de ácaros ao longo de 21 dias de avaliação para as concentrações 1x10 8 e 5x10 7 conídios/mL de 13 ácaros/folíolo, contra 43 ácaros/folíolo nas parcelas não tratadas. As variedades de morango Campinas e Princesa Isabel foram as que apresentaram as menores densidades do ácaro, contudo, não houve evidência de que estas variedades interferiram na eficiência de controle da praga por B. bassiana. Assim, M. anisopliae, B. bassiana e Hirsutella sp. foram os fungos mais promissores para serem formulados como micoacaricidas para o controle de T. urticae. |
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Controle de Tetranychus urticae Koch com fungos entomopatogênicos.Control of Tetranychus urticae Koch with entomopathogenic fungi.ácaros parasitos de plantasbiological controlcontrole biológicocrop pestsentomopathogenic fungifungos entomopatogênicosmitespragas de plantasDentre 45 isolados de Hyphomycetes testados, oito de Beauveria bassiana e quatro de Metarhizium anisopliae causaram em Tetranychus urticae, mortalidades superiores a 80 e 90%, respectivamente, cinco dias após a inoculação na concentração de 5x10 7 conídios/mL. Hirsutella sp. atingiu 73% de mortalidade na concentração de 1,7x10 7 conídios/mL. Entre 80 a 100% dos cadáveres de ácaros colonizados pelos isolados de B. bassiana e M. anisopliae apresentavam, internamente, cristais de cálcio. Conídio aéreo, blastósporo e célula de levedura de cinco isolados B. bassiana foram patogênicos a esta praga. Diferenças significativas (P ³ 0,05) para CL50 e coeficiente angular entre os isolados e entre as estruturas infectivas foram observadas. Os valores da CL50 variaram de 4,95x10 6 a 8,21x10 7 estruturas infectivas/mL. Não houve diferença significativa entre as estruturas infectivas para os dois parâmetros avaliados, contudo, houve diferenças significativas para a CL50 entre as estruturas infectivas em um mesmo isolado de B. bassiana. Três formulações de fungicidas, 24 de inseticidas e/ou acaricidas foram compatíveis com B. bassiana, sendo formulados com as seguintes moléculas: propamocarb hidrocloreto, enxofre, abamectin, acefato, acetamiprid, betacyflutrin, bifentrina, ciromazina, deltametrina, diafentiuron, diflubenzuron, dimetoato, fenpropatrina, fenpyroximate, fenvalerate, imidacloprid, metamidofós, propargite, tebufenozide e triclorfon. Houve grande variação na toxicidade dos produtos dentro de cada grupo químico e produtos formulados com a mesma molécula química. B. bassiana foi eficiente no controle de T. urticae em crisântemo (Dendranthema grandiflora) cultivado em estufa, quando pulverizado na concentração de 2x10 8 conídios/mL. O controle microbiano foi superior ao proporcionado pelo controle químico utilizado na propriedade agrícola. Efetuando-se quatro pulverizações do fungo em um período de 14 dias, a densidade reduziu de 1,8 para 0,1 ácaro/folha. Na cultura do morango (Fragaria spp.) a eficiência de B. bassiana foi inferior ao crisântemo, com densidade média de ácaros ao longo de 21 dias de avaliação para as concentrações 1x10 8 e 5x10 7 conídios/mL de 13 ácaros/folíolo, contra 43 ácaros/folíolo nas parcelas não tratadas. As variedades de morango Campinas e Princesa Isabel foram as que apresentaram as menores densidades do ácaro, contudo, não houve evidência de que estas variedades interferiram na eficiência de controle da praga por B. bassiana. Assim, M. anisopliae, B. bassiana e Hirsutella sp. foram os fungos mais promissores para serem formulados como micoacaricidas para o controle de T. urticae.Among 45 isolates of hyphomycetes tested against Tetranychus urticae, 8 Beauveria bassiana and 4 Metarhizium anisopliae isolates caused mortality > 80 and 90%, respectively, 5 days after inoculation with 5x10 7 conidia/mL. Hirsutella sp. caused 73% mortality at a concentration of 1.7x10 7 conidia/mL. Eighty to 100% of cadavers infected by B. bassiana or M. anisopliae isolates had calcium crystals inside their bodies. Conidia, blastospores and yeastlike cells of five B. bassiana isolates were pathogenic against this pest. Significant differences (P ³ 0.05) were observed among the LC50's and slopes of dose-mortality lines for the different isolates and infective structures. LC50 values ranged from 4.95x10 6 to 8.21x10 7 cells/mL. There were no significant differences among the infective structures in the two tested variables. However, there were significant differences among the LC50's with different infective structures within the same B. bassiana isolate. Three fungicide formulations and 24 insecticides and/or mitecides were compatible with B. bassiana including those with the following active ingredients: propamocarb hydrochloride, sulphur, abamectin, acephate,acetamiprid, betacyfluthrin, bifenthrin, cyromazine, deltamethrin, diafentiuron, diflubenzuron, dimethoate, fenpropathrin, fenpyroximate, fenvalerate, imidacloprid, methamidophos, propargite, tebufenozide and trichlorfon. There was large variability in the toxicity of products withing a chemical group and products containing the same active ingredient. B. bassiana was an efficient T. urticae mite control in chrysanthemum (Dendranthema grandiflora), when applied at a concentration of 2x10 8 conidia/mL. Microbial control was better than that provided by chemical pesticides normally used in the greenhouses. With four fungal sprays within 14 days, the mite density was reduced from 1.8 to 0.1 mite/leaf. In strawberry (Fragaria sp.), T. urticae control was lower than in chrysanthemum, with mean density of mites for 21 days after application of 1x10 8 or 5x10 7 conidia/mL at 13 mites/leaflet, compared to 43 mites/leaflet in control plots. The strawberry varieties 'Campinas' and 'Princesa Isabel' had the lowest mite densities, however, these varieties did not affect the efficacy of mite control by B. bassiana. Thus, M. anisopliae, B. bassiana and Hirsutella sp. were the most promissing fungi to be formulated as mycomiticides for T. urticae control.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlves, Sergio BatistaTamai, Marco Antonio2002-03-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-05082002-163324/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:08:16Zoai:teses.usp.br:tde-05082002-163324Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:08:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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