Taxonomia das espécies brasileiras de Anastrepha Schiner, 1868 do complexo fraterculus (Diptera, Tephritidae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1977 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-154220/ |
Resumo: | Com a presente pesquisa pretendeu-se estudar a taxonomia de moscas-das-frutas do gênero Anastrepha coletadas em frascos caça-moscas, na região de Jaboticabal, SP. Os frascos utilizados eram do Tipo Valenciano, e continham 50 ml de substâncias atrativas (proteína de milho hidrolisada 1% ou melaço 7,5%), as quais eram renovadas semanalmente, quando se procedia a coleta dos exemplares de Anastrepha. Os frascos foram instalados em um pomar comercial de goiaba, em Taiúva. SP. As moscas, assim coletadas foram fixadas em álcool 70%. Durante o desenvolvimento da pesquisa, foram estudadas amostras de Anastrepha da cidade de Videira, SC, coletadas em pomar de pêssego, através de frascos caça-moscas com vinagre de uva a 25%. Foi estudado, também, material proveniente da criação do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, fixado em Carnoy; de frutos atacados da área experimental do Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP., e amostras provenientes de várias localidades do Ceará. Os exemplares mantidos nos fixadores acima citados, foram montados de acordo com a técnica de VOCKEROTH (1966), sendo as genitálias masculinas e femininas preparadas de acordo com a técnica de GURNEY et alii (1964). Todas as moscas obtidas pertenciam ao complexo fraterculus, e depois de se estudar aproximadamente 600 fêmeas e 50 machos desse complexo foram identificadas as seguintes espécies: A. fraterculus (Wied., 1830); A. obliqua (Macquart, 1835); A. sororcula sp. n. e A. zenildae sp. n. Considerou-se o complexo fraterculus constituído de 17 espécies, das quais oito são assinaladas no Brasil. Essas espécies apresentam a seguinte combinação de caracteres: - espécies de tamanho pequeno (metanoto: 2,27 - 3,60mm); - coloração geral amarelada; - asas com faixas de coloração amarela a marrom e de conformação variada dentro da mesma espécie; - metanoto, em geral, enegrecido lateralmente; - bainha do ovipositor com 1,45 - 3,44 mm de comprimento; - ovipositor com 1,30 - 3,42 mm de comprimento; ápice com constrição moderada ou proeminente e serra com dentes agudos, arredondados ou diminutos. Baseando-se nos exemplares coletados nos vários levantamentos e naqueles da coleção da Fundação Oswaldo Cruz, RJ, foi possível o estudo taxonômico das espécies brasileiras de Anastrepha do complexo frateraulus, com exceção de A. perdita Stone, 1942. O ápice do ovipositor é o principal caráter para a identificação dessas espécies. Não foi possível a separação das espécies A. fraterculus, A. obliqua, A. sororcula, sp. n. e A. zenildae sp n. com base nos caracteres dos machos. Foram designados lectótipo e paralectótipos para A. scholae Capoor e essa espécie juntamente com A. pseudo fraterculus Capoor foi considerada sinonímia de A. fraterculus. É apresentada uma chave, baseada no ápice do ovipositor, para a separação das espécies brasileiras deAnastrepha do complexo fraterculus |
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Taxonomia das espécies brasileiras de Anastrepha Schiner, 1868 do complexo fraterculus (Diptera, Tephritidae)MOSCA-DAS-FRUTASTAXONOMIACom a presente pesquisa pretendeu-se estudar a taxonomia de moscas-das-frutas do gênero Anastrepha coletadas em frascos caça-moscas, na região de Jaboticabal, SP. Os frascos utilizados eram do Tipo Valenciano, e continham 50 ml de substâncias atrativas (proteína de milho hidrolisada 1% ou melaço 7,5%), as quais eram renovadas semanalmente, quando se procedia a coleta dos exemplares de Anastrepha. Os frascos foram instalados em um pomar comercial de goiaba, em Taiúva. SP. As moscas, assim coletadas foram fixadas em álcool 70%. Durante o desenvolvimento da pesquisa, foram estudadas amostras de Anastrepha da cidade de Videira, SC, coletadas em pomar de pêssego, através de frascos caça-moscas com vinagre de uva a 25%. Foi estudado, também, material proveniente da criação do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, fixado em Carnoy; de frutos atacados da área experimental do Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP., e amostras provenientes de várias localidades do Ceará. Os exemplares mantidos nos fixadores acima citados, foram montados de acordo com a técnica de VOCKEROTH (1966), sendo as genitálias masculinas e femininas preparadas de acordo com a técnica de GURNEY et alii (1964). Todas as moscas obtidas pertenciam ao complexo fraterculus, e depois de se estudar aproximadamente 600 fêmeas e 50 machos desse complexo foram identificadas as seguintes espécies: A. fraterculus (Wied., 1830); A. obliqua (Macquart, 1835); A. sororcula sp. n. e A. zenildae sp. n. Considerou-se o complexo fraterculus constituído de 17 espécies, das quais oito são assinaladas no Brasil. Essas espécies apresentam a seguinte combinação de caracteres: - espécies de tamanho pequeno (metanoto: 2,27 - 3,60mm); - coloração geral amarelada; - asas com faixas de coloração amarela a marrom e de conformação variada dentro da mesma espécie; - metanoto, em geral, enegrecido lateralmente; - bainha do ovipositor com 1,45 - 3,44 mm de comprimento; - ovipositor com 1,30 - 3,42 mm de comprimento; ápice com constrição moderada ou proeminente e serra com dentes agudos, arredondados ou diminutos. Baseando-se nos exemplares coletados nos vários levantamentos e naqueles da coleção da Fundação Oswaldo Cruz, RJ, foi possível o estudo taxonômico das espécies brasileiras de Anastrepha do complexo frateraulus, com exceção de A. perdita Stone, 1942. O ápice do ovipositor é o principal caráter para a identificação dessas espécies. Não foi possível a separação das espécies A. fraterculus, A. obliqua, A. sororcula, sp. n. e A. zenildae sp n. com base nos caracteres dos machos. Foram designados lectótipo e paralectótipos para A. scholae Capoor e essa espécie juntamente com A. pseudo fraterculus Capoor foi considerada sinonímia de A. fraterculus. É apresentada uma chave, baseada no ápice do ovipositor, para a separação das espécies brasileiras deAnastrepha do complexo fraterculusThe genus Anastrepha (Diptera, Tephritidae) is widely distributed in the Neotropical Region and includes the major economic pest species of fruits of that area. This work deals with the taxonomy of the Brazilian species of Anastrepha belonging to the fraterculus complex. The species studied were: Anastrepha fraterculus (Wiedemann); A. obliqua (Macquart), A. sororcula. sp. n. (type-locality, Ribeirão Preto, SP), A. zenildae, sp. n. (type-locality, Pacajus, CE). A. distincta, Greene, A. bahiensis, Lima and A. antunesi, Lima. The only species belonging to the complex not studied was A. Perdita, Stone. The species A. fraterculus, A. obliqua, A. sororcula and A. zenildae were collected in various surveys carried out in the States of São Paulo, Santa Catarina and Ceará. The specimens were obtained from damaged fruits or collected in glass made fly traps with one of these lures: hydrolized corn protein 1%, grape vinager 25% or cane molasses 7.5%. The traps were placed in commercial orchards. The species A. distincta, A. bahiensis and A. antunesi were not collected, but these species were studied in the Anastrepha collection of Fundação Oswaldo Cruz, RJ. Lectotype and paralectotypes were selected to A. scholae Capoor. A. scholae and A. pseudofraterculus Capoor were considered as new synonyms of A. fraterculus. Two new species were described. A. sororcula characterized by the short ovipositor tip, and A. zenildae characterized by the moderate constriction of the ovipositor tip and sub-acute teeth on more than the apical half of the ovipositor. The shape of ovipositor tip is the major character for separation of the species of the fraterculus complex. No reliable differences were found in the males of A. fraterculus, A. obliqua, A. sororcula and A. zenildae (external morphology and genitalia). In order to facilitate identification of various structures referred to in the text, illustrations of the most important diagnostic characters were presented. A key for the Brazilian species of the fraterculus complex is presented.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGuimarães, José HenriqueZucchi, Roberto Antonio1977-04-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-154220/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-26T21:03:02Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-154220Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-26T21:03:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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