Comparação da dinâmica da infecção viral do Zika virus entre os genótipos africano e asiático em cultura de células placentárias.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Marcia Duarte Barbosa da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-03012022-171123/
Resumo: Zika virus, ZIKV, foi descoberto em 1947 em Uganda durante uma pesquisa de campo sobre Febre Amarela. Porém, somente em 2016 tornou-se emergência global com o aparecimento de fetos e recém-nascidos com predominância de más formações congênitas neuronais de mães infectadas por ZIKV. Por ser única arbovirose descrida com transmissão vertical, entre mãe e feto, os mecanismos de transmissão durante a gestação são pouco conhecidos. O vírus pode ser encontrado no líquido amniótico e no feto. A placenta é uma barreira natural e eficaz contra microrganismos em geral. Porém, existe um grupo de organismos patogênicos capazes de atravessar essa barreira, infectar o feto e causar-lhes sequelas permanentes e até a sua morte ainda no útero ou durante ou após o nascimento. O ZIKV foi incluído pela Organização Mundial da Saúde no grupo de doenças infecciosas, TORCH, transmitidas durante a gravidez. A presente pesquisa visa descrever em células placentárias de primeiro trimestre de gestação, ex vivo, a replicacão do arbovírus, e comparar o comportamento das linhagens Africana e Asiático-Brasileiro em tais células. Da linhagem Africana, até o momento desconhece sua transmissão vertical tenha causado as patologias apresentadas pela linhagem Asiático-Brasileiro. Porém, ambas são capazes de infectar células placentárias BeWo e HTR-8 em ex vivo. A hipótese visa testar se a linhagem Asiático-Brasileiro é mais virulento do que a Africana. Os resultados da dinâmica da cinética do ZIKV Africano apresentam ser mais virulento do que Asiático-Brasileiro. Esse, porém, permanece por mais tempo nas células de modo a sustentar a infecção por um período mais prolongado. Tal condição pode prolongar a infecção durante a gestação e consequentemente atravessa a barreira placentária e infectar o feto.
id USP_2d52f6cf0899bb54cb9a8f3e7ff4280e
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-03012022-171123
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Comparação da dinâmica da infecção viral do Zika virus entre os genótipos africano e asiático em cultura de células placentárias.Comparison of the dynamics of Zika virus viral infection between African and Asian genotypes in neural cell cultures 2015-2019.Zika virusZika virusBeWo and HTR-8BeWo e HTR-8células placentáriascinéticakineticsplacental cellsZika virus, ZIKV, foi descoberto em 1947 em Uganda durante uma pesquisa de campo sobre Febre Amarela. Porém, somente em 2016 tornou-se emergência global com o aparecimento de fetos e recém-nascidos com predominância de más formações congênitas neuronais de mães infectadas por ZIKV. Por ser única arbovirose descrida com transmissão vertical, entre mãe e feto, os mecanismos de transmissão durante a gestação são pouco conhecidos. O vírus pode ser encontrado no líquido amniótico e no feto. A placenta é uma barreira natural e eficaz contra microrganismos em geral. Porém, existe um grupo de organismos patogênicos capazes de atravessar essa barreira, infectar o feto e causar-lhes sequelas permanentes e até a sua morte ainda no útero ou durante ou após o nascimento. O ZIKV foi incluído pela Organização Mundial da Saúde no grupo de doenças infecciosas, TORCH, transmitidas durante a gravidez. A presente pesquisa visa descrever em células placentárias de primeiro trimestre de gestação, ex vivo, a replicacão do arbovírus, e comparar o comportamento das linhagens Africana e Asiático-Brasileiro em tais células. Da linhagem Africana, até o momento desconhece sua transmissão vertical tenha causado as patologias apresentadas pela linhagem Asiático-Brasileiro. Porém, ambas são capazes de infectar células placentárias BeWo e HTR-8 em ex vivo. A hipótese visa testar se a linhagem Asiático-Brasileiro é mais virulento do que a Africana. Os resultados da dinâmica da cinética do ZIKV Africano apresentam ser mais virulento do que Asiático-Brasileiro. Esse, porém, permanece por mais tempo nas células de modo a sustentar a infecção por um período mais prolongado. Tal condição pode prolongar a infecção durante a gestação e consequentemente atravessa a barreira placentária e infectar o feto.Zika virus, ZIKV, was discovered in 1947 in Uganda during a field research on Yellow Fever. However, it was only in 2016 that it became a global emergency with the appearance of fetuses and newborns with a predominance of neuronal congenital malformations of mothers infected with ZIKV. As it is the only arbovirus infection described with vertical transmission, between mother and fetus, the transmission mechanisms during pregnancy are poorly understood. The virus can be found in the amniotic fluid and in the fetus. The placenta is a natural and effective barrier against microorganisms in general. However, there is a group of pathogenic organisms capable of crossing this barrier, infecting the fetus and causing permanent sequelae and even death in the womb or during or after birth. ZIKV was included by the World Health Organization in the group of infectious diseases, TORCH, transmitted during pregnancy. The present research aims to describe in placental cells of the first trimester of gestation, ex vivo, the replication of arbovirus, and to compare the behavior of African and Asian-Brazilian strains in such cells. Of the African lineage, so far it is unknown that its vertical transmission has caused the pathologies presented by the Asian-Brazilian lineage. However, both are able to infect BeWo and HTR-8 placental cells in ex vivo. The hypothesis aims to test whether the Asian-Brazilian lineage is more virulent than the African. The results of the dynamics of the African ZIKV\'s kinetics appear to be more virulent than Asian-Brazilian. This, however, remains in the cells for a longer time in order to sustain the infection for a longer period. Such a condition can prolong the infection during pregnancy and consequently cross the placental barrier and infect the fetus.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPZanotto, Paolo Marinho de AndradeSilva, Marcia Duarte Barbosa da2019-12-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-03012022-171123/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-01-19T13:39:34Zoai:teses.usp.br:tde-03012022-171123Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-01-19T13:39:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Comparação da dinâmica da infecção viral do Zika virus entre os genótipos africano e asiático em cultura de células placentárias.
Comparison of the dynamics of Zika virus viral infection between African and Asian genotypes in neural cell cultures 2015-2019.
title Comparação da dinâmica da infecção viral do Zika virus entre os genótipos africano e asiático em cultura de células placentárias.
spellingShingle Comparação da dinâmica da infecção viral do Zika virus entre os genótipos africano e asiático em cultura de células placentárias.
Silva, Marcia Duarte Barbosa da
Zika virus
Zika virus
BeWo and HTR-8
BeWo e HTR-8
células placentárias
cinética
kinetics
placental cells
title_short Comparação da dinâmica da infecção viral do Zika virus entre os genótipos africano e asiático em cultura de células placentárias.
title_full Comparação da dinâmica da infecção viral do Zika virus entre os genótipos africano e asiático em cultura de células placentárias.
title_fullStr Comparação da dinâmica da infecção viral do Zika virus entre os genótipos africano e asiático em cultura de células placentárias.
title_full_unstemmed Comparação da dinâmica da infecção viral do Zika virus entre os genótipos africano e asiático em cultura de células placentárias.
title_sort Comparação da dinâmica da infecção viral do Zika virus entre os genótipos africano e asiático em cultura de células placentárias.
author Silva, Marcia Duarte Barbosa da
author_facet Silva, Marcia Duarte Barbosa da
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Zanotto, Paolo Marinho de Andrade
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Marcia Duarte Barbosa da
dc.subject.por.fl_str_mv Zika virus
Zika virus
BeWo and HTR-8
BeWo e HTR-8
células placentárias
cinética
kinetics
placental cells
topic Zika virus
Zika virus
BeWo and HTR-8
BeWo e HTR-8
células placentárias
cinética
kinetics
placental cells
description Zika virus, ZIKV, foi descoberto em 1947 em Uganda durante uma pesquisa de campo sobre Febre Amarela. Porém, somente em 2016 tornou-se emergência global com o aparecimento de fetos e recém-nascidos com predominância de más formações congênitas neuronais de mães infectadas por ZIKV. Por ser única arbovirose descrida com transmissão vertical, entre mãe e feto, os mecanismos de transmissão durante a gestação são pouco conhecidos. O vírus pode ser encontrado no líquido amniótico e no feto. A placenta é uma barreira natural e eficaz contra microrganismos em geral. Porém, existe um grupo de organismos patogênicos capazes de atravessar essa barreira, infectar o feto e causar-lhes sequelas permanentes e até a sua morte ainda no útero ou durante ou após o nascimento. O ZIKV foi incluído pela Organização Mundial da Saúde no grupo de doenças infecciosas, TORCH, transmitidas durante a gravidez. A presente pesquisa visa descrever em células placentárias de primeiro trimestre de gestação, ex vivo, a replicacão do arbovírus, e comparar o comportamento das linhagens Africana e Asiático-Brasileiro em tais células. Da linhagem Africana, até o momento desconhece sua transmissão vertical tenha causado as patologias apresentadas pela linhagem Asiático-Brasileiro. Porém, ambas são capazes de infectar células placentárias BeWo e HTR-8 em ex vivo. A hipótese visa testar se a linhagem Asiático-Brasileiro é mais virulento do que a Africana. Os resultados da dinâmica da cinética do ZIKV Africano apresentam ser mais virulento do que Asiático-Brasileiro. Esse, porém, permanece por mais tempo nas células de modo a sustentar a infecção por um período mais prolongado. Tal condição pode prolongar a infecção durante a gestação e consequentemente atravessa a barreira placentária e infectar o feto.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-12-13
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-03012022-171123/
url https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-03012022-171123/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809090324975321088