Poder sobre a vida: Herbert Marcuse e a biopolítica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-26032015-100830/ |
Resumo: | A pesquisa apresenta a teoria marcuseana do poder como perspectiva crítica no debate contemporâneo acerca do conceito foucaultiano de biopolítica. À primeira vista, tal relação parece controversa, ao reconhecer que Foucault desenvolve seu conceito paralelamente à crítica contra Marcuse. Ora, o conceito foucaultiano de biopolítica descreve jogos de poder como administração dos corpos e também como um modo de cálculo da vida da população. Tal concepção contraria diretamente a hipótese marcuseana do poder repressivo, um modelo crítico que tem em vista uma camada verdadeira e subjacente de poder, recalcada nas formações sociais e subjetivas estabelecidas. Com esse quadro, como reunir os dois autores na crítica do poder, assumindo a biopolítica como premissa da teoria do poder? De fato, a aproximação seria impossível ao partir da aposta marcuseana em uma civilização nãorepressiva, presente em Eros e Civilização. Contudo, com a análise do avanço da racionalidade instrumental no pós-Guerra em O Homem Unidimensional, Marcuse avalia a possibilidade de um poder não-repressiva. Afinal, na nova ordem social não se apresenta mais um controle repressivo dos corpos, mas sim uma excitação da vida e dos corpos em movimento. Seria este um sinal de concordância entre os autores? E ainda, dada esta nova correspondência, é possível aproveitar a crítica foucaultiana à biopolítica para redimensionar não apenas as reflexões de Marcuse sobre o poder, como também as passagens contemporâneas entre a teoria crítica e a genealogia do poder? |
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