Avaliação de marcadores de proliferação celular e apoptose em tecido endometrial eutópico e ectópico em modelo experimental de endometriose em coelhas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Julio Cesar Rosa e
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-26092013-162027/
Resumo: Objetivo:Caracterizar o padrão de homeostase (proliferação celular e apoptose) de tecido endometrial eutópico e ectópico de coelhas submetidas à indução de lesões de endometriose por modelo experimental já conhecido, quatro e oito semanas após o procedimento de implantação endometrial. Material e Métodos:Estudo experimental animal sendo utilizado 20 coelhas adultas Nova Zelândia, fêmeas e virgens, submetidas à laparotomia para indução da lesão de endometriose, através da ressecção de um corno uterino e fixação no peritônio pélvico de fragmento de 5mm. As coelhas foram divididas em dois grupos de 10 animais, sendo os animais do grupo 1, sacrificados após 4 semanas da indução da lesão endometrial ectópica e os do grupo 2 após 8 semanas. A lesão foi excisada para análise histológica juntamentecom o corno uterino contralateral, comprovando a presença de tecido endometrial glandular e estromal. Reações de imunohistoquímica foram realizadas, no tecido endometrial eutópico e ectópico, para proliferação celular através do PCNA e para apoptose através do fas, na glândula e estroma, sendo obtido o índice de proliferação celular (IPC) e de apoptose (IA) através do número de células marcadas por 1000 contadas, e o índice dehomeostase tecidual através do coeficiente entre o IPC e IA. Resultados:Observou-se maior índice de proliferação no tecido ectópico, tanto glandular como estromal, quando comparado com o endométrio eutópico, com 4 e 8 semanas após a indução da lesão. Contudo, quando as lesões ectópicas foram comparadas entre si, com 4 e 8 semanas, não foi observada diferença significativa. Quando comparamos o índice de apoptose, observamos que não houve diferença entre o tecido ectópico e o eutópico, tanto glandular como estromal nas lesões induzidas e analisadas com 4 semanas, porém no tecido glandular das lesões analisadas com 8 semanas houve diferença significativa entre a lesão ectópica e o tecido endometrialeutópico 0,0819 ± 0,0213 e 0,0995 ± 0,01336, respectivamente (p=0,04). A homeostase tecidual foi calculada e observou-se uma tendência destes tecidos a proliferação, sempre com índicesde homeostase tecidual (IPC/IA) acima de 1. Conclusão:As lesões ectópicas parecem ter uma proliferação celular maior que o endométrio eutópico levando a uma tendência ao crescimento tecidual descontrolado nas lesões de endometriose induzidas.
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As coelhas foram divididas em dois grupos de 10 animais, sendo os animais do grupo 1, sacrificados após 4 semanas da indução da lesão endometrial ectópica e os do grupo 2 após 8 semanas. A lesão foi excisada para análise histológica juntamentecom o corno uterino contralateral, comprovando a presença de tecido endometrial glandular e estromal. Reações de imunohistoquímica foram realizadas, no tecido endometrial eutópico e ectópico, para proliferação celular através do PCNA e para apoptose através do fas, na glândula e estroma, sendo obtido o índice de proliferação celular (IPC) e de apoptose (IA) através do número de células marcadas por 1000 contadas, e o índice dehomeostase tecidual através do coeficiente entre o IPC e IA. Resultados:Observou-se maior índice de proliferação no tecido ectópico, tanto glandular como estromal, quando comparado com o endométrio eutópico, com 4 e 8 semanas após a indução da lesão. Contudo, quando as lesões ectópicas foram comparadas entre si, com 4 e 8 semanas, não foi observada diferença significativa. Quando comparamos o índice de apoptose, observamos que não houve diferença entre o tecido ectópico e o eutópico, tanto glandular como estromal nas lesões induzidas e analisadas com 4 semanas, porém no tecido glandular das lesões analisadas com 8 semanas houve diferença significativa entre a lesão ectópica e o tecido endometrialeutópico 0,0819 ± 0,0213 e 0,0995 ± 0,01336, respectivamente (p=0,04). A homeostase tecidual foi calculada e observou-se uma tendência destes tecidos a proliferação, sempre com índicesde homeostase tecidual (IPC/IA) acima de 1. Conclusão:As lesões ectópicas parecem ter uma proliferação celular maior que o endométrio eutópico levando a uma tendência ao crescimento tecidual descontrolado nas lesões de endometriose induzidas.Objective: To characterize the pattern of tissue homeostasis (cell proliferation and apoptosis) of eutopic and ectopic endometrium in rabbitsfour and eight weeks after endometrium implantation for induction of endometriotic lesions by experimental standardized method. Material and methods: Animal experimental study with 20 female, virgins and adult New Zeland rabbits, submitted to laparotomy for endometriosis induction by resection of one uterine horn, isolation of the correspondent endometrium and fixation of a 5mm tissue segment to the pelvic peritoneum. The animals were divided in two groups of 10, group 1 was sacrificed after 4 weeks of endometriosis induction and group 2 eight weeks after the procedure. The lesion was excised for later histological analysis together with the opposite uterine horn, just to verify the presence of endometrial gland and stroma. Immunohistochemistry reactions were performed in order to study cell proliferation (by PCNA technique) and apoptosis (by fastechnique) in the eutopic and ectopic endometrium, and a Cell Proliferation Index (CPI) and an Apoptotic Index (AI) werecalculated based on these findings, considering the number of marked cellsper 1000 counted cells. The Homeostatic Tissue Index (HTI) was considered to be the relation between CPI and AI (CPI/AI). Gland and stroma were analyzed separately. Results: There was an increase in the CPI of the ectopic tissue, considering gland and stroma, after four and eight weeks of endometriosis induction when comparing to the eutopic one. However, when comparing the ectopic lesions, there was no difference between four and eight weeks of induction. Analyzing the only the AI, there was no difference between the eutopic and the ectopic endometrium with four weeks,nevertheless there was a significant difference in the glandular tissue of the lesions with eight weeks when comparing eutopic and ectopic tissues (0.0819 ± 0.0213 e 0.0995 ± 0.01336, respectively (p=0,04)). Based on HTI there was a tendency to cell proliferation on these tissues, always with and HTI (CPI/AI) higher than 1. Conclusions: Ectopic lesions seem to have a higher cell proliferation than the eutopic endometrium, tending to present an uncontrolled tissue growth in the endometriotic inducted lesions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPNogueira, Antonio AlbertoSilva, Julio Cesar Rosa e2007-12-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-26092013-162027/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:37Zoai:teses.usp.br:tde-26092013-162027Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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