Epidemiologia e controle do mosaico (VMM-Me) em abobrinha-de-moita
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1990 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20210104-192407/ |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo ampliar os conhecimentos sobre uma virose (VMM-Me) de cucurbitáceas, que ocorre em culturas de abobrinha-de-moita cv. Caserta (Cucurbita pepo L.), normalmente em incidências elevadas causando prejuízos aos produtores. Os experimentos foram conduzidos nos laboratórios e área de campo da Seção de Virologia do IAC. Aqueles visande o controle do vírus através da superfície reflectiva da casca de arroz foram conduzidos na Fazenda Lagoa Bonita, em Artur Nogueira. Estudos visando determinar a densidade e a flutuação populacional dos vetores, através da coleta de alados em vôo, por meio de armadilha de sucção, mostraram que as espécies de Aphi foram as mais abundantes, contribuindo com 47,1% do total, seguidas de Schizaphis graminum (20,5%), Rhopalosiphum spp. (6,9%) e Myzus persicae (6,5%). Estudos de flutuação populacional (média 84/88) mostraram que os períodos de revoadas mais densas ocorreram em épocas mais ou menos definidas do ano, de acordo com a espécie ou grupo de espécies. Como a revoada dos afídeos não sofreu interrupção em nenhum mês, aparentemente não existiram fatores que impediram o desenvolvimento dos alados ou que fossem capazes de inibir os vôos. Portanto, a incidência da virose ficou na dependência de fontes de vírus. Os períodos de maiores incidência do VMM-Me, em abobrinha de moita ocorreram do final da primavera (novembro) até meados do outono (maio). Os vetores cuja curva de frequência apresentaram as melhores correlações gráficas com a incidência da moléstia foram as espécies Aphis e S. graminum. As curvas de M. persicae e Rhopalosiphum spp. não apresentaram correlação. M. persicae foi a espécie mais eficiente experimentalmente na transmissão do VMM-Me, com média de 92,3%, seguida por Aphis fabae solanella, S. graminum (50,0%), A. craccivora (39,0%), A. gossypii (15,4%) e A. spiraecola (13,0%). Estudos visando controlar o vírus através do controle do vetor mostraram que os inseticidas carbamatos, Aldicarb e Carbofuran, reduziram a incidência do mosaico. Essa redução não foi suficiente para que pudessem ser recomendados. Aplicações foliares de carbamato Pirimicarb, óleo vegetal (Natur oil) e mineral (Triona B), as purpurinas dourada e prateada e ainda a água de cal, não reduziram a incidência do vírus. A casca de arroz aplicada em faixas de 30, 60 e 120 cm, ao longo das linhas de plantio, cobrindo respectivamente 25, 50 e 100% da superfície do solo, retardou a entrada do vírus em 1 a 2 semanas nas parcelas, reduzindo significativamente a sua incidência até pelo menos o florescimento. O aumento da produção ocorreu também devido ao efeito benéfico como cobertura morta. A utilização da casca de arroz como as da cultura de abobrinha. |
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Epidemiologia e controle do mosaico (VMM-Me) em abobrinha-de-moitaEpidemiology and control of the mosaic (PRSV-W) in zucchini squashABOBRINHA-DE-MOITACONTROLEEPIDEMIOLOGIAMOSAICOPOTYVIRUSPULGÃOO presente trabalho teve como objetivo ampliar os conhecimentos sobre uma virose (VMM-Me) de cucurbitáceas, que ocorre em culturas de abobrinha-de-moita cv. Caserta (Cucurbita pepo L.), normalmente em incidências elevadas causando prejuízos aos produtores. Os experimentos foram conduzidos nos laboratórios e área de campo da Seção de Virologia do IAC. Aqueles visande o controle do vírus através da superfície reflectiva da casca de arroz foram conduzidos na Fazenda Lagoa Bonita, em Artur Nogueira. Estudos visando determinar a densidade e a flutuação populacional dos vetores, através da coleta de alados em vôo, por meio de armadilha de sucção, mostraram que as espécies de Aphi foram as mais abundantes, contribuindo com 47,1% do total, seguidas de Schizaphis graminum (20,5%), Rhopalosiphum spp. (6,9%) e Myzus persicae (6,5%). Estudos de flutuação populacional (média 84/88) mostraram que os períodos de revoadas mais densas ocorreram em épocas mais ou menos definidas do ano, de acordo com a espécie ou grupo de espécies. Como a revoada dos afídeos não sofreu interrupção em nenhum mês, aparentemente não existiram fatores que impediram o desenvolvimento dos alados ou que fossem capazes de inibir os vôos. Portanto, a incidência da virose ficou na dependência de fontes de vírus. Os períodos de maiores incidência do VMM-Me, em abobrinha de moita ocorreram do final da primavera (novembro) até meados do outono (maio). Os vetores cuja curva de frequência apresentaram as melhores correlações gráficas com a incidência da moléstia foram as espécies Aphis e S. graminum. As curvas de M. persicae e Rhopalosiphum spp. não apresentaram correlação. M. persicae foi a espécie mais eficiente experimentalmente na transmissão do VMM-Me, com média de 92,3%, seguida por Aphis fabae solanella, S. graminum (50,0%), A. craccivora (39,0%), A. gossypii (15,4%) e A. spiraecola (13,0%). Estudos visando controlar o vírus através do controle do vetor mostraram que os inseticidas carbamatos, Aldicarb e Carbofuran, reduziram a incidência do mosaico. Essa redução não foi suficiente para que pudessem ser recomendados. Aplicações foliares de carbamato Pirimicarb, óleo vegetal (Natur oil) e mineral (Triona B), as purpurinas dourada e prateada e ainda a água de cal, não reduziram a incidência do vírus. A casca de arroz aplicada em faixas de 30, 60 e 120 cm, ao longo das linhas de plantio, cobrindo respectivamente 25, 50 e 100% da superfície do solo, retardou a entrada do vírus em 1 a 2 semanas nas parcelas, reduzindo significativamente a sua incidência até pelo menos o florescimento. O aumento da produção ocorreu também devido ao efeito benéfico como cobertura morta. A utilização da casca de arroz como as da cultura de abobrinha.The present investigation was undertaken with the purpose of obtaining more information on a mosaic disease of the Zucchini squash (Cucurbita pepo L.) that frequently induces severe losses to the growers. The disease is induced by the papaya ringspot virus - type W (PRSV-W). Most of the experiments were carried out at the Virus Department of the Instituto Agronômico, Campinas, SP. Field tests to evaluate control by the use of the reflective surface of rice husks were carried out at Lagoa Bonita Farm, Artur Nogueira, SP. Studies to determine the density and populational fluctuation of vectors during the years 1984-88, through the capture of winged aphids with the suction trap, showed that the species of Aphis were most abundant, representing 47.1% of the total Schizaphis graminum represented 20.5%, and Rhopalosiphum spp. and Myzus persicae, 6.9 and 6.5% respectively. The populational fluctuation (average 1984/88) showed that the highest activities occurred at more or less definite periods, depending on each species or group studied. Apparently did not exist factors that could inhibit the flight during the year. Thus the dissemination of the virus depends on the presence of source of inoculum. The highest incidence of the mosaic virus in Zucchini squash plants occurred from the end of spring (November) to middle of autumn (May). Curves representing the monthly density of species of Aphis spp. and S. graminum had the best graphic correlation with the monthly incidence of PRSV-W. M. persicae and Rhopalosiphum spp., did not show such a correlation. M. persicae was experimentally the most efficient vector of the PRSV-W (mean 92.3%), followed by Aphis fabae solanella (66.7%), S. graminum (50.0%), A. craccivora (39.0%), A. gossypii (15.6%) and A . spiraecola (13.0%). Studies undertaken to determine methods of control showed that the carbamate insecticides, Aldicarb and Carbofuran, reduced the virus incidence, but that was not sufficiently to merit recommendation. Foliar sprays of the carbamate insecticide Pirimicarb, vegetal (Natur oil) and mineral (Triona B) oils, golden and silver dust suspensions, and 10% whitewash did not reduce virus incidence. Rice husks, applied in bands of 30, 60 and 120 cm along the line of plants, covering respectively 25, 50 and 100% of the soil surface, retarded by 1 or 2 weeks the PRSV-W appearance in Zucchini squash plots and consequently reduced the incidence of mosaic at least until flowering stage. These treatments induced yield gains that were in part due to mulching effect of rice husks. The use of rice husks in bands of 30 or 60 cm makes possible its utilization in large areas as those occupied by Zucchini squash crops.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCosta, Alvaro SantosYuki, Valdir Atsushi1990-09-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20210104-192407/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-01-07T22:53:31Zoai:teses.usp.br:tde-20210104-192407Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-01-07T22:53:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O presente trabalho teve como objetivo ampliar os conhecimentos sobre uma virose (VMM-Me) de cucurbitáceas, que ocorre em culturas de abobrinha-de-moita cv. Caserta (Cucurbita pepo L.), normalmente em incidências elevadas causando prejuízos aos produtores. Os experimentos foram conduzidos nos laboratórios e área de campo da Seção de Virologia do IAC. Aqueles visande o controle do vírus através da superfície reflectiva da casca de arroz foram conduzidos na Fazenda Lagoa Bonita, em Artur Nogueira. Estudos visando determinar a densidade e a flutuação populacional dos vetores, através da coleta de alados em vôo, por meio de armadilha de sucção, mostraram que as espécies de Aphi foram as mais abundantes, contribuindo com 47,1% do total, seguidas de Schizaphis graminum (20,5%), Rhopalosiphum spp. (6,9%) e Myzus persicae (6,5%). Estudos de flutuação populacional (média 84/88) mostraram que os períodos de revoadas mais densas ocorreram em épocas mais ou menos definidas do ano, de acordo com a espécie ou grupo de espécies. Como a revoada dos afídeos não sofreu interrupção em nenhum mês, aparentemente não existiram fatores que impediram o desenvolvimento dos alados ou que fossem capazes de inibir os vôos. Portanto, a incidência da virose ficou na dependência de fontes de vírus. Os períodos de maiores incidência do VMM-Me, em abobrinha de moita ocorreram do final da primavera (novembro) até meados do outono (maio). Os vetores cuja curva de frequência apresentaram as melhores correlações gráficas com a incidência da moléstia foram as espécies Aphis e S. graminum. As curvas de M. persicae e Rhopalosiphum spp. não apresentaram correlação. M. persicae foi a espécie mais eficiente experimentalmente na transmissão do VMM-Me, com média de 92,3%, seguida por Aphis fabae solanella, S. graminum (50,0%), A. craccivora (39,0%), A. gossypii (15,4%) e A. spiraecola (13,0%). Estudos visando controlar o vírus através do controle do vetor mostraram que os inseticidas carbamatos, Aldicarb e Carbofuran, reduziram a incidência do mosaico. Essa redução não foi suficiente para que pudessem ser recomendados. Aplicações foliares de carbamato Pirimicarb, óleo vegetal (Natur oil) e mineral (Triona B), as purpurinas dourada e prateada e ainda a água de cal, não reduziram a incidência do vírus. A casca de arroz aplicada em faixas de 30, 60 e 120 cm, ao longo das linhas de plantio, cobrindo respectivamente 25, 50 e 100% da superfície do solo, retardou a entrada do vírus em 1 a 2 semanas nas parcelas, reduzindo significativamente a sua incidência até pelo menos o florescimento. O aumento da produção ocorreu também devido ao efeito benéfico como cobertura morta. A utilização da casca de arroz como as da cultura de abobrinha. |
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