Estudo da prevalência da mastite bovina e sua relação com práticas de manejo, higiene e terapia em fazendas produtoras de leite tipo B no Estado de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1992 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20231122-100239/ |
Resumo: | O presente trabalho teve por objetivo avaliar a prevalência de mastite subclínica, o perfil microbiológico dos rebanhos e relacionar práticas de manejo, higiene e terapia, que compõem um Programa de Controle de Mastite, com a prevalência da doença. O trabalho foi realizado em 7 fazendas produtoras de leite tipo B no Estado de São Paulo, envolvendo 1683 vacas que deram origem a 7695 resultados do CMT (California Mastitis Test) em todas as vacas em lactação de todos os rebanhos analisados. Os resultados mostraram uma alta prevalência de mastite subclínica. Foram encontradas 37.9% de vacas com CMT ++ e +++, 15.1% CMT + e 47.0% CMT Negativo. Dentre os agentes isolados, houve uma marcante predominância de Staphylococcus sp (44.6%), cabendo destacar também os isolamentos de Corynebacterium sp (15.0%), Streptococcus sp (8.2%), Fungos/Leveduras (5.4%), Bacillus sp (4.4%) e E. coli (3.2%). Estes resultados apontam a alta prevalência de mastite contagiosa nos rebanhos estudados. As medidas de manejo, higiene e terapia avaliadas, que compõem o Programa de Controle de Mastite foram: - Tratamento de todas as vacas secas com antibiótico intramamário. - Tratamento imediato dos casos de mastite clínica. - Bom manejo da ordenha com ênfase na desinfecção dos tetos após a ordenha. - Bom funcionamento do equipamento de ordenha. - Descarte/Segregação das vacas com mastite crônica. O coeficiente utilizado para avaliar a prevalência da doença e classificar os rebanhos foi a % DE VACAS CMT ++/+++. Esse coeficiente variou de 14.4% para a Fazenda 1, que adotava todas as práticas de controle de mastite propostas, até 58.8% para a Fazenda 7 que não adotava nenhuma das práticas de controle analisadas. Os resultados mostraram que todas as práticas de controle de mastite analisadas foram bastante efetivas. Assim, as fazendas que adotaram o maior número de medidas de controle apresentaram os menores coeficientes de prevalência da infecção. |
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Estudo da prevalência da mastite bovina e sua relação com práticas de manejo, higiene e terapia em fazendas produtoras de leite tipo B no Estado de São PauloStudy of mastitis prevalence related to management factors, hygiene and therapy in grade B milk producing dairy farms in the State of São Paulo, BrazilBOVINOS LEITEIROSFAZENDAS LEITEIRASHIGIENEMANEJO ANIMALMASTITEO presente trabalho teve por objetivo avaliar a prevalência de mastite subclínica, o perfil microbiológico dos rebanhos e relacionar práticas de manejo, higiene e terapia, que compõem um Programa de Controle de Mastite, com a prevalência da doença. O trabalho foi realizado em 7 fazendas produtoras de leite tipo B no Estado de São Paulo, envolvendo 1683 vacas que deram origem a 7695 resultados do CMT (California Mastitis Test) em todas as vacas em lactação de todos os rebanhos analisados. Os resultados mostraram uma alta prevalência de mastite subclínica. Foram encontradas 37.9% de vacas com CMT ++ e +++, 15.1% CMT + e 47.0% CMT Negativo. Dentre os agentes isolados, houve uma marcante predominância de Staphylococcus sp (44.6%), cabendo destacar também os isolamentos de Corynebacterium sp (15.0%), Streptococcus sp (8.2%), Fungos/Leveduras (5.4%), Bacillus sp (4.4%) e E. coli (3.2%). Estes resultados apontam a alta prevalência de mastite contagiosa nos rebanhos estudados. As medidas de manejo, higiene e terapia avaliadas, que compõem o Programa de Controle de Mastite foram: - Tratamento de todas as vacas secas com antibiótico intramamário. - Tratamento imediato dos casos de mastite clínica. - Bom manejo da ordenha com ênfase na desinfecção dos tetos após a ordenha. - Bom funcionamento do equipamento de ordenha. - Descarte/Segregação das vacas com mastite crônica. O coeficiente utilizado para avaliar a prevalência da doença e classificar os rebanhos foi a % DE VACAS CMT ++/+++. Esse coeficiente variou de 14.4% para a Fazenda 1, que adotava todas as práticas de controle de mastite propostas, até 58.8% para a Fazenda 7 que não adotava nenhuma das práticas de controle analisadas. Os resultados mostraram que todas as práticas de controle de mastite analisadas foram bastante efetivas. Assim, as fazendas que adotaram o maior número de medidas de controle apresentaram os menores coeficientes de prevalência da infecção.The present work aimed to perform an evaluation of subclinical mastitis, microbiological profile of herds and establish relationships between management practices, hygiene and therapy that are components of a Mastitis Control Program, and disease prevalence. Data were collected from 7 grade B milk producing dairy farms, comprising 1683 lactating cows that led to 7695 CMT (California Mastitis Test) results. All lactating cows of the herds were tested. Results showed high subclinical mastitis prevalence. 37.9%, 15.1% and 47.0% of the cows scored ++/+++, +, and negative were found, respectively. Among the isolated pathogens, Staphylococcus sp. was the major cause of mastitis (47.6%), followed by Corynebacterium sp. (15.0%), Streptococcus sp. (8.2%), fungi/yeasts (5.4%), Bacillus sp. (4.4%) and E. coli (3.2%). These data indicate the high prevalence of contagious mastitis in the herds. Management, hygiene and therapy practices evaluated that are included in a Mastitis Control Program were: * intramammary antibiotic treatment of all dry cows. * instant treatment of clinical mastitis cases. * proper milking management, with special emphasis on teat dipping after milking. * good working condition of milking equipment. * culling/segregation of cows with chronic mastitis. The coefficient used for mastitis prevalence evaluation and herd assortment was % of cows scored ++/+++. This coefficient ranged from 14.4% for Farm 1 that adopted all proposed mastitis control practices, to 58.8% for Farm 7 that did not adopt any of the control practices. Results clearly suggest that all mastitis control practices were effective. Hence, those farms that adopted control practices most showed lowest infection prevalence coefficient.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMachado, Paulo FernandoFonseca, Luis Fernando Laranja da1992-12-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20231122-100239/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-24T14:01:04Zoai:teses.usp.br:tde-20231122-100239Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-24T14:01:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O presente trabalho teve por objetivo avaliar a prevalência de mastite subclínica, o perfil microbiológico dos rebanhos e relacionar práticas de manejo, higiene e terapia, que compõem um Programa de Controle de Mastite, com a prevalência da doença. O trabalho foi realizado em 7 fazendas produtoras de leite tipo B no Estado de São Paulo, envolvendo 1683 vacas que deram origem a 7695 resultados do CMT (California Mastitis Test) em todas as vacas em lactação de todos os rebanhos analisados. Os resultados mostraram uma alta prevalência de mastite subclínica. Foram encontradas 37.9% de vacas com CMT ++ e +++, 15.1% CMT + e 47.0% CMT Negativo. Dentre os agentes isolados, houve uma marcante predominância de Staphylococcus sp (44.6%), cabendo destacar também os isolamentos de Corynebacterium sp (15.0%), Streptococcus sp (8.2%), Fungos/Leveduras (5.4%), Bacillus sp (4.4%) e E. coli (3.2%). Estes resultados apontam a alta prevalência de mastite contagiosa nos rebanhos estudados. As medidas de manejo, higiene e terapia avaliadas, que compõem o Programa de Controle de Mastite foram: - Tratamento de todas as vacas secas com antibiótico intramamário. - Tratamento imediato dos casos de mastite clínica. - Bom manejo da ordenha com ênfase na desinfecção dos tetos após a ordenha. - Bom funcionamento do equipamento de ordenha. - Descarte/Segregação das vacas com mastite crônica. O coeficiente utilizado para avaliar a prevalência da doença e classificar os rebanhos foi a % DE VACAS CMT ++/+++. Esse coeficiente variou de 14.4% para a Fazenda 1, que adotava todas as práticas de controle de mastite propostas, até 58.8% para a Fazenda 7 que não adotava nenhuma das práticas de controle analisadas. Os resultados mostraram que todas as práticas de controle de mastite analisadas foram bastante efetivas. Assim, as fazendas que adotaram o maior número de medidas de controle apresentaram os menores coeficientes de prevalência da infecção. |
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