Avaliação citológica, histológica e imunoistoquímica do linfoma alimentar em felinos domésticos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-19112013-163530/ |
Resumo: | O linfoma alimentar é a forma anatômica mais frequente nos felinos e é o tipo de neoplasia que mais acomete o intestino delgado nessa espécie. É caracterizado pela infiltração de células linfóides neoplásicas em órgãos do trato gastrointestinal, com ou sem comprometimento de linfonodos mesentéricos. Seu diagnóstico pode ser considerado desafiador em muitos casos, devido às manifestações clínicas muitas vezes inespecíficas e às limitações da citologia e histopatologia. A imunoistoquímica, embora ainda pouco difundida, pode ser utilizada para confirmar o diagnóstico de linfoma alimentar, bem como determinar o tipo celular predominante. Objetivando-se caracterizar o linfoma alimentar felino, foi realizado estudo utilizando-se 40 casos de gatos com diagnóstico de linfoma alimentar (grupo 1), confirmados por meio da imunoistoquímica, no qual se avaliou os aspectos epidemiológicos, clínicos, citológicos, histológicos e imunoistoquímicos. Também foram avaliados 20 casos de felinos com doença inflamatória intestinal (grupo 2), confirmados segundo exame imunoistoquímico, quanto aos aspectos epidemiológicos e clínicos. E com o intuito de verificar a acurácia diagnóstica relativa dos exames de citologia, histologia e imunoistoquímica, foram utilizados os resultados dessas análises de ambos os grupos. Foi observado entre os felinos com linfoma alimentar estudados uma média de idade de 10,8 anos e as manifestações clínicas de maior ocorrência foram emagrecimento (55%), êmese (40%) e alterações nas fezes (40%). Entre as alterações ultrassonográficas observadas, as mais prevalentes foram linfonodomegalia mesentérica (86,11%) e espessamento de alças intestinais (80,55%). A maioria dos felinos estudados apresentou sorologia negativa tanto para FIV quanto para FeLV e apenas 14,28% e 8,57% foram positivos para FIV e FeLV, respectivamente. A correlação entre citologia e imunoistoquímica apontou sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e razão de verossimilhança positiva e negativa de 93,3%, 65%, 66,6%, 92,85%, 2,65 e 0,10, respectivamente. O coeficiente de concordância Kappa de Cohen e a acurácia diagnóstica relativa foram de 0,55 e 77,14%, respectivamente. A correlação entre histopatologia e imunoistoquímica revelou sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e razão de verossimilhança positiva e negativa de 89,74%, 60%, 81,39%, 75%, 2,22 e 0,18, respectivamente. O coeficiente de concordância Kappa de Cohen e a acurácia diagnóstica relativa foram de 0,52 e 79,66%, respectivamente. A associação entre sorologia para FIV e FeLV e tipo celular do linfoma alimentar não pode ser observada. O presente estudo permitiu concluir que a combinação de citologia, histopatologia e imunoistoquímica é necessária para o correto diagnóstico de linfoma alimentar, e o tipo celular de maior ocorrência foi o de células T. |
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Avaliação citológica, histológica e imunoistoquímica do linfoma alimentar em felinos domésticosCytological, histopathological and immunohistochemical evaluation of feline alimentary lymphomaCatsFeline alimentary lymphomaGatosImmunohistochemistryImunoistoquímicaLinfoma alimentar felinoO linfoma alimentar é a forma anatômica mais frequente nos felinos e é o tipo de neoplasia que mais acomete o intestino delgado nessa espécie. É caracterizado pela infiltração de células linfóides neoplásicas em órgãos do trato gastrointestinal, com ou sem comprometimento de linfonodos mesentéricos. Seu diagnóstico pode ser considerado desafiador em muitos casos, devido às manifestações clínicas muitas vezes inespecíficas e às limitações da citologia e histopatologia. A imunoistoquímica, embora ainda pouco difundida, pode ser utilizada para confirmar o diagnóstico de linfoma alimentar, bem como determinar o tipo celular predominante. Objetivando-se caracterizar o linfoma alimentar felino, foi realizado estudo utilizando-se 40 casos de gatos com diagnóstico de linfoma alimentar (grupo 1), confirmados por meio da imunoistoquímica, no qual se avaliou os aspectos epidemiológicos, clínicos, citológicos, histológicos e imunoistoquímicos. Também foram avaliados 20 casos de felinos com doença inflamatória intestinal (grupo 2), confirmados segundo exame imunoistoquímico, quanto aos aspectos epidemiológicos e clínicos. E com o intuito de verificar a acurácia diagnóstica relativa dos exames de citologia, histologia e imunoistoquímica, foram utilizados os resultados dessas análises de ambos os grupos. Foi observado entre os felinos com linfoma alimentar estudados uma média de idade de 10,8 anos e as manifestações clínicas de maior ocorrência foram emagrecimento (55%), êmese (40%) e alterações nas fezes (40%). Entre as alterações ultrassonográficas observadas, as mais prevalentes foram linfonodomegalia mesentérica (86,11%) e espessamento de alças intestinais (80,55%). A maioria dos felinos estudados apresentou sorologia negativa tanto para FIV quanto para FeLV e apenas 14,28% e 8,57% foram positivos para FIV e FeLV, respectivamente. A correlação entre citologia e imunoistoquímica apontou sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e razão de verossimilhança positiva e negativa de 93,3%, 65%, 66,6%, 92,85%, 2,65 e 0,10, respectivamente. O coeficiente de concordância Kappa de Cohen e a acurácia diagnóstica relativa foram de 0,55 e 77,14%, respectivamente. A correlação entre histopatologia e imunoistoquímica revelou sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e razão de verossimilhança positiva e negativa de 89,74%, 60%, 81,39%, 75%, 2,22 e 0,18, respectivamente. O coeficiente de concordância Kappa de Cohen e a acurácia diagnóstica relativa foram de 0,52 e 79,66%, respectivamente. A associação entre sorologia para FIV e FeLV e tipo celular do linfoma alimentar não pode ser observada. O presente estudo permitiu concluir que a combinação de citologia, histopatologia e imunoistoquímica é necessária para o correto diagnóstico de linfoma alimentar, e o tipo celular de maior ocorrência foi o de células T.Alimentary lymphoma is the most common anatomical form of feline lymphoma and is the neoplasm which more affects small intestine of this specie. It is characterized by infiltration of the gastrointestinal tract with neoplastic lymphocytes, with or without mesenteric lymph nodes involvement. The diagnosis of this illness can be challenger in several cases because of unspecific clinical signs and cytological and histopathological limitations. Immunohistochemistry is required where these evaluations were not definitive in addition to establish the cell phenotype T or B lymphocyte. The aim of this study was to characterize feline alimentary lymphoma. For these purpose, 40 cats with a diagnosis of alimentary lymphoma (Group 1) by immunohistochemistry were evaluated clinical, epidemiological, cytological and histologically, in addition to immunophenotype of the neoplasm tissues. Relative accuracy was performed using the results of cytology, histopathology and immunohistochemistry evaluation of 20 cats with inflammatory bowel disease diagnosis. The average age of the cats with alimentary lymphoma was 10.8 years and weight loss (55%), vomiting (40%) and fecal alteration (40%) were the most common clinical signs. The most prevalent ultrasonography abnormalities were mesenteric lymph nodes enlargement (86.11%) and intestinal wall thickening (80.55%). The majority of alimentary lymphoma cats were FIV and FeLV negative and 14.28% and 8.57% were FIV and FeLV positives, respectively. The cytology and immunohistochemistry correlation presents sensitivity, specificity, positive and negative predictive values, positive and negative likelihood ratio tests of 93.3%, 65%, 66.6%, 92.85%, 2.65 and 0.10, respectively. The Cohen´s kappa test and the relative accuracy were 0.55 and 77.14%, respectively. The histopathology and immunohistochemistry correlation presents sensitivity, specificity, positive and negative predictive values, positive and negative likelihood ratio tests of 89.74%, 60%, 81.39%, 75%, 2.22 and 0.18, respectively. The Cohen´s kappa test and the relative accuracy were 0.52 and 79.66%, respectively. Association of FIV and FeLV result tests and alimentary lymphoma phenotype was not observed. In conclusion, the results of the present study suggest that cytology, histology and immunohistochemistry combination is necessary for a correct diagnosis, and T cell alimentary lymphoma is the most common phenotype.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPReche Junior, ArchivaldoBarriga, Viviana Molero2013-07-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-19112013-163530/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:47Zoai:teses.usp.br:tde-19112013-163530Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O linfoma alimentar é a forma anatômica mais frequente nos felinos e é o tipo de neoplasia que mais acomete o intestino delgado nessa espécie. É caracterizado pela infiltração de células linfóides neoplásicas em órgãos do trato gastrointestinal, com ou sem comprometimento de linfonodos mesentéricos. Seu diagnóstico pode ser considerado desafiador em muitos casos, devido às manifestações clínicas muitas vezes inespecíficas e às limitações da citologia e histopatologia. A imunoistoquímica, embora ainda pouco difundida, pode ser utilizada para confirmar o diagnóstico de linfoma alimentar, bem como determinar o tipo celular predominante. Objetivando-se caracterizar o linfoma alimentar felino, foi realizado estudo utilizando-se 40 casos de gatos com diagnóstico de linfoma alimentar (grupo 1), confirmados por meio da imunoistoquímica, no qual se avaliou os aspectos epidemiológicos, clínicos, citológicos, histológicos e imunoistoquímicos. Também foram avaliados 20 casos de felinos com doença inflamatória intestinal (grupo 2), confirmados segundo exame imunoistoquímico, quanto aos aspectos epidemiológicos e clínicos. E com o intuito de verificar a acurácia diagnóstica relativa dos exames de citologia, histologia e imunoistoquímica, foram utilizados os resultados dessas análises de ambos os grupos. Foi observado entre os felinos com linfoma alimentar estudados uma média de idade de 10,8 anos e as manifestações clínicas de maior ocorrência foram emagrecimento (55%), êmese (40%) e alterações nas fezes (40%). Entre as alterações ultrassonográficas observadas, as mais prevalentes foram linfonodomegalia mesentérica (86,11%) e espessamento de alças intestinais (80,55%). A maioria dos felinos estudados apresentou sorologia negativa tanto para FIV quanto para FeLV e apenas 14,28% e 8,57% foram positivos para FIV e FeLV, respectivamente. A correlação entre citologia e imunoistoquímica apontou sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e razão de verossimilhança positiva e negativa de 93,3%, 65%, 66,6%, 92,85%, 2,65 e 0,10, respectivamente. O coeficiente de concordância Kappa de Cohen e a acurácia diagnóstica relativa foram de 0,55 e 77,14%, respectivamente. A correlação entre histopatologia e imunoistoquímica revelou sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e razão de verossimilhança positiva e negativa de 89,74%, 60%, 81,39%, 75%, 2,22 e 0,18, respectivamente. O coeficiente de concordância Kappa de Cohen e a acurácia diagnóstica relativa foram de 0,52 e 79,66%, respectivamente. A associação entre sorologia para FIV e FeLV e tipo celular do linfoma alimentar não pode ser observada. O presente estudo permitiu concluir que a combinação de citologia, histopatologia e imunoistoquímica é necessária para o correto diagnóstico de linfoma alimentar, e o tipo celular de maior ocorrência foi o de células T. |
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