Práticas familiares e o apoio à amamentação: revisão sistemática e metassíntese

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Alder Mourão de
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-13012011-150043/
Resumo: A amamentação (AM) é uma prática diretamente relacionada com a promoção da saúde infantil. A família e a rede social podem ser determinantes na ocorrência e na manutenção da amamentação. Com o objetivo de identificar as práticas familiares relacionadas à manutenção da AM, realizou-se uma revisão sistemática de literatura seguida de síntese dos resultados dos artigos selecionados. A metodologia baseou-se na busca de artigos publicados em inglês, espanhol e português, entre 1989 e 2009, nas bases de dados: SCOPUS, PubMed, Web of Science®, PsycINFO, Biblioteca Cochrane, Science Direct, CINAHL, EMBASE, LILACS, BDENF e ADOLEC. Tal busca guiou-se pela pergunta: Quais são as práticas familiares que favorecem a manutenção da amamentação? Como resultado da busca foram selecionados 14 artigos no formato de relatos de pesquisa. Estes foram submetidos à leitura criteriosa da metodologia utilizada, dos sujeitos investigados, dos resultados obtidos e das conclusões. As sínteses foram construídas a partir da análise temática dos resultados e discursos dos sujeitos das pesquisas, de onde emergiram novos discursos que identificavam práticas da mãe, do pai, da avó e da rede social que foram agrupadas em 5 categorias-sínteses: 1) apoio emocional, 2) apoio instrumental, 3) apoio informativo, 4) apoio presencial e 5) auto-apoio. As sínteses permitem destacar como práticas familiares favorecedoras da AM: 1) ter orgulho de amamentar; apoiar a decisão da mãe; fazer carinho; beijar; amar; valorizar e encorajar a mãe; conversar com ela sobre a AM desde a gravidez e continuar depois. 2) participar das consultas pré-natal, das ações educativas e visitas domiciliárias; não oferecer fórmula láctea; cuidar da mãe e do bebê; ajudar a posicioná-lo; oferecer líquidos durante a mamada; trocar fralda; dar banho; ajudar a mãe a descansar; manter ajuda além das primeiras semanas; flexibilizar as rotinas; assumir tarefas domésticas. 3) se identificar como possível apoiador(a); incentivar boa alimentação; prover aconselhamentos; evitar cobranças. 4) realizar visita social; disponibilizar tempo para ouvir; acompanhar o parto; fazer companhia e conversar durante as mamadas; contemplar o bebê. 5) manter expectativas realistas; manter postura eu me apoio; manter postura nosso pré-natal / nós estamos grávidos / eu vou amamentar; reconhecer que a AM afetará sua vida; reconhecer sua capacidade para ser apoiador(a); manter abertura para aprender. Conclui-se que existem evidências suficientes sobre a importância de e como os membros familiares apoiam a amamentação, no sentido de favorecer seu início e sua manutenção. Tais achados podem subsidiar reflexões sobre a ampliação da clínica no cuidado da mulher e da criança. E lançam luz sobre uma nova perspectiva para o trabalho da enfermagem em saúde coletiva na Atenção Básica, destacando a importância de uma abordagem familiar diferenciada para a Promoção da Saúde na perspectiva do desenvolvimento infantil durante a experiência da amamentação.
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Tal busca guiou-se pela pergunta: Quais são as práticas familiares que favorecem a manutenção da amamentação? Como resultado da busca foram selecionados 14 artigos no formato de relatos de pesquisa. Estes foram submetidos à leitura criteriosa da metodologia utilizada, dos sujeitos investigados, dos resultados obtidos e das conclusões. As sínteses foram construídas a partir da análise temática dos resultados e discursos dos sujeitos das pesquisas, de onde emergiram novos discursos que identificavam práticas da mãe, do pai, da avó e da rede social que foram agrupadas em 5 categorias-sínteses: 1) apoio emocional, 2) apoio instrumental, 3) apoio informativo, 4) apoio presencial e 5) auto-apoio. As sínteses permitem destacar como práticas familiares favorecedoras da AM: 1) ter orgulho de amamentar; apoiar a decisão da mãe; fazer carinho; beijar; amar; valorizar e encorajar a mãe; conversar com ela sobre a AM desde a gravidez e continuar depois. 2) participar das consultas pré-natal, das ações educativas e visitas domiciliárias; não oferecer fórmula láctea; cuidar da mãe e do bebê; ajudar a posicioná-lo; oferecer líquidos durante a mamada; trocar fralda; dar banho; ajudar a mãe a descansar; manter ajuda além das primeiras semanas; flexibilizar as rotinas; assumir tarefas domésticas. 3) se identificar como possível apoiador(a); incentivar boa alimentação; prover aconselhamentos; evitar cobranças. 4) realizar visita social; disponibilizar tempo para ouvir; acompanhar o parto; fazer companhia e conversar durante as mamadas; contemplar o bebê. 5) manter expectativas realistas; manter postura eu me apoio; manter postura nosso pré-natal / nós estamos grávidos / eu vou amamentar; reconhecer que a AM afetará sua vida; reconhecer sua capacidade para ser apoiador(a); manter abertura para aprender. Conclui-se que existem evidências suficientes sobre a importância de e como os membros familiares apoiam a amamentação, no sentido de favorecer seu início e sua manutenção. Tais achados podem subsidiar reflexões sobre a ampliação da clínica no cuidado da mulher e da criança. E lançam luz sobre uma nova perspectiva para o trabalho da enfermagem em saúde coletiva na Atenção Básica, destacando a importância de uma abordagem familiar diferenciada para a Promoção da Saúde na perspectiva do desenvolvimento infantil durante a experiência da amamentação.Breastfeeding (BF) is a practice extremely involved with child health promotion. The family and the social network can be determents of occurrence and maintenance of BF. Aiming to identify family practices related to BF, were realized a systematic review of literature with synthesis of findings of the selected articles. The methodology was based on a search for articles published in English, Spanish and Portuguese between 1989 and 2009, in databases: SCOPUS, PubMed, Web of Science®, PsycINFO, Cochrane Library, Science Direct, CINAHL, EMBASE, LILACS, BDENF and ADOLEC. This search was guided by the question: What are the family practices that further maintenance of breastfeeding? Were selected 14 articles as a research reports. They were subjected to careful reading of the methodology used, the subjects investigated, the findings and conclusions. The syntheses were developed from the results of thematic analysis and discourse of the studys subjects, out of which emerged new discourses the identify practices from mothers, fathers, grandmothers and the social network. These new discourses were grouped in 5 syntheses-categories: 1) emotional support, 2) tangible support, 3) informational support, 4) companionship support and 5) self support. The syntheses allow us to highlight as familys practice further BF: 1) be proud to breastfeeding, to support de the mothers decision, kiss, love, appreciate and encourage the mother, to talk to her about BF since the pregnancy and continue after it. 2) to participate in prenatal visits, educational activities and home visits, not offer formula milk, to take care of mother and baby, to help to position it, offer liquids during the feeding, changing diapers, bathing, helping the mother rest, maintain help beyond the first week, flexible routines, assume household chores. 3) identify themselves as a possible supporter, to encourage good nutrition, to provide advice, to avoid charges. 4) to carry out social visit, taking time to listen, to accompany delivery, accompany and talk during the breastfeeding, admire the baby. 5) to maintain realistic expectations, maintaining the position I support myself, maintaining the position our prenatal / were pregnant / Ill breastfeeding, recognizing that the BF will affect their life, recognize their ability to be supportive, maintaining openness to learning. We conclude that sufficient evidence exists about the importance of and how family members support breastfeeding, in order to promote its beginning and its maintenance. These findings may support the broadening of reflections on the clinical care of women and children. And throws light on a new perspective to the work of nurses in collective health in Brazilian Basic Care, highlighting the importance of a differentiated family approach in Health Promotion in the perspective of child development during the breastfeeding experience.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFracolli, Lislaine AparecidaSousa, Alder Mourão de2010-12-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-13012011-150043/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:26Zoai:teses.usp.br:tde-13012011-150043Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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