Assistência ao parto no Brasil: o lugar do não-médico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-10032020-120733/ |
Resumo: | Trata-se de estudo de caso, com o objetivo de oferecer uma abordagem em profundidade do tema da participação de não-médicos na assistência ao parto, em particular, de enfermeiras obstétricas. Inicia-se com uma revisão histórica sobre: 1) a participação masculina no parto, a partir do século XVII; 2) as disputas de parteiras e médicos nos Estados Unidos e Inglaterra, ao longo do século XIX; e 3) a formação de parteiras no Brasil, do século XIX até os dias atuais. Faz ainda análise do relacionamento de parteiras e enfermeiras, de suas afinidades e incompatibilidades, tomando as deusas da mitologia grega como figuras arquetípicas do comportamento feminino. Atualiza a discussão dos modelos de formação de parteiras no Brasil, e faz uma recuperação histórica dos recentes movimentos sociais rumo ao parto humanizado, e suas repercussões nos serviços de saúde e no ensino. Termina com uma análise da filosofia de trabalho dos não-médicos, e como estes profissionais poderiam ajudar a reduzir as intervenções no parto. Conclue que médicos e parteiras trabalham orientados por paradigmas assistenciais opostos, que em seu extremo, são complementares: as primeiras, orientando-se pelos limites da mulher, e os últimos, pela da tecnologia; que os não-médicos poderiam garantir o espaço do parto humanizado e naturalizado, em um tempo onde a obstetrícia médica mostra-se tão empenhada em antecipar-se à natureza; e que a assistência materna poderia ser substancialmente melhorada com a participação de não-médicos no parto, contribuindo para a redução segura dos custos com a assistência materna, e para a promoção da qualidade da experiência do nascimento e parto. |
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