Análise espacial das interações econômicas entre os estados brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Perobelli, Fernando Salgueiro
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-03012005-101716/
Resumo: O objetivo principal deste trabalho é analisar as interações econômicas das unidades da Federação. Cabe ressaltar que as interações serão tratadas neste trabalho como o comércio entre as diversas unidades espaciais e suas relações mercantis com o resto do mundo. Para atingir tal objetivo foi especificado um modelo de equilíbrio geral computável de tradição australiana (B-MARIA27-IT). O modelo é composto por seis tipos de agentes, quais sejam: setores produtivos, investidores, famílias, governo federal, governo regional e setor externo. Em cada uma das 27 regiões contempladas há oito setores produzindo oito bens. O setor externo é dividido em cinco blocos de comércio: NAFTA, resto da ALCA, União Européia, Mercosul e resto do mundo. Para analisar a estrutura de interações econômicas entre as unidades da Federação foi implementado um exercício de simulação, que consistiu em um deslocamento na curva de demanda por exportações para os diversos blocos de comércio, ou seja, uma proxy do fortalecimento das interações destas unidades com determinado bloco de comércio. Através deste exercício pode-se verificar, por exemplo, qual o impacto de um aumento das transações internacionais de um setor localizado em determinada unidade da Federação, sobre os fluxos de comércio interno das demais unidades da Federação. Ao fazer esta análise através de um modelo de equilíbrio geral computável (EGC) pode-se levar em conta a possibilidade de substituição entre bens domésticos e importados, a variação nos preços relativos, a possibilidade de substituição diferenciada para os bens de exportação, dentre outros. Cabe ainda ressaltar que, para analisar a interdependência entre setores, regiões e famílias de forma mais acurada, é importante levar em conta, por exemplo, diferenciais de preço e mobilidade dos fatores de produção, dentre outros fatores. Logo, a estrutura de EGC parece-nos mais adequada para tratar, de forma completa, as interações espaciais entre as unidades da Federação.
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