Aspectos da organização da identidade feminina no início da adolescência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campagna, Viviane Namur
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-13032004-125018/
Resumo: A partir das posições teóricas que afirmam que a adolescência é uma fase de lutos e reorganização da identidade e das discussões atuais sobre a antecipação da puberdade feminina e a influência da mídia na idealização do corpo feminino, este trabalho procura contribuir para a compreensão do início da adolescência na mulher. Baseia-se em uma pesquisa com 20 garotas de 12 anos, de classe média e média-alta da cidade de São Paulo, através de entrevistas, Desenho da Figura Humana e Método de Rorschach. Após análise qualitativa e quantitativa dos resultados, observa que estas têm uma auto-imagem mais negativa que positiva. As jovens identificam-se muito com os pais e outros familiares, mas também com os colegas e com os modelos veiculados pelos meios de comunicação. As identificações são, no entanto, mais fantasiosas que reais, pois vivem um momento de restrição nas relações e elevação do egocentrismo. Elas possuem muitos recursos afetivos e cognitivos, mas eles não estão totalmente disponíveis para auxiliá-las neste momento. Conclui que o início da adolescência feminina é uma fase de fragilidade egóica devido às pressões internas e externas, e que o meio social dificulta o processo de reorganização da identidade ao impor padrões idealizados de beleza e não oferecer um lugar de pertencimento a essas jovens.
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