Impacto da deficiência do gene da galectina-1 no diabetes mellitus experimental induzido por estreptozotocina

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Autor(a) principal: Santos, Tálita Pollyanna Moreira dos
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60140/tde-22092021-085646/
Resumo: A galectina-1 (Gal-1) é uma proteína que se liga à glicanas que possuem resíduos de β-galactosídeos e apresenta propriedades imunorreguladoras. Este estudo investigou a influência da Gal-1 endógena na doença autoimune diabetes mellitus tipo 1 induzida experimentalmente por estreptozotocina (STZ). Camundongos C57BL/6 selvagens (WT) e deficientes para o gene da galectina-1 (Gal-1 KO) foram tratados com STZ e monitorados quanto aos níveis sanguíneos de glicose. A análise histopatológica dos tecidos pancreáticos destes animais foi feita pela quantificação de células mononucleares infiltradas no interior das ilhotas de Langherans. Além disso, foi desenvolvido e validado o método analítico para determinação de alfa STZ no plasma dos camundongos utilizando cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por espectrômetro de massas (CLAE-EM). Tal método apresentou faixa de linearidade de 0,312 a 160 μg/mL e ausência de efeito matriz. Os controles de qualidade nos ensaios de precisão e exatidão apresentaram coeficiente de variação e erro padrão relativo com valores inferiores à 15 %. Com relação à indução do diabetes, o tratamento de animais WT com STZ provocou consistente aumento da glicemia (382,88 mg/dL ± 72,31) bem como do infiltrado mononuclear nas ilhotas pancreáticas (169±48 células mononucleares/ilhota) em relação aos animais do grupo controle. Por outro lado, os níveis glicêmicos de camundongos Gal-1 KO tratados com STZ apresentaram menor proeminência, em relação aos animais WT, com valores médio 252,66 mg/dL ± 26,17. Padrão similar de atenuação também foi observado nas análises do infiltrado mononuclear nas ilhotas pancreáticas (94,7 ± 32,5 células mononucleares/ ilhota). Sendo assim, conclui-se que a ausência da Gal-1 endógena torna os camundongos resistentes à indução do diabetes mellitus tipo 1 por STZ, de modo independente à biodisponibilidade deste fármaco.
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