Utilização de narasina na nutrição de ovinos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Polizel, Daniel Montanher
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-19012018-095611/
Resumo: Os ionóforos possuem papel importante como manipuladores da fermentação ruminal, principalmente por melhorar a eficiência energética e proteica nos animais ruminantes. A narasina é um ionóforo capaz de fazer controle microbiológio no ambiente ruminal. Entretanto, a literatura possui poucas informações sobre a utilização de narasina na nutrição de ovinos. O presente trabalho teve como objetivos avaliar a utilização de doses de narasina em dietas de ovinos alimentados contendo elevado teor de concentrado ou volumoso. A hipotese é que a narasina tenha a capacidade de alterar os produtos finais da fermentação ruminal, melhorando a utilização dos nutrientes e o metabolismo de nitrogênio de ovinos. No Exp I os tratamentos experimentais foram definidos de acordo com a inclusão ou não de aditivos na dieta contendo elevado teor de concentrado, sendo utilizado uma dieta Controle (C), em que não houve a inclusão de ionóforo; a adição de 25 ppm de monensina sódica (M); 5 ppm (N5); 10 ppm (N10); e 15 ppm de narasina (N15). A inclusão de 5, 10 e 15 mg de narasina/kg de MS aumentou o ganho de peso e a eficiência alimentar de cordeiros alimentados durante 56 dias com dieta contendo 90% de concentrado. No Exp II foram avaliadas as mesmas dietas do exp I. A inclusão de 5, 10 e 15 mg de narasina/kg de MS reduziu o CMS e aumentou o coeficiente de digestibilidade aparente dos nutrientes da MS, MO, PB, gordura e CNF. Além disso, após o período de adaptação houve efeito quadrático para a proporção molar de acetato e a relação acetato:propionato com o aumento das doses de narasina, entretanto, não alterou o pH ruminal. As doses de narasina reduziram linearmente a concentração de amônia no fluido ruminal. A inclusão de narasina nas dietas de borregos tendeu a diminuir o consumo de nitrogênio e reduziu a eliminação de nitrogênio pelas fezes e pela urina. No Exp III os tratamentos foram definidos pela inclusão de doses de narasina em dietas contendo elevado teor de volumoso, sendo o tratamento controle (N0: sem a adição de ionóforo) e a inclusão de 8, 16, 24 e 32 mg de narasina/kg de MS. A inclusão de 0, 8, 16, 24 ou 32 mg de narasina/kg de MS em dietas de borregos alimentados com elevado teor de volumoso não afetou o consumo de matéria seca e tendeu a aumentar linearmente o coeficiente de digestibilidade da FDN. As doses de narasina não alteraram a proporção molar de AGCC, entretanto aumentou a concentração total de AGCC e diminuiu linearmente a concentração de amonia no fluido ruminal. Com base nesses dados foi possivel concluir que a narasina pode ser utilizada em dietas de ovinos aumentando o desempenho dos animais.
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No Exp I os tratamentos experimentais foram definidos de acordo com a inclusão ou não de aditivos na dieta contendo elevado teor de concentrado, sendo utilizado uma dieta Controle (C), em que não houve a inclusão de ionóforo; a adição de 25 ppm de monensina sódica (M); 5 ppm (N5); 10 ppm (N10); e 15 ppm de narasina (N15). A inclusão de 5, 10 e 15 mg de narasina/kg de MS aumentou o ganho de peso e a eficiência alimentar de cordeiros alimentados durante 56 dias com dieta contendo 90% de concentrado. No Exp II foram avaliadas as mesmas dietas do exp I. A inclusão de 5, 10 e 15 mg de narasina/kg de MS reduziu o CMS e aumentou o coeficiente de digestibilidade aparente dos nutrientes da MS, MO, PB, gordura e CNF. Além disso, após o período de adaptação houve efeito quadrático para a proporção molar de acetato e a relação acetato:propionato com o aumento das doses de narasina, entretanto, não alterou o pH ruminal. As doses de narasina reduziram linearmente a concentração de amônia no fluido ruminal. A inclusão de narasina nas dietas de borregos tendeu a diminuir o consumo de nitrogênio e reduziu a eliminação de nitrogênio pelas fezes e pela urina. No Exp III os tratamentos foram definidos pela inclusão de doses de narasina em dietas contendo elevado teor de volumoso, sendo o tratamento controle (N0: sem a adição de ionóforo) e a inclusão de 8, 16, 24 e 32 mg de narasina/kg de MS. A inclusão de 0, 8, 16, 24 ou 32 mg de narasina/kg de MS em dietas de borregos alimentados com elevado teor de volumoso não afetou o consumo de matéria seca e tendeu a aumentar linearmente o coeficiente de digestibilidade da FDN. As doses de narasina não alteraram a proporção molar de AGCC, entretanto aumentou a concentração total de AGCC e diminuiu linearmente a concentração de amonia no fluido ruminal. Com base nesses dados foi possivel concluir que a narasina pode ser utilizada em dietas de ovinos aumentando o desempenho dos animais.Ionophores play an important role as ruminant fermentation manipulators mainly for improving energy and protein efficiency in ruminant. Narasin is an ionophore capable of making microbiological control in the ruminal environment. However, the literature has little information on the use of narasin in sheep nutrition. The objectives of this study were to evaluate the use of doses of narasin in diets of sheep fed diets containing high concentrate or forage contents. The hypothesis is that narasin has the ability to alter the final products of ruminal fermentation, improving nutrient utilization and nitrogen metabolism of sheep. In the Exp I the experimental diets were defined according of the inclusion or not of additives in the diet containing high concentrate, using a control diet (C: no ionophore); the addition of 25 mg of monensin/kg of DM (M); 5 (N5), 10 (N10) or 15 mg of narasin/kg of DM. The inclusion of 5, 10 and 15 mg of narasin / kg of DM increased the average daily gain and feed efficiency of lambs fed for 56 days on a diet containing 90% concentrate. In the Exp II were evaluated the same diets used in the Exp I. The inclusion of 5, 10 and 15 mg narasin / kg DM reduced CMS and increased the apparent digestibility coefficient of DM, OM, CP, fat and NFC. In addition, after the adaptation period there was a quadratic effect for the molar proportion of acetate and the acetate: propionate ratio with increasing doses of narasin, however, did not alter the ruminal pH. The doses of narasin linearly reduced the concentration of ammonia in the ruminal fluid. The inclusion of narasin in diets of wethers tended to reduce nitrogen consumption, and reduced the elimination of nitrogen through feces and urine. In the Exp III the experimental diets were defined by the inclusion of doses of narasin in diets containing high forage contend, being the control diets (N0: no ionophore), and inclusion of 8, 16, 24 or 32 mg of narasin/kg od DM. the inclusion of 0, 8, 16, 24 or 32 mg of narasin / kg of DM in diets of lambs fed with high volume did not affect dry matter intake and tended to linearly increase the NDF digestibility coefficient. Doses of narasin did not alter the molar ratio of AGCC, however increased the total concentration of AGCC in and decreased linearly the concentration of ammonia in the ruminal fluid. Based on these data it was possible to conclude that narasin can be use in sheep diets to improve animal performanceBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPires, Alexandre VazPolizel, Daniel Montanher2017-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-19012018-095611/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-11-01T16:25:01Zoai:teses.usp.br:tde-19012018-095611Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-11-01T16:25:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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