Espessura de tecidos moles nos diferentes tipos faciais: estudo em tomografias computadorizadas cone-beam
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23153/tde-28032014-160826/ |
Resumo: | A Reconstrução Facial Forense (RFF) é a área de estudos que visa estimar a face de um indivíduo a partir de um crânio. Médias de espessuras de tecidos moles em diferentes pontos cranianos, frequentemente obtidas em cadáveres por meio da punção com agulhas, são referencias utilizadas. Atualmente, alguns métodos digitais como a ressonância magnética, o ultrassom e a tomografia computadorizada do tipo Fan-Beam têm oferecido recursos técnicos que podem ser utilizados nas pericias forenses. A tomografia computadorizada Cone-Beam (TCCB), se diferencia de outras por permitir a aquisição de volume de pacientes sentados. No estudo da oclusão e ortodontia, é comum a atribuição de diferentes volumes e capacidade funcional à pacientes de diferentes tipologias faciais, por isso, objetiva-se estabelecer um método de mensuração da espessura tecidual, em exames de TCCB, em pontos utilizados em RFF verificando a existência de diferenças significativas na quantidade de tecidos moles entre tipos faciais. Um protocolo foi confeccionado para permitir que observadores efetuassem medições de tecidos moles em 32 pontos cranianos (10 sagitais e 11 bilaterais), comuns em trabalhos de RFF. A precisão do método, foi avaliada em testes de localização espacial dos pontos em 5 exames, correlação intraclasse intraobservador e interobservadores em 10 exames. O uso do computacional Osirx®, foi testado pela da correlação entre o software Nemotec®, em 25 exames. Testes visuais foram utilizados, como referência, comparando o protocolo com o método manual, realizando tomografia computadorizada de um crânio contendo marcações de resina composta. Os 100 sujeitos foram divididos em gênero, em tipos faciais verticais de face longa (FL), face curta (FC) e face normal (FN), e divididos em tipos faciais anteroposteriores: Padrão I, II e III. Estatisticamente, foram aplicados testes de normalidade e a diferença entre cada grupo foi testada. A amostra foi dividida em 50 homens: 13 FN, 29 FL e 8 FC, sendo 20 CL I, 14 CL II e 16 CL III. As 50 mulheres foram divididas em 16 FN, 24 FL e 10 FC, sendo 24 CL I, 18 CL II e 8 CL III. O método foi considerado adequado, uma vez que pouca experiência foi necessária para que dois observadores localizassem pontos com grau de precisão semelhante. As médias de correlação intraclasse foram consideradas fortes entre os programas (0,75) e entre observadores (0,8), e fortíssima no teste intraobservador (0,9). Os testes visuais apontaram grande coincidência entre o método manual e o digital com vantagem para o segundo devido às ferramentas computacionais disponíveis. As medidas entre homens e mulheres foram diferentes em vários pontos, sendo que o gênero masculino apresentou espessuras maiores, exceto os pontos laterais da órbita. Pouca diferença foi encontrada entre os grupos faciais, que justifique uma abordagem diferenciada entre eles. No entanto, características morfológicas podem ser percebidas, especialmente entre os indivíduos do gênero masculino. A espessura dos pontos sobre a mandíbula foram os que apresentaram maiores diferenças estatísticas, demonstrando que os indivíduos Padrão III e/ou face longa tem espessuras levemente mais delgadas que os de Padrão II e face curta. |
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Espessura de tecidos moles nos diferentes tipos faciais: estudo em tomografias computadorizadas cone-beamSoft Tissue depth on different facial types: a Cone-Beam Computer tomography studyAnálise FacialAnthropologyAntropologiafacial analysisForensic DentistryForensic Facial ReconstructionOdontologia LegalReconstrução facial forenseA Reconstrução Facial Forense (RFF) é a área de estudos que visa estimar a face de um indivíduo a partir de um crânio. Médias de espessuras de tecidos moles em diferentes pontos cranianos, frequentemente obtidas em cadáveres por meio da punção com agulhas, são referencias utilizadas. Atualmente, alguns métodos digitais como a ressonância magnética, o ultrassom e a tomografia computadorizada do tipo Fan-Beam têm oferecido recursos técnicos que podem ser utilizados nas pericias forenses. A tomografia computadorizada Cone-Beam (TCCB), se diferencia de outras por permitir a aquisição de volume de pacientes sentados. No estudo da oclusão e ortodontia, é comum a atribuição de diferentes volumes e capacidade funcional à pacientes de diferentes tipologias faciais, por isso, objetiva-se estabelecer um método de mensuração da espessura tecidual, em exames de TCCB, em pontos utilizados em RFF verificando a existência de diferenças significativas na quantidade de tecidos moles entre tipos faciais. Um protocolo foi confeccionado para permitir que observadores efetuassem medições de tecidos moles em 32 pontos cranianos (10 sagitais e 11 bilaterais), comuns em trabalhos de RFF. A precisão do método, foi avaliada em testes de localização espacial dos pontos em 5 exames, correlação intraclasse intraobservador e interobservadores em 10 exames. O uso do computacional Osirx®, foi testado pela da correlação entre o software Nemotec®, em 25 exames. Testes visuais foram utilizados, como referência, comparando o protocolo com o método manual, realizando tomografia computadorizada de um crânio contendo marcações de resina composta. Os 100 sujeitos foram divididos em gênero, em tipos faciais verticais de face longa (FL), face curta (FC) e face normal (FN), e divididos em tipos faciais anteroposteriores: Padrão I, II e III. Estatisticamente, foram aplicados testes de normalidade e a diferença entre cada grupo foi testada. A amostra foi dividida em 50 homens: 13 FN, 29 FL e 8 FC, sendo 20 CL I, 14 CL II e 16 CL III. As 50 mulheres foram divididas em 16 FN, 24 FL e 10 FC, sendo 24 CL I, 18 CL II e 8 CL III. O método foi considerado adequado, uma vez que pouca experiência foi necessária para que dois observadores localizassem pontos com grau de precisão semelhante. As médias de correlação intraclasse foram consideradas fortes entre os programas (0,75) e entre observadores (0,8), e fortíssima no teste intraobservador (0,9). Os testes visuais apontaram grande coincidência entre o método manual e o digital com vantagem para o segundo devido às ferramentas computacionais disponíveis. As medidas entre homens e mulheres foram diferentes em vários pontos, sendo que o gênero masculino apresentou espessuras maiores, exceto os pontos laterais da órbita. Pouca diferença foi encontrada entre os grupos faciais, que justifique uma abordagem diferenciada entre eles. No entanto, características morfológicas podem ser percebidas, especialmente entre os indivíduos do gênero masculino. A espessura dos pontos sobre a mandíbula foram os que apresentaram maiores diferenças estatísticas, demonstrando que os indivíduos Padrão III e/ou face longa tem espessuras levemente mais delgadas que os de Padrão II e face curta.Forensic facial reconstruction (FFR) is a research field that intends to estimate the face of an individual through a skull. Mean soft tissue thickness values, of different cranial landmarks, often obtained through needle puncture, are used as references. Lately, some digital methods, such as Magnetic resonance and Fan-beam Computer Tomography have been offering new resources to forensic analysis. Cone-Beam Computer Tomography (CBCT), differs from others, by allowing the volumetric acquisition of a sitting patient. In the study of occlusion and orthodontic, is usual to associate volume and functional features to different facial types, therefore the objective is to establish a CBCT soft tissue measuring method, for points used for FFR, verifying the existence of significant differences of soft tissue pattern in distinct facial types. A guideline was created to allow observers to measure soft tissue of 32 landmarks (10 sagittal and 11 bilateral), usually found in FFR researches. Precision was accessed through landmarks placing tests in 5 exams, inter-observers and intraobservers intraclass correlation in 10 exams. The use of the software Osirix® was supported by the comparison with Nemotec® in 25 exams. Visual tests were performed through a computer tomography from a skull with resin spheres placed through the manual approach. The 100 subject sample were divided into gender and then into vertical facial types of long face (LF), short face (SF) and normal face (NF), and in horizontal types: CL I, II, III. Normality statistical tests were applied and the difference between groups was tested. The sample was divided in 50 men: 13 NF, 29 LF, and 10 SF, as 20 were Class I, 14 CL II and 16 CL III. The 50 women were divided into 16 NF, 24 LF and 10 SF, as 24 were Class I, 18 CL II and 8 CL III. The method was considered adequate, as after little calibration was needed to allow observers to place landmarks with similar precision. The mean intraclass correlation was considered strong between software (0.75) and observers (0.8), and very strong on intra-observer (0.9). Visual tests pointed out good level of coincidence between manual and digital methods with advantage to the digital due to the available computer tools. The average measures differed between male and female gender, as thicker depths were observed in men in all landmarks, with exception to the Lateral Orbits. The small amount of difference, observed among facial types was considered insufficient to sustain the use of new reference charts. Nevertheless, morphological features could be noticed, especially among male subjects. The depth of landmarks placed over the mandible presented statistical differences, demonstrating that class III, and or long face facial types have less tissue in those areas than class II and short-faced patients.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMelani, Rodolfo Francisco HaltenhoffBeaini, Thiago Leite2013-10-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23153/tde-28032014-160826/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:50Zoai:teses.usp.br:tde-28032014-160826Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A Reconstrução Facial Forense (RFF) é a área de estudos que visa estimar a face de um indivíduo a partir de um crânio. Médias de espessuras de tecidos moles em diferentes pontos cranianos, frequentemente obtidas em cadáveres por meio da punção com agulhas, são referencias utilizadas. Atualmente, alguns métodos digitais como a ressonância magnética, o ultrassom e a tomografia computadorizada do tipo Fan-Beam têm oferecido recursos técnicos que podem ser utilizados nas pericias forenses. A tomografia computadorizada Cone-Beam (TCCB), se diferencia de outras por permitir a aquisição de volume de pacientes sentados. No estudo da oclusão e ortodontia, é comum a atribuição de diferentes volumes e capacidade funcional à pacientes de diferentes tipologias faciais, por isso, objetiva-se estabelecer um método de mensuração da espessura tecidual, em exames de TCCB, em pontos utilizados em RFF verificando a existência de diferenças significativas na quantidade de tecidos moles entre tipos faciais. Um protocolo foi confeccionado para permitir que observadores efetuassem medições de tecidos moles em 32 pontos cranianos (10 sagitais e 11 bilaterais), comuns em trabalhos de RFF. A precisão do método, foi avaliada em testes de localização espacial dos pontos em 5 exames, correlação intraclasse intraobservador e interobservadores em 10 exames. O uso do computacional Osirx®, foi testado pela da correlação entre o software Nemotec®, em 25 exames. Testes visuais foram utilizados, como referência, comparando o protocolo com o método manual, realizando tomografia computadorizada de um crânio contendo marcações de resina composta. Os 100 sujeitos foram divididos em gênero, em tipos faciais verticais de face longa (FL), face curta (FC) e face normal (FN), e divididos em tipos faciais anteroposteriores: Padrão I, II e III. Estatisticamente, foram aplicados testes de normalidade e a diferença entre cada grupo foi testada. A amostra foi dividida em 50 homens: 13 FN, 29 FL e 8 FC, sendo 20 CL I, 14 CL II e 16 CL III. As 50 mulheres foram divididas em 16 FN, 24 FL e 10 FC, sendo 24 CL I, 18 CL II e 8 CL III. O método foi considerado adequado, uma vez que pouca experiência foi necessária para que dois observadores localizassem pontos com grau de precisão semelhante. As médias de correlação intraclasse foram consideradas fortes entre os programas (0,75) e entre observadores (0,8), e fortíssima no teste intraobservador (0,9). Os testes visuais apontaram grande coincidência entre o método manual e o digital com vantagem para o segundo devido às ferramentas computacionais disponíveis. As medidas entre homens e mulheres foram diferentes em vários pontos, sendo que o gênero masculino apresentou espessuras maiores, exceto os pontos laterais da órbita. Pouca diferença foi encontrada entre os grupos faciais, que justifique uma abordagem diferenciada entre eles. No entanto, características morfológicas podem ser percebidas, especialmente entre os indivíduos do gênero masculino. A espessura dos pontos sobre a mandíbula foram os que apresentaram maiores diferenças estatísticas, demonstrando que os indivíduos Padrão III e/ou face longa tem espessuras levemente mais delgadas que os de Padrão II e face curta. |
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