Avaliação do modelo animal de anedonia/depressão induzida por estresse crônico leve

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Homem, Karen Silvia de Carvalho
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-06022018-094927/
Resumo: O Transtorno da Depressão Maior (MDD) é uma doença muito difundida em todo mundo e com uma alta prevalência, principalmente em mulheres. Transtornos de humor são recorrentes e ameaçam a vida, devido ao risco de suicídio. Apesar disso, a etiologia do MDD ainda é pouco entendida e diversas hipóteses foram desenvolvidas na tentativa de explicá-la. Uma delas está ligada ao estresse. Distúrbios no eixo hipotálamo-hipófiseadrenal (HPA) estão presentes em cerca 70% de pacientes com depressão. Ao buscar um melhor modelo animal para estudo do impacto do estresse no desenvolvimento da depressão, chegamos ao estresse leve crônico (CMS). Em estudos prévios desenvolvidos neste laboratório, observamos que há diferenças entre tipos de estressores e os mediadores secretados na resposta do eixo HPA, isto é, durante o estresse físico é secretado o mediador vasopressina, enquanto que no estresse psicológico, é secretado o mediador CRF; já nos estresses considerados mistos (como nado forçado), ambos os mediadores estão presentes. Assim, propusemos estabelecer protocolos de CMS baseados no protocolo original de Paul Willner, pesquisador que desenvolveu este modelo, empregando estressores do tipo físico ou psicológico, separadamente. O que observamos foi que nenhum dos dois tipos de estressores conseguiu levar os animais à anedonia (queda na preferência por sacarose). No entanto, ao observar o ganho de peso dos animais ao longo do tempo e o mapeamento cerebral com citocromo c oxidase, notamos que o estresse teve seu impacto no animais. Comparados a outros modelos de depressão, o CMS tem a premissa de desenvolver um estado depressivo nos animais antes do teste com drogas antidepressivas, fazendo com que tenha uma alta validade preditiva. Ele também pode incorporar outros endpoints para avaliar outros comportamentos, além da anedonia, que possam demonstrar o estado depressivo no animal. Por exemplo, observamos no mapeamento cerebral que a substância negra e a PAG estiveram mais ativas no estresse físico e elas podem estar implicadas na busca por recompensa e na modulação de dor, respectivamente. Concluímos que o modelo de CMS é apropriado, embora ainda necessite de estudos quanto à equivalência de intensidade de estressores
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Em estudos prévios desenvolvidos neste laboratório, observamos que há diferenças entre tipos de estressores e os mediadores secretados na resposta do eixo HPA, isto é, durante o estresse físico é secretado o mediador vasopressina, enquanto que no estresse psicológico, é secretado o mediador CRF; já nos estresses considerados mistos (como nado forçado), ambos os mediadores estão presentes. Assim, propusemos estabelecer protocolos de CMS baseados no protocolo original de Paul Willner, pesquisador que desenvolveu este modelo, empregando estressores do tipo físico ou psicológico, separadamente. O que observamos foi que nenhum dos dois tipos de estressores conseguiu levar os animais à anedonia (queda na preferência por sacarose). No entanto, ao observar o ganho de peso dos animais ao longo do tempo e o mapeamento cerebral com citocromo c oxidase, notamos que o estresse teve seu impacto no animais. Comparados a outros modelos de depressão, o CMS tem a premissa de desenvolver um estado depressivo nos animais antes do teste com drogas antidepressivas, fazendo com que tenha uma alta validade preditiva. Ele também pode incorporar outros endpoints para avaliar outros comportamentos, além da anedonia, que possam demonstrar o estado depressivo no animal. Por exemplo, observamos no mapeamento cerebral que a substância negra e a PAG estiveram mais ativas no estresse físico e elas podem estar implicadas na busca por recompensa e na modulação de dor, respectivamente. Concluímos que o modelo de CMS é apropriado, embora ainda necessite de estudos quanto à equivalência de intensidade de estressoresMajor Depressive Disorder (MDD) is a widespread disease all over the world with a high prevalence, especially among women. Mood disorders are recurrent and life threatening, due to suicide risk. Despite those, MDD etiology is poorly understood and several hypotheses have been developed to try and explain it. One of them is connected to stress. Disorders on the hypothalamus-pituitary-adrenal (HPA) axis are present in up to 70% of patients with depression. While searching for a better animal model to study the impact that stress might have on depression onset, we came across the Chronic Mild Stress (CMS) model. During previous studies developed in this lab, weve observed that there are differences between types of stressors and mediators involved in the HPA axis response, i.e. during physical stress, the mediator secreted is vasopressin, whereas during psychological stress, the mediator is CRF; on mixed stress (like forced swim), both mediators are present. That way, we proposed to set up CMS protocols based on Paul Willner (the researcher who developed this model)s original one, employing physical or psychological stressors separately. None of the types of stressors were able to induce anhedonia (decrease in sucrose preference) in the animals. However, noticing the animals weight gain over time, and cerebral mapping with cytochrome c oxidase, we could see that stress had impact over the animals. Compared to other depression models, CMS has the presupposition of leading the animals to a depressive-like state before testing antidepressant drugs, which gives it a high predictive validity. The model can also incorporate different endpoints to assess other behaviors, besides anhedonia, that may show the animals depressive-like state. For instance, we observed in the brain mapping that substantia nigra and PAG were more activated in physical stress and they can be implicated in reward seeking and pain modulation, respectively. So, we conclude that the CMS model is appropriate, although it still needs more research regarding the intensity of stressors equivalenceBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTroncone, Lanfranco Ranieri PaoloHomem, Karen Silvia de Carvalho2017-11-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-06022018-094927/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-06022018-094927Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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