Efeito do deslintamento a flama sobre a qualidade fisiológica e sanidade de sementes de algodão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1991 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20181127-155806/ |
Resumo: | Este trabalho foi realizado com o objetivo de verificar o efeito do deslintamento através da flambagem, quando comparado ao mecânico, sobre a qualidade fisiológica e sanitária de sementes de algodão, logo após o deslintamento e durante o armazenamento por 18 meses. Foram avaliadas a umidade, a germinação, o vigor <<parênteses>>emergência em areia e envelhecimento acelerado<<parênteses>> e a sanidade das sementes de algodão submetidas aos deslintamentos por flambagem e mecânico. Para avaliação da umidade utilizou-se o método da estufa a 105°C por 24 horas. Para a avaliação da germinação foram seguidas as Regras para análise de sementes (BRASIL, 1980) e a emergência em areia foi efetuada plantando-se as sementes em bandejas plásticas e contando-se as plântulas normais após 15 dias. O outro teste de vigor (envelhecimento acelerado) foi avaliado por intermédio do teste de envelhecimento acelerado, que se processou com a colocação das sementes em câmara a 42°C por 96 horas. A avaliação da sanidade foi realizada com a utilização do método do papel filtro, com a incubação das sementes por 7 dias a 20°C. Os resultados mostraram que as sementes flambadas mantiveram teores de umidade constantemente inferiores aos das sementes deslintadas mecanicamente, durante os 18 meses de armazenamento. Como aparente consequência, a germinação e a emergência em areia das sementes flambadas foram nitidamente superiores às das sementes unicamente deslintadas mecanicamente, durante o período de estocagem, acentuando a diferenciação com o passar do tempo. Quanto ao vigor, estimado pelo envelhecimento acelerado, considerando todo o período do experimento, os dados mostraram que, embora as sementes flambadas tenham apresentado índices superiores aos das deslintadas mecanicamente, a diferença não foi tão expressiva quanto para a germinação. Considerou-se que o período de manutenção das sementes na câmara tenha sido prolongado. Com relação à sanidade, muitos fungos saprófitas ocorreram, mas só foram considerados os fungos com atividade patogênica: Colletotrichum gossypii, Fusarium spp. e Botryodiplodia sp. e os fungos de armazenamento, Aspergillus spp. e Penicillium spp. Não houve diferença quanto à incidência de C. gossypii e Botryodiplodia sp. entre as sementes flambadas e as deslintadas mecanicamente. Para Fusarium,/i> spp. não houve diferença logo após o deslintamento, mas o decréscimo na viabilidade do fungo durante o armazenamento foi mais acentuado nas sementes flambadas. Aspergillus spp. e Penicillium spp. ocorreram em maiores níveis em sementes deslintadas mecanicamente, possivelmente devido ao maior teor de umidade que as mesmas possuíam durante todo o período de estocagem. Os fungos de campo perderam a viabilidade durante o armazenamento, com decréscimo mais rápido para C. gossypii e mais lento para Fusarium spp. Os fungos de armazenamento apresentaram aumento na incidência com o transcorrer do período de estocagem. Não houve correlação entre germinação e emergência em areia, possivelmente devido à interferência do fungo Rhizopus sp. que foi observado, mas não quantificado, prejudicando a germinação das sementes. Destaca-se que o referido fungo encontra condições ideais para se desenvolver no ambiente em que é conduzido o teste de germinação. |
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Este trabalho foi realizado com o objetivo de verificar o efeito do deslintamento através da flambagem, quando comparado ao mecânico, sobre a qualidade fisiológica e sanitária de sementes de algodão, logo após o deslintamento e durante o armazenamento por 18 meses. Foram avaliadas a umidade, a germinação, o vigor <<parênteses>>emergência em areia e envelhecimento acelerado<<parênteses>> e a sanidade das sementes de algodão submetidas aos deslintamentos por flambagem e mecânico. Para avaliação da umidade utilizou-se o método da estufa a 105°C por 24 horas. Para a avaliação da germinação foram seguidas as Regras para análise de sementes (BRASIL, 1980) e a emergência em areia foi efetuada plantando-se as sementes em bandejas plásticas e contando-se as plântulas normais após 15 dias. O outro teste de vigor (envelhecimento acelerado) foi avaliado por intermédio do teste de envelhecimento acelerado, que se processou com a colocação das sementes em câmara a 42°C por 96 horas. A avaliação da sanidade foi realizada com a utilização do método do papel filtro, com a incubação das sementes por 7 dias a 20°C. Os resultados mostraram que as sementes flambadas mantiveram teores de umidade constantemente inferiores aos das sementes deslintadas mecanicamente, durante os 18 meses de armazenamento. Como aparente consequência, a germinação e a emergência em areia das sementes flambadas foram nitidamente superiores às das sementes unicamente deslintadas mecanicamente, durante o período de estocagem, acentuando a diferenciação com o passar do tempo. Quanto ao vigor, estimado pelo envelhecimento acelerado, considerando todo o período do experimento, os dados mostraram que, embora as sementes flambadas tenham apresentado índices superiores aos das deslintadas mecanicamente, a diferença não foi tão expressiva quanto para a germinação. Considerou-se que o período de manutenção das sementes na câmara tenha sido prolongado. Com relação à sanidade, muitos fungos saprófitas ocorreram, mas só foram considerados os fungos com atividade patogênica: Colletotrichum gossypii, Fusarium spp. e Botryodiplodia sp. e os fungos de armazenamento, Aspergillus spp. e Penicillium spp. Não houve diferença quanto à incidência de C. gossypii e Botryodiplodia sp. entre as sementes flambadas e as deslintadas mecanicamente. Para Fusarium,/i> spp. não houve diferença logo após o deslintamento, mas o decréscimo na viabilidade do fungo durante o armazenamento foi mais acentuado nas sementes flambadas. Aspergillus spp. e Penicillium spp. ocorreram em maiores níveis em sementes deslintadas mecanicamente, possivelmente devido ao maior teor de umidade que as mesmas possuíam durante todo o período de estocagem. Os fungos de campo perderam a viabilidade durante o armazenamento, com decréscimo mais rápido para C. gossypii e mais lento para Fusarium spp. Os fungos de armazenamento apresentaram aumento na incidência com o transcorrer do período de estocagem. Não houve correlação entre germinação e emergência em areia, possivelmente devido à interferência do fungo Rhizopus sp. que foi observado, mas não quantificado, prejudicando a germinação das sementes. Destaca-se que o referido fungo encontra condições ideais para se desenvolver no ambiente em que é conduzido o teste de germinação. |
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