Preservação e determinação de viabilidade de clamidosporos de Ustilago scitaminea
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1975 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-152346/ |
Resumo: | Vários métodos de preservação de clamidosporos de Ustilago scitaminea Sydow foram investigados, simultaneamente, com os efeitos de diversos fatores que podem influir na percentagem e maneira de germinar de clamidosporos submetidos a condições ambientais diferentes. Clamidosporos coletados em diferentes épocas dos anos de 1972 e 1973, e em diferentes localidades dos Estados de São Paulo e Paraná foram utilizados no estudo da viabilidade dos clamidosporos durante um período de 12 meses (120 dias para o nitrogênio líquido). Os métodos de preservação usados no estudo da viabilidade dos clamidosporos foram: a) preservação por dessecação com sílica gel a três temperaturas diferentes, laboratório (15 - 28°C), refrigerador (5°C) e congelador (-10°C); b) preservação por liofilização; c) preservação com nitrogênio líquido. Informações básicas sobre o efeito de diversos fatores sobre a germinação dos clamidosporos foram obtidas. Estes experimentos incluíam tempo de incubação, idade dos clamidosporos, idade dos meios de cultivo, elongação do promicélio, localização dos clamidosporos no chicote, clamidosporos envoltos pelas folhas do cartucho foliar, agentes químicos (bactericidas, carbohidratos, aminoácidos e vitaminas) e agentes físicos (contato direto com nitrogênio líquido, vácuo, e choque térmico quebrando a dormência fisiológica dos clamidosporos. Após 12 meses, os resultados mostraram alta viabilidade (86,72%) dos clamidosporos preservados em dessecadores com sílica gel a 5°C, baixa viabilidade (32,26%) nos liofilizados e com base na literatura consultada boa perspectiva para a preservação em nitrogênio líquido para períodos além de 12 meses. Testes complementares revelam: a) que clamidosporos jovens são mais rápidos para germinarem que os esporos preservados além de um ano; b) que os promicélios mais longos são dos clamidosporos jovens; c) que os clamidosporos de região mediana do chicote são mais viáveis; d) que chicotes envoltos pelo cartucho foliar possuem clamidosporos com alta viabilidade; e e) que clamidosporos U. scitaminea não apresenta nenhuma dormência fisiológica. Bactericidas usados não afetaram a germinação dos clamidosporos exceto a ampicilina. Todos os carbohidratos testados estimularam a germinação, o mesmo acontecendo com alguns aminoácidos, notadamente glicina e leucina enquanto que cisteína a inibiu totalmente. As vitaminas nicotinamida e riboflavina também estimularam a germinação. O contato direto com o nitrogênio líquido e a ação do vácuo não afetaram a germinação dos clamidosporos, porém o choque térmico (banho aos 40°C por 2 minutos) estimulou a germinação. |
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Preservação e determinação de viabilidade de clamidosporos de Ustilago scitamineaCARVÃO-DA-CANA-DE-AÇÚCARCLAMIDÓSPOROSFUNGOS FITOPATOGÊNICOSVários métodos de preservação de clamidosporos de Ustilago scitaminea Sydow foram investigados, simultaneamente, com os efeitos de diversos fatores que podem influir na percentagem e maneira de germinar de clamidosporos submetidos a condições ambientais diferentes. Clamidosporos coletados em diferentes épocas dos anos de 1972 e 1973, e em diferentes localidades dos Estados de São Paulo e Paraná foram utilizados no estudo da viabilidade dos clamidosporos durante um período de 12 meses (120 dias para o nitrogênio líquido). Os métodos de preservação usados no estudo da viabilidade dos clamidosporos foram: a) preservação por dessecação com sílica gel a três temperaturas diferentes, laboratório (15 - 28°C), refrigerador (5°C) e congelador (-10°C); b) preservação por liofilização; c) preservação com nitrogênio líquido. Informações básicas sobre o efeito de diversos fatores sobre a germinação dos clamidosporos foram obtidas. Estes experimentos incluíam tempo de incubação, idade dos clamidosporos, idade dos meios de cultivo, elongação do promicélio, localização dos clamidosporos no chicote, clamidosporos envoltos pelas folhas do cartucho foliar, agentes químicos (bactericidas, carbohidratos, aminoácidos e vitaminas) e agentes físicos (contato direto com nitrogênio líquido, vácuo, e choque térmico quebrando a dormência fisiológica dos clamidosporos. Após 12 meses, os resultados mostraram alta viabilidade (86,72%) dos clamidosporos preservados em dessecadores com sílica gel a 5°C, baixa viabilidade (32,26%) nos liofilizados e com base na literatura consultada boa perspectiva para a preservação em nitrogênio líquido para períodos além de 12 meses. Testes complementares revelam: a) que clamidosporos jovens são mais rápidos para germinarem que os esporos preservados além de um ano; b) que os promicélios mais longos são dos clamidosporos jovens; c) que os clamidosporos de região mediana do chicote são mais viáveis; d) que chicotes envoltos pelo cartucho foliar possuem clamidosporos com alta viabilidade; e e) que clamidosporos U. scitaminea não apresenta nenhuma dormência fisiológica. Bactericidas usados não afetaram a germinação dos clamidosporos exceto a ampicilina. Todos os carbohidratos testados estimularam a germinação, o mesmo acontecendo com alguns aminoácidos, notadamente glicina e leucina enquanto que cisteína a inibiu totalmente. As vitaminas nicotinamida e riboflavina também estimularam a germinação. O contato direto com o nitrogênio líquido e a ação do vácuo não afetaram a germinação dos clamidosporos, porém o choque térmico (banho aos 40°C por 2 minutos) estimulou a germinação.Various methods of preservation of chlamydospores of Ustilago scitaminea Sydow, were investigated and concurrently the effects of several factors that could influence the percentage and manner of germination under different conditions of environment. Chlamydospores were collected at different periods during 1972 and 1973 in the States of São Paulo and Paraná were used to study viability of chlamydospores over a 12 months period (120 days for liquid nitrogen). The preservation methods used to study chlamydospores viability were: a) preservation by desiccation with silica gel at three different temperatures, laboratory (15 - 28°C), refrigerator (5°C) and freezer (-10°C); b) preservation by lyaphilization; c) preservation with liquid nitrogen. Basic information about the effect of several factors upon chlamydospores germination was obtained. These experiments included incubation time, chlamydospores age, culture media age, promycelium elongation, location of chlamydospores in whip like appendages, chlamydospores protected by the spindle leaves, chemical agents (bactericide, carbohydrates, amino-acids and vitamins) and physical agents (direct contact with liquid nitrogen, vacuum, and thermal shock breaking physiological dormancy of chlamydospores). After 12 months the chlamydospores preserved in the desiccator with silica gel at 5°C had the highest viability (86,72%). The lowest viability (32,26%) was found in chlamydospores preserved by lyophilization. On the bases of the literature chlamydospores preservation with liquid nitrogen showed excellent possibility for more than 12 months storage period. Complementary tests demonstrated: a) recently harvested chlamydospores germinated earlier than one-year-old preserved chlamydospores; b) fresh chlamydospores have the longest promycelium; c) chlamydospores from the middle area of whip like appendages have the highest viability; d) chlamydospores from whip like appendages while protected by spindle leaves have high viability and e) U. scitaminea chlamydospores did not exhibit physiological dormancy. The bactericide did not affect the germination of chlamydospores except for ampicillin. All tested carbohydrates stimulated germination, the same happened with some amino acids especially glycine and leucine, while cysteine totally inhibited the process. The vitamins nicotinamide and riboflavin also stimulated germination. Direct contact with liquid nitrogen and vacuum did not affect spore germination, however the thermal shock (bath at 40°C for 2 minutes) promoted germination.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTokeshi, HasimeMata, José Farias da1975-09-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-152346/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-27T16:44:02Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-152346Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-27T16:44:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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