Ibirapitanga: história, distribuição geográfica e conservação do pau-brasil (caesalpinia echinata LAM., leguminosae) do descobrimento à atualidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Yuri Tavares Rocha
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.8.2004.tde-30062021-110505
Resumo: A ibirapitanga era o nome dado pelos indígenas brasileiros a uma madeira que fornecia corante vermelho, utilizado para tingir penas e algodão. Os portugueses, que já conheciam uma madeira oriental que tinha a mesma função tintorial para tecidos de lã, seda e algodão, depois do descobrimento da Terra de Santa Cruz, passaram a explorar essa madeira americana, que se tornou conhecida por brasil ou pau-brasil. A história dessa árvore está intrinsecamente ligada à história do Brasil pois foi o primeiro produto natural extraído da colônia portuguesa e constituiu seu primeiro ciclo econômico. Essa importância e significado foram expressos de forma artística e marcante nas iluminuras dos mapas e cartas produzidos pelos mais importantes cartógrafos quinhentistas. A extração, comércio e tráfico do pau-brasil envolveram, desde o século XVI, portugueses, franceses, holandeses, espanhóis, ingleses e, finalmente, brasileiros. A designação da parte sul do Mundus Novus de Brasil substituiu a de Terra de Santa Cruz por causa da importância do pau-brasil. A origem da palavra Brasil e a justificativa dessa alteração têm várias explicações. O pau-brasil ocorre naturalmente no Domínio Atlântico Brasileiro e tem distribuição geográfica nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. O pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam. (Leguminosae-Caesalpinoideae), é considerado uma espécie em perigo de extinção. Há unidades de conservação em alguns dos estados de sua ocorrência que executam sua conservação in situ. O estado de São Paulo desempenha importante papel na conservação ex situ dessa espécie, a árvore nacional brasileira. Ainda há corte ilegal de pau-brasil para atender o mercado de confecção de arcos de instrumentos musicais, pois a qualidade de sua madeira para isso é inigualável
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Ibirapitanga: história, distribuição geográfica e conservação do pau-brasil (caesalpinia echinata LAM., leguminosae) do descobrimento à atualidade Ibirapitanga: history, geographical distribution and conservation of pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam., Leguminosae) from discovery to nowadays 2004-02-20Jose Bueno ContiMaria Aparecida de AquinoAna Maria Marques Camargo MarangoniJoao Carlos NucciRita de Cássia Leone Figueiredo RibeiroYuri Tavares RochaUniversidade de São PauloGeografia (Geografia Física)USPBR Brazilwood Conservação Conservation Distribuição geográfica Geographic distribution História History Ibirapitanga Ibirapitanga Pau-brasil A ibirapitanga era o nome dado pelos indígenas brasileiros a uma madeira que fornecia corante vermelho, utilizado para tingir penas e algodão. Os portugueses, que já conheciam uma madeira oriental que tinha a mesma função tintorial para tecidos de lã, seda e algodão, depois do descobrimento da Terra de Santa Cruz, passaram a explorar essa madeira americana, que se tornou conhecida por brasil ou pau-brasil. A história dessa árvore está intrinsecamente ligada à história do Brasil pois foi o primeiro produto natural extraído da colônia portuguesa e constituiu seu primeiro ciclo econômico. Essa importância e significado foram expressos de forma artística e marcante nas iluminuras dos mapas e cartas produzidos pelos mais importantes cartógrafos quinhentistas. A extração, comércio e tráfico do pau-brasil envolveram, desde o século XVI, portugueses, franceses, holandeses, espanhóis, ingleses e, finalmente, brasileiros. A designação da parte sul do Mundus Novus de Brasil substituiu a de Terra de Santa Cruz por causa da importância do pau-brasil. A origem da palavra Brasil e a justificativa dessa alteração têm várias explicações. O pau-brasil ocorre naturalmente no Domínio Atlântico Brasileiro e tem distribuição geográfica nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. O pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam. (Leguminosae-Caesalpinoideae), é considerado uma espécie em perigo de extinção. Há unidades de conservação em alguns dos estados de sua ocorrência que executam sua conservação in situ. O estado de São Paulo desempenha importante papel na conservação ex situ dessa espécie, a árvore nacional brasileira. Ainda há corte ilegal de pau-brasil para atender o mercado de confecção de arcos de instrumentos musicais, pois a qualidade de sua madeira para isso é inigualável Ibirapitanga was the name given by native Brazilians to a wood that furnished a red pigment, used to dye plumes and cotton. Portuguese already knew a kind of oriental wood with the same dyeing function used in wool, silk and cotton fabrics, but after the discovering of Terra de Santa Cruz, they started to exploit this American wood, which began to be known as brazil or brazilwood. The tree\'s history is deeply connected to the Brazilian history, because it was the first economic natural resource exploitation from the Portuguese colony. So, it was the first economic cycle. The importance and meaning were expressed through artistic and remarkable forms, as maps and charts generated by key cartographers from the 16th century. The brazilwood exploitation, trading and trafficking involved, since the 16th century, Portuguese, French, Dutch, Spanish, British, and, finally, Brazilians. The south designation of Mundus Novus de Brasil was used as the substitute of the other one Terra de Santa Cruz, due to the relevance of brazilwood. The origin of the word Brazil, and the name change have different explanations. The brazilwood has its natural occurrence in the Brazilian Atlantic Domain and have its geographic distribution through the states of Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba and Rio Grande do Norte. The brazilwood, Caesalpinia echinata Lam. (Leguminosae-Caesalpinoideae), is considered an endangered species. There are conservation units in some states where brazilwood occurs naturally (in situ conservation). The state of São Paulo plays an important role conserving the species ex situ. This species is one of the Brazilian symbols. Trees are still being illegally cut as a natural response for existing demand in order to produce musical instruments parts, due to the unique quality of this wood https://doi.org/10.11606/T.8.2004.tde-30062021-110505info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T20:26:34Zoai:teses.usp.br:tde-30062021-110505Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T13:32:07.728274Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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