O intelecto e a imaginação no conhecimento de Deus segundo Tomás de Aquino: aristotelismo e neoplatonismo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-14012015-173903/ |
Resumo: | Em diversas passagens, Tomás de Aquino afirma que é impossível o nosso intelecto, unido ao corpo, inteligir algo em ato sem se converter aos fantasmas (conversio ad phantasmata). Segue-se, portanto, que a conversão aos fantasmas [i.e., o direcionamento natural do intelecto para as imagens recebidas pelos sentidos] é a condição de possibilidade da intelecção humana. Agora, se tal intelecção depende da conversão aos fantasmas, e estes, por sua vez, dependem da afecção dos entes materiais sobre os sentidos, conclui-se que o conhecimento intelectual humano só é possível a partir do conhecimento sensível. Se é correta essa simplificação, então, podemos continuar perguntando pela questão que, de fato, interessará aqui, a saber, se é possível o conhecimento dos incorpóreos, dos quais não existem fantasmas (imagens recebidas). Ora, se é indubitável que dos incorpóreos não temos fantasmas, então, como poderíamos inteligilos, uma vez que a intelecção humana depende necessariamente da conversio ad phantasmata? Para dar conta dessa problemática, propomos primeiro explicar porque a conversão aos fantasmas é a conditio sine qua non da intelecção humana. Somente depois disso, consideraremos o objetivo central desta investigação que é explicitar como Tomás de Aquino argumenta a favor da possibilidade do conhecimento de Deus, do qual não temos fantasmas |
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O intelecto e a imaginação no conhecimento de Deus segundo Tomás de Aquino: aristotelismo e neoplatonismoIntellect and imagination in the knowledge of God according to Thomas Aquinas: aristotelism and platonismFilosofia MedievalImaginaçãoImaginationIntelectoIntellectMedieval PhilosophyThomismTomismoEm diversas passagens, Tomás de Aquino afirma que é impossível o nosso intelecto, unido ao corpo, inteligir algo em ato sem se converter aos fantasmas (conversio ad phantasmata). Segue-se, portanto, que a conversão aos fantasmas [i.e., o direcionamento natural do intelecto para as imagens recebidas pelos sentidos] é a condição de possibilidade da intelecção humana. Agora, se tal intelecção depende da conversão aos fantasmas, e estes, por sua vez, dependem da afecção dos entes materiais sobre os sentidos, conclui-se que o conhecimento intelectual humano só é possível a partir do conhecimento sensível. Se é correta essa simplificação, então, podemos continuar perguntando pela questão que, de fato, interessará aqui, a saber, se é possível o conhecimento dos incorpóreos, dos quais não existem fantasmas (imagens recebidas). Ora, se é indubitável que dos incorpóreos não temos fantasmas, então, como poderíamos inteligilos, uma vez que a intelecção humana depende necessariamente da conversio ad phantasmata? Para dar conta dessa problemática, propomos primeiro explicar porque a conversão aos fantasmas é a conditio sine qua non da intelecção humana. Somente depois disso, consideraremos o objetivo central desta investigação que é explicitar como Tomás de Aquino argumenta a favor da possibilidade do conhecimento de Deus, do qual não temos fantasmasIn several passages, Thomas Aquinas states that it is impossible for our intellect, united to the body, can actually to understand without conversion to the phantasms (conversio ad phantasmata). It follows therefore that the conversion to the phantasms (i.e., the natural direction of the intellect to the images received by the senses) is the condition of possibility of human intellection. Now, if such intellection depends on the conversion to the phantasms, and these, in turn, depend on the affection of the material ones on the senses, it is concluded that the human intellectual knowledge is only possible from sensitive knowledge. If this simplification is correct, then we can keep asking the question that really concern us here, namely, the question of the possibility of knowledge of incorporeal things, of which there are no phantasms (received images). While it is no doubt that we have no phantasms of incorporeal things, so how could we to understand them, since human intellection necessarily depends on the conversio ad phantasmata? To resolve this issue, we propose first explain why the conversion to the phantasms is the conditio sine qua non of human intellection. Only after that, we consider the main objective of this research: to explain how Aquinas argues for the possibility of knowledge of God, of which we have no phantasmsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPEstevao, Jose CarlosMadureira, Jonas Moreira2014-08-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-14012015-173903/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:56Zoai:teses.usp.br:tde-14012015-173903Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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