Identificação molecular de Staphylococcus aureus formadores de biofilmes em ambiente de ordenha

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lee, Sarah Hwa In
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-04072012-090056/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a ocorrência de cepas de Staphylococcus aureus no ambiente de ordenha, analisar seu perfil genético e a produção de biofilme, provenientes de 10 propriedades localizadas nas regiões de Franca e Ribeirão Preto, estado de São Paulo, Brasil. Foram analisadas 220 amostras de leite individual de vacas positivas no teste CMT (California Mastitis Test), 120 amostras de leite de tanque de expansão, 389 swabs de utensílios e equipamento relacionados com ordenha e 120 swabs de mãos de manipuladores. As coletas de amostras foram realizadas mensalmente durante o período de agosto/2010 a janeiro/2011. Das 849 amostras analisadas, 56 cepas de S. aureus (6,6%) foram isoladas, sendo 12 (5,4%) de leite individual de vacas, 26 (21,6%) de leite de tanque de expansão, 14 (3,6%) de utensílios e equipamentos e 4 (6,9%) de mãos de manipuladores. Os resultados indicam uma baixa prevalência de S. aureus nas propriedades analisadas, não havendo diferença significativa entre as frequências encontradas nas duas regiões analisadas. A técnica de PFGE (pulsed-field gel electrophoresis) permitiu identificar 31 perfis genéticos (pulsotipos), utilizando-se a enzima de restrição SmaI. Nos ensaios de produção de biofilmes em microplaca, 19 (63,3%) de 30 pulsotipos avaliados foram considerados produtores de biofilme. Nos ensaios conduzidos em aço inox, 13 (43,3%, N=30) foram positivos e, para o silicone, não houve produção de biofilme. O elevado percentual de isolados no leite de tanque de expansão evidencia um problema de saúde pública, considerando que no Brasil muitas vezes o leite é consumido sem pasteurização. A ocorrência de pulsitipos de S. aureus formadores de biofilmes indica a persistência do patógeno em diversos pontos no ambiente de ordenha, bem como provável envolvimento dos mesmos com casos de mastite e sua eliminação no leite, ressaltando a necessidade de práticas higiênicas para prevenir a formação de biofilmes nas propriedades estudadas.
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