Efeito da dor muscular experimentalmente induzida sobre a força isométrica e validação de índices de estimação da co-contração muscular
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-16052022-133534/ |
Resumo: | Há muitas possibilidades de se executar uma mesma tarefa motora e diversos fatores podem interferir no controle e execução da tarefa. Dentre estes fatores, podese destacar pelo interesse clínico o fator dor. Um exemplo de estratégia de controle motor que pode ser influenciada pela dor é a ativação simultânea de músculos agonistas e antagonistas, definida como co-contração muscular. A presente tese teve como objetivos investigar possíveis interações entre dor e força muscular e validar métodos de quantificação de co-contração (índices de co-contração, ICC) baseados em três distintos procedimentos de normalização do sinal eletromiográfico (EMG), quais sejam: não normalização da intensidade do sinal EMG (ICC1) e normalização respectivamente pelo valor da contração voluntária máxima isométrica (ICC2) e pelo valor da co-contração voluntária máxima (ICC3), adquiridas na condição pré-dor muscular. Para tanto, 13 adultos saudáveis realizaram duas tarefas motoras nas condições pré, durante e pós-dor muscular experimentalmente induzida. A atividade do sinal EMG dos músculos m. bíceps braquial (cabeça lateral e medial) e m. tríceps braquial (cabeça lateral e medial) foi registrada durante ambas as tarefas. Dor muscular foi induzida através de infusão de 1,0 ml de solução salina hipertônica 5,8%) no músculo bíceps braquial (porção medial). Uma das tarefas consistiu na realização de força (isométrica) m vários sub-níveis (25, 50, 75 e 100%) da força máxima isométrica em flexão e em extensão da articulação do cotovelo. Nesta tarefa observou-se que, durante dor muscular, a força isométrica máxima (em flexão) atingida foi equivalente a aproximadamente 88±7% da força máxima atingida na ausência de dor e que o comportamento da curva força/EMG foi curvilínea monotônica crescente em ambas as condições. A outra tarefa, consistiu na ativação simultânea (co-contração) isométrica dos músculos flexores e extensores da articulação do cotovelo em vários sub-níveis (25, 50, 75 e 100%) de ativação destes músculos em co-contração máxima. Neste caso, o índice de co-contração que mais se aproximou de 100% e, portanto, o mais acurado foi o ICC3, cujos valores médios foram de 84+4%. Os valores médios calculados respectivamente para ICC1 e ICC2 foram de 77+6% e 70+6% Concluiu-se que: 1) Os parâmetros força e intensidade do sinal EMG tendem a ter uma relação curvilínea monotônica crescente durante tarefas isométricas tanto na presença como na ausência de dor muscular experimentalmente induzida; 2) O índice de co-contração que normaliza a intensidade do sinal EMG pelo pico da co-contração voluntária máxima é o mais adequado porque aproxima os valores calculados dos valores esperados em uma co-contração voluntária máxima; 3) Dor muscular experimentalmente induzida não altera os indices de co-contração |
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Efeito da dor muscular experimentalmente induzida sobre a força isométrica e validação de índices de estimação da co-contração muscularEffect of experimentally induced muscle pain on isometric force and validation of co-contraction indicesCo-contraçãoCo-contractionControle motorDor muscularElectromyographyEletromiografiaMotor controlMuscle painHá muitas possibilidades de se executar uma mesma tarefa motora e diversos fatores podem interferir no controle e execução da tarefa. Dentre estes fatores, podese destacar pelo interesse clínico o fator dor. Um exemplo de estratégia de controle motor que pode ser influenciada pela dor é a ativação simultânea de músculos agonistas e antagonistas, definida como co-contração muscular. A presente tese teve como objetivos investigar possíveis interações entre dor e força muscular e validar métodos de quantificação de co-contração (índices de co-contração, ICC) baseados em três distintos procedimentos de normalização do sinal eletromiográfico (EMG), quais sejam: não normalização da intensidade do sinal EMG (ICC1) e normalização respectivamente pelo valor da contração voluntária máxima isométrica (ICC2) e pelo valor da co-contração voluntária máxima (ICC3), adquiridas na condição pré-dor muscular. Para tanto, 13 adultos saudáveis realizaram duas tarefas motoras nas condições pré, durante e pós-dor muscular experimentalmente induzida. A atividade do sinal EMG dos músculos m. bíceps braquial (cabeça lateral e medial) e m. tríceps braquial (cabeça lateral e medial) foi registrada durante ambas as tarefas. Dor muscular foi induzida através de infusão de 1,0 ml de solução salina hipertônica 5,8%) no músculo bíceps braquial (porção medial). Uma das tarefas consistiu na realização de força (isométrica) m vários sub-níveis (25, 50, 75 e 100%) da força máxima isométrica em flexão e em extensão da articulação do cotovelo. Nesta tarefa observou-se que, durante dor muscular, a força isométrica máxima (em flexão) atingida foi equivalente a aproximadamente 88±7% da força máxima atingida na ausência de dor e que o comportamento da curva força/EMG foi curvilínea monotônica crescente em ambas as condições. A outra tarefa, consistiu na ativação simultânea (co-contração) isométrica dos músculos flexores e extensores da articulação do cotovelo em vários sub-níveis (25, 50, 75 e 100%) de ativação destes músculos em co-contração máxima. Neste caso, o índice de co-contração que mais se aproximou de 100% e, portanto, o mais acurado foi o ICC3, cujos valores médios foram de 84+4%. Os valores médios calculados respectivamente para ICC1 e ICC2 foram de 77+6% e 70+6% Concluiu-se que: 1) Os parâmetros força e intensidade do sinal EMG tendem a ter uma relação curvilínea monotônica crescente durante tarefas isométricas tanto na presença como na ausência de dor muscular experimentalmente induzida; 2) O índice de co-contração que normaliza a intensidade do sinal EMG pelo pico da co-contração voluntária máxima é o mais adequado porque aproxima os valores calculados dos valores esperados em uma co-contração voluntária máxima; 3) Dor muscular experimentalmente induzida não altera os indices de co-contraçãoThe same task can be performed in various ways and there are several conditions that might influence the motor control of the task. In this scenery, pain is placed in a distinctive position. An example of motor control strategy is the simultaneous activation of agonistic and antagonistic muscles, which is defined as cocontraction. The aims of the present theses are to investigate possible interactions between muscle pain and force and to validate methods proposed to quantify cocontraction (co-contraction indices, ICC), that are based on three distinct electromyographic normalization procedures, as follows: non-normalization of the EMG intensity (CCI1) and normalization, respectively, by the maximal voluntary isometric contraction (CCI2) and maximal voluntary co-contraction (CCI3). For that propose, ten healthy adults performed two motor tasks in three conditions: pre,during, and post experimentally induced muscle pain. The electromyographic (EMG) activity from m. biceps brachii (lateral and medial head) and triceps brachii (lateral and medial head) was recorded during both tasks. Muscle pain was induced by injecting 1.0 ml of hypertonic saline (5.8%) into biceps brachii muscle (medial head). In one of the tasks, 25, 50, 75, and 100% of the maximal voluntary isometric force was performed towards elbow flexion and elbow extension. In this task it was found that, during muscle pain, the maximal voluntary isometric force (in flexion) reached approximately 88±7% of that performed in the non-painful condition. In addition, the EMG/force relationship resembled a curvilinear monotonic ascendant shape in both, painful and non-painful conditions. In the second task, that is, voluntary co-contraction at 25, 50, 75, and 100% of the maximal voluntary co-contraction, the co-contraction index that reached the closest values to 100% was the CCI3 with mean values of 84 (+ or -) 4%. For CCI1 and CCI2, the mean values were 77±6% and 70±6%. In conclusion: 1) during pain and non-painful conditions, the EMG/force relationship, for isometric exercises, resemble curvilinear monotonic ascendant shape. 2) The CCI that normalizes the EMG amplitude by the maximal voluntary co-contraction values is the most appropriate one because it approximates the expected to the calculated values.3) Experimentally induced muscle pain does not change co-contraction indices in various activation levelsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPDuarte, MarcosErvilha, Ulysses Fernandes2004-07-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-16052022-133534/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-05-16T17:07:35Zoai:teses.usp.br:tde-16052022-133534Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-05-16T17:07:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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