Efeito do número de árvores remanescentes na produção de madeira de Eucalyptus saligna Smith em segunda rotação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Spina-Franca, Fabio
Data de Publicação: 1989
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-140107/
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido com os objetivos de: a) estudar o efeito de diferentes números de árvores remanescentes por hectare após o corte, sobre o desenvolvimento da segunda rotação; b) verificar qual o número de árvores remanescentes que propicia o maior volume de madeira com diâmetro superior a 4 cm para produção de chapas duras proveniente da segunda rotação e; c) determinar o volume de madeira produzida para serraria na segunda rotação de E. saligna. O experimento foi instalado na Fazenda Rio Claro, localizada no município de Lençóis Paulista-SP, em povoamento comercial de E. saligna procedente de Itatinga-SP, plantado em abril de 1975, com espaçamento de 3,00 X 1,75 m e manejado pelo sistema conjugado, em fevereiro de 1983. Este sistema constou de corte raso de uma linha de árvores a cada cinco para retirada da madeira de primeira rotação. Nas demais linhas, foram deixadas as árvores remanescentes correspondentes aos tratamentos. A brotação foi manejada deixando-se de 2 a 3 brotos por touça. O experimento obedeceu ao delineamento em blocos ao acaso com 6 tratamentos e 3 repetições. Os tratamentos foram: 0 (corte raso), 40, 70, 100, 130 e 160 árvores remanescentes por hectare. Cada parcela ocupou 2,3 ha e o experimento, 41,31 ha. Devido a extensão da área das parcelas alocaram-se 3 subparcelas de amostragem, fato que aumentou o número de graus de liberdade do ensaio, permitindo a análise mediante regressão, sendo a variável independente o número de árvores remanescentes por hectare. As análises dos dados referentes às medições efetuadas aos 41, 53 e 60 meses após o corte, foram realizadas para diâmetro médio quadrático à altura do peito (DAPq) altura média e dominante, área basal, volume para processo de produção de chapas e para serraria. De acordo com os resultados, chegou-se às seguintes conclusões: - não foi constatada influência das árvores remanescentes sobre a sobrevivência da brotação. - não foi constatada influência das árvores remanescentes sobre o desenvolvimento da altura dominante da brotação e as alturas médias da brotação e das árvores remanescentes. - a presença das árvores remanescentes causou redução significativa no DAPq da brotação e, portanto, dos parâmetros dele dependentes: área basal e volume. A redução mais acentuada do DAPq da brotação foi no intervalo de 0 para 25 árvores remanescentes, caracterizando a concorrência destas sobre a brotação, e a intolerância do E. saligna em se desenvolver sob um estrato superior. - aos 60 meses não foi verificada competição entre as árvores remanescentes. - o aumento do volume de madeira produzido pelas árvores remanescentes é proporcional ao número destas por hectare. - o aumento no volume de madeira fina, produzido pelas árvores remanescentes, não é suficiente para compensar a redução na produção volumétrica da brotação. - o sistema conjugado não é recomendado para o E. saligna, pois o volume de madeira para processo produzido pela brotação sob árvores remanescentes, aos 60 meses de idade, é 50%, em média, inferior ao produzido pela brotação em corte raso
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spelling Efeito do número de árvores remanescentes na produção de madeira de Eucalyptus saligna Smith em segunda rotaçãoThe effect of the number of remaining trees on the wood production of Eucalyptus saligna Smith in second rotationÁRVORES REMANESCENTESEUCALIPTOMADEIRA PRODUÇÃOROTAÇÃO DE CULTURASO presente trabalho foi desenvolvido com os objetivos de: a) estudar o efeito de diferentes números de árvores remanescentes por hectare após o corte, sobre o desenvolvimento da segunda rotação; b) verificar qual o número de árvores remanescentes que propicia o maior volume de madeira com diâmetro superior a 4 cm para produção de chapas duras proveniente da segunda rotação e; c) determinar o volume de madeira produzida para serraria na segunda rotação de E. saligna. O experimento foi instalado na Fazenda Rio Claro, localizada no município de Lençóis Paulista-SP, em povoamento comercial de E. saligna procedente de Itatinga-SP, plantado em abril de 1975, com espaçamento de 3,00 X 1,75 m e manejado pelo sistema conjugado, em fevereiro de 1983. Este sistema constou de corte raso de uma linha de árvores a cada cinco para retirada da madeira de primeira rotação. Nas demais linhas, foram deixadas as árvores remanescentes correspondentes aos tratamentos. A brotação foi manejada deixando-se de 2 a 3 brotos por touça. O experimento obedeceu ao delineamento em blocos ao acaso com 6 tratamentos e 3 repetições. Os tratamentos foram: 0 (corte raso), 40, 70, 100, 130 e 160 árvores remanescentes por hectare. Cada parcela ocupou 2,3 ha e o experimento, 41,31 ha. Devido a extensão da área das parcelas alocaram-se 3 subparcelas de amostragem, fato que aumentou o número de graus de liberdade do ensaio, permitindo a análise mediante regressão, sendo a variável independente o número de árvores remanescentes por hectare. As análises dos dados referentes às medições efetuadas aos 41, 53 e 60 meses após o corte, foram realizadas para diâmetro médio quadrático à altura do peito (DAPq) altura média e dominante, área basal, volume para processo de produção de chapas e para serraria. De acordo com os resultados, chegou-se às seguintes conclusões: - não foi constatada influência das árvores remanescentes sobre a sobrevivência da brotação. - não foi constatada influência das árvores remanescentes sobre o desenvolvimento da altura dominante da brotação e as alturas médias da brotação e das árvores remanescentes. - a presença das árvores remanescentes causou redução significativa no DAPq da brotação e, portanto, dos parâmetros dele dependentes: área basal e volume. A redução mais acentuada do DAPq da brotação foi no intervalo de 0 para 25 árvores remanescentes, caracterizando a concorrência destas sobre a brotação, e a intolerância do E. saligna em se desenvolver sob um estrato superior. - aos 60 meses não foi verificada competição entre as árvores remanescentes. - o aumento do volume de madeira produzido pelas árvores remanescentes é proporcional ao número destas por hectare. - o aumento no volume de madeira fina, produzido pelas árvores remanescentes, não é suficiente para compensar a redução na produção volumétrica da brotação. - o sistema conjugado não é recomendado para o E. saligna, pois o volume de madeira para processo produzido pela brotação sob árvores remanescentes, aos 60 meses de idade, é 50%, em média, inferior ao produzido pela brotação em corte rasoThe purpose of this dissertation was: a) to study the effect of different numbers of ramaining trees on the growth of second rotation; b) to verify which number of remaining trees/ha on the wood volume production of hardboard, up to 4 cm top diameter in the second rotation, and c) to determine the wood volume for saw-milling produced by Eucalyptus saligna at the same area. The experiment was carried out in a Eucalyptus saligna commercial wood lot located at Fazenda Rio Claro, county of Lençóis Paulista, state of São Paulo, Brazil. The seeds came from a commercial plantation located in the county of Itatinga, State of São Paulo, and the seedlings were planted at 3.00 x 1.75 m spacings on April, 1975. On February, 1983, it was done a row clear cut each fifth row for wood extraction. On the remaining rows trees were left according to the 6 (six) treatments (clear cut, 40, 70, 100, 130 and 160 remaining trees per hectare). The stumpage was managed leaving 2 to 3 sprouts per stump. Randomized complete blocks was the statistical design, with 3 replications. Each plot has 2.3 hectares and the whole experiment 41,31 hectares. In each plot were located 3 sub-plots for tree tally. The statistical analyses were performed at 41, 53 and 60 months after cutting and for each sub-plot the following parameters were calculated: mean square DBH, mean height, dominant height, basal area and wood volume for hardboard and saw mill production. It was possible to draw the following conclusion: - remaining trees did not affect coppicing survival. - remaining trees did not affect dominant height of sprouts or of the remaining trees. - remaining trees affect the mean squared DBH of the sprouts, basal area and volume. The most important reduction was between O and 25 remaining trees per remaining trees per hectare, showing competition over sprout growth and low feasibility of E. saligna growth under a dense cannopy. - at 60 months of age no competition among remaining trees was detected. - there is a strong correlation between remaining trees number and volume per hectare. - the increased in yield of small diameter wood in remaining trees was not sufficient to compensate de sprouts the volume reduction in wood production, due to competition. - the management system that contemplates to leave remaining trees on the stand after first cut is not recommended for E. saligna due to decrease on total volume production at 60 months of age. It produces 50% less volume per hectare than clear cut systemBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSimoes, Joao WalterSpina-Franca, Fabio1989-04-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-140107/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-19T21:37:02Zoai:teses.usp.br:tde-20191218-140107Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-19T21:37:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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