Sobre os efeitos macroeconômicos de choques tecnológicos: evidências empíricas para o Brasil e países selecionados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-24072024-181155/ |
Resumo: | O presente trabalho tem por objetivo checar empiricamente a adequação de algumas das hipóteses relacionadas à primeira geração de modelos de ciclos reais de negócios (reiil-hiisiness-cyde; RBC), assim como os resultados daí advindos. Para tanto, estimamos modelos que impõem poucas restrições a priori sobre os dados a fim de verificarmos a robustez empírica de alguns resultados, na linha de raciocínio proposta originalmente por Galí (1996b, 1999), ao mesmo tempo em que atentamos para diferenças existentes entre medidas de produtividade total dos fatores que levam em conta (ou não) taxas de utilização variáveis dos fatores de produção. Também checamos a robustez desses resultados para outros países, especialmente os Estados Unidos, seguindo o debate empírico recente iniciado por Francis e Ramey (2001) e levado adiante por Christiano, Eichenbaum e Vigfusson (2003). Os resultados obtidos demonstram que, além de existirem diferenças significativas entre medidas de produtividade construídas a partir de metodologias distintas, medidas que não incorporam taxas de utilização dos fatores variáveis ao longo do tempo não podem ser caracterizadas de acordo com as especificações teóricas geralmente adotadas nos primeiros modelos RBC. Além disso, esses modelos geram resultados teóricos que não são compatíveis com algumas regularidades empíricas básicas dos ciclos de negócios, o que também tende a comprometer sua performance. Os resultados obtidos são robustos a diversas questões de especificação, tais como: a consideração de diferentes períodos amostrais, a inclusão de variáveis adicionais nas estimações realizadas e a especificação do processo estocástico seguido pelo fator trabalho. No caso de dados americanos, os resultados obtidos tendem a confirmar os resultados originais de Galí e Francis e Ramey, ao mesmo tempo em que vão contra a alguns dos argumentos contidos em Christiano, Eichenbaum e Vigfusson. |
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Sobre os efeitos macroeconômicos de choques tecnológicos: evidências empíricas para o Brasil e países selecionadosOn the macroeconomic effects of technological shocks: empirical evidence for Brazil and selected countriesMacroeconomiaMacroeconomicsModelos RBCProductivityProdutividadeRBC modelsO presente trabalho tem por objetivo checar empiricamente a adequação de algumas das hipóteses relacionadas à primeira geração de modelos de ciclos reais de negócios (reiil-hiisiness-cyde; RBC), assim como os resultados daí advindos. Para tanto, estimamos modelos que impõem poucas restrições a priori sobre os dados a fim de verificarmos a robustez empírica de alguns resultados, na linha de raciocínio proposta originalmente por Galí (1996b, 1999), ao mesmo tempo em que atentamos para diferenças existentes entre medidas de produtividade total dos fatores que levam em conta (ou não) taxas de utilização variáveis dos fatores de produção. Também checamos a robustez desses resultados para outros países, especialmente os Estados Unidos, seguindo o debate empírico recente iniciado por Francis e Ramey (2001) e levado adiante por Christiano, Eichenbaum e Vigfusson (2003). Os resultados obtidos demonstram que, além de existirem diferenças significativas entre medidas de produtividade construídas a partir de metodologias distintas, medidas que não incorporam taxas de utilização dos fatores variáveis ao longo do tempo não podem ser caracterizadas de acordo com as especificações teóricas geralmente adotadas nos primeiros modelos RBC. Além disso, esses modelos geram resultados teóricos que não são compatíveis com algumas regularidades empíricas básicas dos ciclos de negócios, o que também tende a comprometer sua performance. Os resultados obtidos são robustos a diversas questões de especificação, tais como: a consideração de diferentes períodos amostrais, a inclusão de variáveis adicionais nas estimações realizadas e a especificação do processo estocástico seguido pelo fator trabalho. No caso de dados americanos, os resultados obtidos tendem a confirmar os resultados originais de Galí e Francis e Ramey, ao mesmo tempo em que vão contra a alguns dos argumentos contidos em Christiano, Eichenbaum e Vigfusson.This work aims to check the empirical adequacy of some of the main hypotheses behind the first generation of real-business-cycle models. In doing so, we estimate models that impose a few a priori restrictions over the data in order to verify the robustness of some results, following the guidelincs contained in Galí (1996b, 1999). At the same time, we draw some attention to the differences between total-factor-productivity measures obtained through different methodologies, speciallt those that take account (or not) of variable factor-utilization rates. We also check the robustness of the results related to other countries, specially the United States, following the recent empirical debate raised by Francis and Ramey (2001) and Christiano, Eichenbaum and Vigfusson (2003). Our results show that there are considerable differences between different measures of productivity. Specifically, measures that do not incorporate variable factor-utilization rates cannot be characterized in accordance with the theoretical specifications adopted in the first RBC models. Besides that, these models generate results that are not compatible with some of the main empirical regularities regarding business-cycle phenomena. Our results are robust to several specification issues, such as: differences in sample periods, inclusion of additional variables in the estimation and the specification of the stochastic process followed by the labor input. When considering american data, our results tend to confirm Galí\'s and Francis and Ramey\'s results, while going against some of the main arguments contained in Christiano, Eichenbaum and Vigfusson.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPicchetti, PauloMagalhães, Matheus Albergaria de2004-03-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-24072024-181155/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-07-25T14:01:02Zoai:teses.usp.br:tde-24072024-181155Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-07-25T14:01:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O presente trabalho tem por objetivo checar empiricamente a adequação de algumas das hipóteses relacionadas à primeira geração de modelos de ciclos reais de negócios (reiil-hiisiness-cyde; RBC), assim como os resultados daí advindos. Para tanto, estimamos modelos que impõem poucas restrições a priori sobre os dados a fim de verificarmos a robustez empírica de alguns resultados, na linha de raciocínio proposta originalmente por Galí (1996b, 1999), ao mesmo tempo em que atentamos para diferenças existentes entre medidas de produtividade total dos fatores que levam em conta (ou não) taxas de utilização variáveis dos fatores de produção. Também checamos a robustez desses resultados para outros países, especialmente os Estados Unidos, seguindo o debate empírico recente iniciado por Francis e Ramey (2001) e levado adiante por Christiano, Eichenbaum e Vigfusson (2003). Os resultados obtidos demonstram que, além de existirem diferenças significativas entre medidas de produtividade construídas a partir de metodologias distintas, medidas que não incorporam taxas de utilização dos fatores variáveis ao longo do tempo não podem ser caracterizadas de acordo com as especificações teóricas geralmente adotadas nos primeiros modelos RBC. Além disso, esses modelos geram resultados teóricos que não são compatíveis com algumas regularidades empíricas básicas dos ciclos de negócios, o que também tende a comprometer sua performance. Os resultados obtidos são robustos a diversas questões de especificação, tais como: a consideração de diferentes períodos amostrais, a inclusão de variáveis adicionais nas estimações realizadas e a especificação do processo estocástico seguido pelo fator trabalho. No caso de dados americanos, os resultados obtidos tendem a confirmar os resultados originais de Galí e Francis e Ramey, ao mesmo tempo em que vão contra a alguns dos argumentos contidos em Christiano, Eichenbaum e Vigfusson. |
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