Efeitos neuroprotetores do canabidiol em modelo experimental de hemorragia da matriz germinativa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-01062020-074843/ |
Resumo: | Introdução. Com o aumento na sobrevida de recém-nascidos prematuros, a hemorragia da matriz germinativa tornou-se um importante problema de saúde pública. No entanto, estratégias para o manejo da lesão neuronal direta, decorrente da hemorragia da matriz germinativa, ainda são escassas. O presente estudo tem por objetivo analizar a atividade neuroprotetora do canabidiol em modelo experimental de hemorragia da matriz germinativa. Métodos. 152 ratos Wistar com 7 dias de vida (P7) foram submetidos a modelo experimental de hemorragia da matriz germinativa com colagenase. Intensidade de resposta inflamatória e morte neuronal foram analisadas na zona perilesional e na região de CA1 do hipocampo ipsilateral. Imuno-histoquímica com marcação de GFAP e caspase 3 foi utilizada. Dosagem de malondialdeído foi utilizada para análise da intensidade do estresse oxidativo após lesão hemorrágica. Análise do conteúdo de água livre por técnica de liofilização foi utilizada para estimação de edema cerebral. Resultados. Evidenciamos redução da astrocitose reacional na zona perilesional, tanto 24 horas como 14 dias após injúria hemorrágica (p < 0,001) nos animais tratados com canabidiol. O mesmo foi visualizado na região do Stratum oriens do hipocampo ipsilateral 14 dias após indução da hemorragia (p < 0,05). Além disso, percebemos uma diminuição significativa no número de células marcadas com caspase 3 na zona perilesional 24 horas após a hemorragia (p < 0.001). O tratamento com canabidiol foi também acompanhado de aumento significativo do ganho ponderal. Conclusão. O tratamento da hemorragia da matriz germinativa com canabidiol reduziu significativamente o número de células em apoptose e da astrocitose reacional na área perilesional e no hipocampo. Observamos ainda que essa resposta foi sustentada 14 dias após a lesão hemorrágica. Esses resultados corroboram nossa hipótese de que o canabidiol apresenta potencial como agente neuroprotetor na hemorragia da matriz germinativa. |
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Efeitos neuroprotetores do canabidiol em modelo experimental de hemorragia da matriz germinativaNeuroprotective effects of cannabidiol in an experimental model of germinal matrix hemorrhageCanabidiolCannabidiolGerminal matrix hemorrhageHemorragia da matriz germinativaHemorragia da prematuridadeInflamaçãoInflammationNeuroproteçãoNeuroprotectionPrematurityIntrodução. Com o aumento na sobrevida de recém-nascidos prematuros, a hemorragia da matriz germinativa tornou-se um importante problema de saúde pública. No entanto, estratégias para o manejo da lesão neuronal direta, decorrente da hemorragia da matriz germinativa, ainda são escassas. O presente estudo tem por objetivo analizar a atividade neuroprotetora do canabidiol em modelo experimental de hemorragia da matriz germinativa. Métodos. 152 ratos Wistar com 7 dias de vida (P7) foram submetidos a modelo experimental de hemorragia da matriz germinativa com colagenase. Intensidade de resposta inflamatória e morte neuronal foram analisadas na zona perilesional e na região de CA1 do hipocampo ipsilateral. Imuno-histoquímica com marcação de GFAP e caspase 3 foi utilizada. Dosagem de malondialdeído foi utilizada para análise da intensidade do estresse oxidativo após lesão hemorrágica. Análise do conteúdo de água livre por técnica de liofilização foi utilizada para estimação de edema cerebral. Resultados. Evidenciamos redução da astrocitose reacional na zona perilesional, tanto 24 horas como 14 dias após injúria hemorrágica (p < 0,001) nos animais tratados com canabidiol. O mesmo foi visualizado na região do Stratum oriens do hipocampo ipsilateral 14 dias após indução da hemorragia (p < 0,05). Além disso, percebemos uma diminuição significativa no número de células marcadas com caspase 3 na zona perilesional 24 horas após a hemorragia (p < 0.001). O tratamento com canabidiol foi também acompanhado de aumento significativo do ganho ponderal. Conclusão. O tratamento da hemorragia da matriz germinativa com canabidiol reduziu significativamente o número de células em apoptose e da astrocitose reacional na área perilesional e no hipocampo. Observamos ainda que essa resposta foi sustentada 14 dias após a lesão hemorrágica. Esses resultados corroboram nossa hipótese de que o canabidiol apresenta potencial como agente neuroprotetor na hemorragia da matriz germinativa.Introduction. As the survival of preterm infants has increased significantly, germinal matrix hemorrhage (GMH) has become an important public health issue. Nevertheless, treatment strategies for direct neuronal injury are still scarce. The present study aims to analyze the neuroprotective properties of cannabidiol in the germinal matrix hemorrhage. Methods. 152 Wistar rat pups (P7) were submitted to an experimental collagenase induced model of GMH. Inflammatory response and neuronal death were analyzed both at the perilesional area as at the distant ipsilateral CA1 hippocampal area. Immunohistochemistry for GFAP and caspase 3 was used. Malondialdehyde level was measured for analysis of the oxidative stress after the hemorrhage, and the ipsilateral free water content was assessed for estimation of cerebral edema, and neurodevelopment and neurofunctional tests were conducted. Results. Reduction of reactive astrocytosis was observed both in the perilesional area 24 hours and 14 days after the hemorrhage lesion (p < 0.001) and in the Stratum oriens of the ipsilateral hippocampal CA1 14 days after the hemorrhage lesion (p <0.05) in the treated groups. Similarly, there was a reduction in the number of Caspase 3-positive astrocytes in the perilesional area in the treated groups 24 hours after the hemorrhage lesion (p < 0.001). Finally, we found a significant increase in the weight of the rats treated with cannabidiol. Conclusion. The treatment of GMH with cannabidiol significantly reduced the number of apoptotic cells and reactive astrocytes in the perilesional area and the ipsilateral hippocampus. Also, this response was sustained 14 days after the hemorrhage. These results corroborate our hypothesis that cannabidiol is a potential neuroprotective agent in the treatment of germinal matrix hemorrhage.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMachado, Hélio RubensAlmeida, Timóteo Abrantes de Lacerda2019-12-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-01062020-074843/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-07-10T00:00:02Zoai:teses.usp.br:tde-01062020-074843Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-07-10T00:00:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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