Os folhetins de Nelson Rodrigues: um universo de obsessões em fatias parcimoniosas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pastro, Sandra Maria
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-21012009-155901/
Resumo: Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que se debruçou sobre um viés ainda pouco estudado da expressão de Nelson Rodrigues: seus textos folhetinescos. Buscouse localizar, identificar e caracterizar, nos folhetins escritos para os jornais nas décadas de 1940 e 1950, a estrutura teatral de Nelson Rodrigues em germe. Adentrando o terreno da experiência cotidiana e da circunstância nacional, procuramos discutir a conexão desse tipo de literatura com o momento histórico e o papel reproduzido por elas nas formas de pensar as relações sociais do momento de sua divulgação. A partir das dimensões cotidianas captadas no Brasil de 1940, refletiu-se especialmente sobre as representações sociais reproduzidas nos enredos criados por Nelson Rodrigues na pele de Suzana Flag e Myrna, discutindo com mais ênfase o retrato da mulher e do casamento, dentro de uma sociedade conservadora. Buscouse, ainda, fixar as constantes temáticas dos textos do dramaturgo e seus posteriores desdobramentos. Paralelamente, ensejou-se vislumbrar as necessidades do homem moderno de absorver mundos imaginários por elas erigidos e discutir o fenômeno de leitura que tais obras representaram. Para tanto, abrangeu-se desde suas experiências como repórter policial no jornal do pai, Mario Rodrigues, até suas experiências femininas como folhetinista em jornais da época (O Jornal, Crítica, O cruzeiro) e posteriores práticas como dramaturgo e cronista. Foram analisados os folhetins Meu destino é pecar (1944); Escravas do amor (1944); Minha vida (1946); Núpcias de Fogo (1948) e O homem proibido ( 1951), escritos sob o pseudônimo de Suzana Flag; A mulher que amou demais (1949), de Myrna, relacionando-os com alguns contos da coluna diária A vida como ela é... (1951-1961) e algumas de suas peças teatrais. Por fim, buscou-se verificar o que os folhetins A mentira (1953) e Asfalto Selvagem (1959-60) revelam da atmosfera obsedante das composições rodriguianas.
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