A crítica de Politzer ao abstrato das teorias de Freud e Bergson para um projeto de psicologia concreta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mioto, Júlio César
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59142/tde-26092022-161139/
Resumo: Nesta tese estarão abordados os grandes temas de Georges Politzer, tais como sua oposição entre psicologia concreta e psicologia clássica, sua base antropológica neokantiana, e sua passagem ao materialismo dialético ao tratar de questões da psicologia. A tese é que o melhor método de leitura de Politzer poderia ser aquele que vincula aos seus desenvolvimentos a noção de uma \"negação determinada\" da ciência psicológica - com a pouca base material experimental das induções científicas das tendências psicológicas mais adiantadas de sua época, especialmente as da psicanálise freudiana, Politzer faz a negação determinada do que ainda era tido como ciência psicológica neste contexto. O que exigiu de Politzer alguns desdobramentos nada fáceis de realizar, dado o estado dos preconceitos históricos nos quais estava baseada a ciência psicológica. Quanto ao que podemos chamar de seu \"kantismo\", em relação à tese kantiana que define o que é determinação e o que é determinável no fato da consciência de si, Politzer se decidiu pela afirmação do caráter não ontológico da natureza do Eu, que engaja uma noção de drama histórico e singular para a compreensão da pessoa humana. Com esse fim, o autor empreende uma crítica severa da forma abstrata ainda presente na filosofia de Bergson e na psicanálise de Freud para a compreensão concreta da realidade humana. É o que nos propomos a apresentar e analisar ao longo deste trabalho.
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