Identidade taxonômica de populações atribuíveis a Rhinella mirandaribeiroi (Gallardo, 1965) (Anura: Bufonidae) e sua diagnose em relação à Rhinella granulosa (Spix, 1824)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-17102023-111648/ |
Resumo: | O grupo de Rhinella granulosa é composto por 13 espécies amplamente distribuídas na América do Sul e Panamá. A riqueza do grupo pode estar pobremente caracterizada em função de caracterizações limitadas pela falta de dados de topótipos. Esse é o caso de Rhinella mirandaribeiroi, que carece de caracterização topotípica (Ilha de Marajó, PA) em termos acústicos e moleculares e da existência de variação interpopulacional, que considere espécimenes do Cerrado e mesmo de seu sinônimo júnior Bufo granulosus lutzi (Pirapora, MG). Ao mesmo tempo, as diferenças morfológicas e acústicas parecem escassas e sutis em comparação com R. granulosa, uma espécie irmã com áreas de distribuição contíguas. Portanto, uma abordagem taxonômica integrativa é necessária para avaliar a riqueza do complexo e caracterizá-las diferencialmente. Aqui apresentamos dados morfológicos de topótipos de R. mirandaribeiroi recentemente coletados, assim como dados acústicos e genéticos dessa população. Encontramos evidências acústicas, moleculares e morfológicas que B. g. lutzi e indivíduos distribuídos no Cerrado pertencem à mesma linhagem de R. mirandaribeiroi. Também, encontramos que R. granulosa e R. mirandaribeiroi apresentam fenótipo conservado (morfologia e acústica) e que a presença/ausência da linha vertebral clara não é um caráter diagnostico de ambas as espécies nominadas. No entanto, R. granulosa e R. mirandaribeiroi apresentam uma expressiva distância genética e, portanto, devem ser mantidas como espécies válidas até que se conheça melhor qual a distribuição de ambas as espécies. |
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Identidade taxonômica de populações atribuíveis a Rhinella mirandaribeiroi (Gallardo, 1965) (Anura: Bufonidae) e sua diagnose em relação à Rhinella granulosa (Spix, 1824)Taxonomic identity of populations attributed to Rhinella mirandaribeiroi (Gallardo, 1965) (Anura: Bufonidae) and their diagnosis in relation to Rhinella granulosa (Spix, 1824)AcousticsAcústicaAmazonBiodiversidadeBiodiversityCerradoMorfometriaMorphometryTaxonomiaTaxonomyO grupo de Rhinella granulosa é composto por 13 espécies amplamente distribuídas na América do Sul e Panamá. A riqueza do grupo pode estar pobremente caracterizada em função de caracterizações limitadas pela falta de dados de topótipos. Esse é o caso de Rhinella mirandaribeiroi, que carece de caracterização topotípica (Ilha de Marajó, PA) em termos acústicos e moleculares e da existência de variação interpopulacional, que considere espécimenes do Cerrado e mesmo de seu sinônimo júnior Bufo granulosus lutzi (Pirapora, MG). Ao mesmo tempo, as diferenças morfológicas e acústicas parecem escassas e sutis em comparação com R. granulosa, uma espécie irmã com áreas de distribuição contíguas. Portanto, uma abordagem taxonômica integrativa é necessária para avaliar a riqueza do complexo e caracterizá-las diferencialmente. Aqui apresentamos dados morfológicos de topótipos de R. mirandaribeiroi recentemente coletados, assim como dados acústicos e genéticos dessa população. Encontramos evidências acústicas, moleculares e morfológicas que B. g. lutzi e indivíduos distribuídos no Cerrado pertencem à mesma linhagem de R. mirandaribeiroi. Também, encontramos que R. granulosa e R. mirandaribeiroi apresentam fenótipo conservado (morfologia e acústica) e que a presença/ausência da linha vertebral clara não é um caráter diagnostico de ambas as espécies nominadas. No entanto, R. granulosa e R. mirandaribeiroi apresentam uma expressiva distância genética e, portanto, devem ser mantidas como espécies válidas até que se conheça melhor qual a distribuição de ambas as espécies.The Rhinella granulosa group is composed of 13 species widely distributed in South America and Panama. The richness of the group may be poorly characterized due to limited characterizations caused by a lack of topotype data. This is the case for Rhinella mirandaribeiroi, which lacks topotypical characterization (Marajó Island, PA) in terms of acoustics and molecular data, as well as interpopulation variation, considering specimens from the Cerrado and even its junior synonym Bufo granulosus lutzi (Pirapora, MG). At the same time, morphological and acoustic differences seem scarce and subtle compared to R. granulosa, a sister species with contiguous distribution areas. Therefore, an integrative taxonomic approach is necessary to assess the richness of the complex and differentiate them. Here, we present morphological data from recently collected topotypes of R. mirandaribeiroi, as well as acoustic and genetic data from this population. We found acoustic, molecular, and morphological evidence that B. g. lutzi and individuals distributed in the Cerrado belong to the same lineage as R. mirandaribeiroi. We also found that R. granulosa and R. mirandaribeiroi exhibit a conserved phenotype (morphology and acoustics) and that the presence/absence of a clear vertebral line is not a diagnostic character for both named species. However, R. granulosa and R. mirandaribeiroi show a significant genetic distance and therefore should be maintained as valid species until a better understanding of the distribution of both species is achieved.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGiaretta, Ariovaldo AntonioRamírez Moreno, Julián Sebastián2023-09-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-17102023-111648/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPReter o conteúdo por motivos de patente, publicação e/ou direitos autoriais.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-12-20T13:47:03Zoai:teses.usp.br:tde-17102023-111648Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-20T13:47:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O grupo de Rhinella granulosa é composto por 13 espécies amplamente distribuídas na América do Sul e Panamá. A riqueza do grupo pode estar pobremente caracterizada em função de caracterizações limitadas pela falta de dados de topótipos. Esse é o caso de Rhinella mirandaribeiroi, que carece de caracterização topotípica (Ilha de Marajó, PA) em termos acústicos e moleculares e da existência de variação interpopulacional, que considere espécimenes do Cerrado e mesmo de seu sinônimo júnior Bufo granulosus lutzi (Pirapora, MG). Ao mesmo tempo, as diferenças morfológicas e acústicas parecem escassas e sutis em comparação com R. granulosa, uma espécie irmã com áreas de distribuição contíguas. Portanto, uma abordagem taxonômica integrativa é necessária para avaliar a riqueza do complexo e caracterizá-las diferencialmente. Aqui apresentamos dados morfológicos de topótipos de R. mirandaribeiroi recentemente coletados, assim como dados acústicos e genéticos dessa população. Encontramos evidências acústicas, moleculares e morfológicas que B. g. lutzi e indivíduos distribuídos no Cerrado pertencem à mesma linhagem de R. mirandaribeiroi. Também, encontramos que R. granulosa e R. mirandaribeiroi apresentam fenótipo conservado (morfologia e acústica) e que a presença/ausência da linha vertebral clara não é um caráter diagnostico de ambas as espécies nominadas. No entanto, R. granulosa e R. mirandaribeiroi apresentam uma expressiva distância genética e, portanto, devem ser mantidas como espécies válidas até que se conheça melhor qual a distribuição de ambas as espécies. |
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