Estudo de variedades do grupo das tangerineiras: caracterização e avaliação dos frutos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pio, Rose Mary
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20200111-142701/
Resumo: Com a finalidade de iniciar os estudos com quinze tipos de tangerinas, com possível valor para utilização comercial, foram analisadas as características de seus frutos, nas condições climáticas do Centro de Citricultura Sylvio Moreira (CCSM), em Cordeirópolis - SP, pertencente ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Os tipos de tangerinas, de clones nucelares, foram selecionados dentre os existentes no Banco Ativo de Germoplasma de Citros (BAG-Citros), do IAC, após avaliação prévia das qualidades do fruto. Os tipos estudados foram os seguintes: tangerinas Vermelha 7, Loose Jacket, Thomas, Sul da Africa, De Wildt, Rosehaugh Nartjee, Szuwinkon x Szinkon Tizon, Szuwinkon, Span Americana, Clementina Caçula 4 e Clementina Caçula 3 e as mexericas Pernambucana, 114412, Mogi das Cruzes e Tardia da Sicilia. As plantas estavam enxertadas em tangerineira ‘Cleópatra’ <Citrus reschni Hort. Ex Tan. e contavam com oito anos de plantio, no início do estudo. O estudo desenvolveu durante três anos consecutivos (1994, 1995 e 1996), a cada mês, entre abril e setembro. Foram estudadas as seguintes características do fruto: altura, diâmetro, coloração da casca, porcentagem e coloração do suco, número de sementes, percentagem de sólidos solúveis; percentagem de acidez, relação de sólidos solúveis: acidez (“ratio”) e índice tecnológico (quilogramas de sólidos solúveis por caixa). Este estudo possibilitou a descrição das características do fruto de cada tipo. Esse conhecimento dos frutos permitiu as seguintes conclusões: 1. As variedades que apresentaram os maiores valores para tamanho do fruto foram as tangerinas Rosehaugh Nartjee e Span Americana; 2. Os maiores valores médios de peso do fruto foram obtidos pelas tangerinas Thomas, De Wildt, Rosehaugh, Nartjee, Szuwinkon x Szinkon Tizon e Span Americana. 3. Quanto à cor de casca, sob o aspecto comercial, as melhores foram as tangerinas Rosehaugh Nartjee e Loose Jacket que apresentaram a coloração alaranjada, próxima da tangerina ‘Poncã’. 4. As maiores percentagens de suco (superiores a 45%) foram obtidas pelas tangerinas Clementina Caçula 3, Sul da África e Loose Jacket e pelas mexericas Tardia da Sicilia e 114412. 5. O número de sementes para as diferentes variedades situou-se entre 10 e 18. 6. Considerando os valores de “ratio”, a partir do mês de abril podem ser colhidos os frutos da tangerina Rosehaugh Nartjee e as mexericas 114412 e Mogi das Cruzes; de junho, as tangerinas Loose Jacket, de Wildt Szuwinkon x Szinbom Tizon, Szuwinbom e Clementina Caçula 4 e a mexerica Pernambucana; de julho, as tangerinas Sul da África e Clementina Caçula 3 e de agosto, a tangerina Thomas e a mexerica Tardia da Sicilia. 7. A tangerina Vermelha 7 mostrou tendência a ter um comportamento bem tardio, com maturação a partir de outubro. 8. As mexericas 114412 e a Tardia da Sicilia e as tangerinas Clementinas Caçula apresentaram valores de “ratio” bastante adequados, ainda no mês de setembro.
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Os tipos estudados foram os seguintes: tangerinas Vermelha 7, Loose Jacket, Thomas, Sul da Africa, De Wildt, Rosehaugh Nartjee, Szuwinkon x Szinkon Tizon, Szuwinkon, Span Americana, Clementina Caçula 4 e Clementina Caçula 3 e as mexericas Pernambucana, 114412, Mogi das Cruzes e Tardia da Sicilia. As plantas estavam enxertadas em tangerineira ‘Cleópatra’ <Citrus reschni Hort. Ex Tan. e contavam com oito anos de plantio, no início do estudo. O estudo desenvolveu durante três anos consecutivos (1994, 1995 e 1996), a cada mês, entre abril e setembro. Foram estudadas as seguintes características do fruto: altura, diâmetro, coloração da casca, porcentagem e coloração do suco, número de sementes, percentagem de sólidos solúveis; percentagem de acidez, relação de sólidos solúveis: acidez (“ratio”) e índice tecnológico (quilogramas de sólidos solúveis por caixa). Este estudo possibilitou a descrição das características do fruto de cada tipo. Esse conhecimento dos frutos permitiu as seguintes conclusões: 1. As variedades que apresentaram os maiores valores para tamanho do fruto foram as tangerinas Rosehaugh Nartjee e Span Americana; 2. Os maiores valores médios de peso do fruto foram obtidos pelas tangerinas Thomas, De Wildt, Rosehaugh, Nartjee, Szuwinkon x Szinkon Tizon e Span Americana. 3. Quanto à cor de casca, sob o aspecto comercial, as melhores foram as tangerinas Rosehaugh Nartjee e Loose Jacket que apresentaram a coloração alaranjada, próxima da tangerina ‘Poncã’. 4. As maiores percentagens de suco (superiores a 45%) foram obtidas pelas tangerinas Clementina Caçula 3, Sul da África e Loose Jacket e pelas mexericas Tardia da Sicilia e 114412. 5. O número de sementes para as diferentes variedades situou-se entre 10 e 18. 6. Considerando os valores de “ratio”, a partir do mês de abril podem ser colhidos os frutos da tangerina Rosehaugh Nartjee e as mexericas 114412 e Mogi das Cruzes; de junho, as tangerinas Loose Jacket, de Wildt Szuwinkon x Szinbom Tizon, Szuwinbom e Clementina Caçula 4 e a mexerica Pernambucana; de julho, as tangerinas Sul da África e Clementina Caçula 3 e de agosto, a tangerina Thomas e a mexerica Tardia da Sicilia. 7. A tangerina Vermelha 7 mostrou tendência a ter um comportamento bem tardio, com maturação a partir de outubro. 8. As mexericas 114412 e a Tardia da Sicilia e as tangerinas Clementinas Caçula apresentaram valores de “ratio” bastante adequados, ainda no mês de setembro.The fruit characteristics of fifteen mandarins varieties of nucellar origin, which have potential commercial value, were evaluated at the Centro de Citricultura Sylvio Moreira, Cordeirópolis - SP, of the Instituto Agronômico de Campinas (IAC). The varieties were selected from a large group of mandarins from the Active Germplasm Bank after preliminary evaluation of their fruit quality. Those evaluated were Vermelha 7, Loose Jacket, Thomas, Sul da Africa, De Wildt, Rosehaugh Nartjee, Szuwinkon x Szinkon Tizon, Szuwinkon, Span Americana, Clementina Caçula 4, Clementina Caçula 3, Pernambucana, 114412, Mogi das Cruzes and Tardia da Sicilia mandarins. The evaluated fruits came from scions which had been grafted on the Cleopatra mandarin which was, 8-years-old, in 1994. The following fruit traits were evaluated: height, diameter, color of the rind, percentage of soluble solids, percentage of acids, relationship between acids and soluble solids (ratio) and kilograms of soluble solids per box. The Thomas, De Wildt, Rosehaugh Nartjee, Szuwinkon x Szinkon Tizon and Span Americana varieties showed the greatest fruit weight. The Clementina Caçula 3, Sul da Africa, Loose Jacket, Tardia da Sicilia and 114412 had the best juice percentage. The varieties that presented light rind color, approaching the Ponkan mandarin rind color, were Rosehaugh Nartjee and Loose Jacket. Based on the ratio value, the Span Americana variety should be harvested from April onwards, while the Rosehaugh Nartjee, 114412 and Mogi das Cruzes mandarins from May onwards. The best time to harvest the Loose Jacket, De Wildt, Szuwinkon, Clementina Caçula 4 and Pernambucana mandarins is in June; Sul da Africa and Clementina Caçula 3 mandarins should be harvested in July, and Thomas and Tardia da Sicilia in August. The Vermelha 7 mandarin should be harvested later. In September, the ratio values of Tardia da Sicilia, 114412 and Clementina Caçula varieties were still adequate.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMinami, KeigoPio, Rose Mary1997-04-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20200111-142701/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-01-12T02:32:02Zoai:teses.usp.br:tde-20200111-142701Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-01-12T02:32:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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