Narrativas cartográficas sobre o agroextrativismo do babaçu em Arajara, Barbalha (CE)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-14082019-103030/ |
Resumo: | A geograficidade social do território mostra as relações existenciais que são produzidas no espaço. Contudo, situações e dilemas da existência são quase improváveis de se ver nos mapas oficiais, pois seus critérios, tema e seleção só abarcam as informações que são importantes para a elite capitalista que os utiliza. Essa prática cartográfica, constituída por um processo de cima para baixo, não coloca a vida prática do cotidiano, especialmente das populações minoritárias, tradicionais e marginalizadas. Porém, nas últimas décadas, diferentes atores de comunidades, povos e populações tomaram os mapas para entender, mostrar e constituir um processo de rexistência contra os ideais capitalistas. Com apoio de instituições, tem se buscado colocar suas territorialidades, saberes e fazeres, em um outro modo de cartografar. Esse outro modo de cartografar abre a possibilidade de escutarmos esses atores não hegemônicos pelos seus mapeamentos. Dessa maneira, esses mapas trazem histórias riquíssimas que expressam situações e fatos não escritos/ditos. Partindo dessa conjectura, essa pesquisa buscou aplicar a metodologia co-labor-ativa não extrativista das narrativas cartográficas para mostrar a identidade e a relação histórico-territorial-cultural desses sujeitos invisíveis, esquecidos e marginalizados. Para tanto, se escolheu um grupo social que vem sofrendo com o processo de modernização do espaço, abarcado pelo capital colonizador, os agroextrativistas do babaçu, do distrito de Arajara, Barbalha, Ceará. Para alcançar isso valemo-nos da metodologia coparticipativa e das experiências de cartografia social, que se delinearam nos mapas mentais, trazendo dados espaciais sobre o processo e situações espaço-temporais do agroextrativismo do babaçu, nesse distrito. Consequentemente, a partir dessa metodologia a pesquisa conseguiu apresentar as r-existências da atividade, os dilemas, pensar situações e melhorias metodológicas para a cartografia e a comunidade. |
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Narrativas cartográficas sobre o agroextrativismo do babaçu em Arajara, Barbalha (CE)Narratives cartographic on the agroextractivism of babassu in Arajara, Barbalha (CE)AgroextractivismAgroextrativismoArajaraArajaraCartografia socialCartography socialNarrativas cartográficasNarrative cartographyPercepções espaço-temporaisSpatiotemporal perceptionsA geograficidade social do território mostra as relações existenciais que são produzidas no espaço. Contudo, situações e dilemas da existência são quase improváveis de se ver nos mapas oficiais, pois seus critérios, tema e seleção só abarcam as informações que são importantes para a elite capitalista que os utiliza. Essa prática cartográfica, constituída por um processo de cima para baixo, não coloca a vida prática do cotidiano, especialmente das populações minoritárias, tradicionais e marginalizadas. Porém, nas últimas décadas, diferentes atores de comunidades, povos e populações tomaram os mapas para entender, mostrar e constituir um processo de rexistência contra os ideais capitalistas. Com apoio de instituições, tem se buscado colocar suas territorialidades, saberes e fazeres, em um outro modo de cartografar. Esse outro modo de cartografar abre a possibilidade de escutarmos esses atores não hegemônicos pelos seus mapeamentos. Dessa maneira, esses mapas trazem histórias riquíssimas que expressam situações e fatos não escritos/ditos. Partindo dessa conjectura, essa pesquisa buscou aplicar a metodologia co-labor-ativa não extrativista das narrativas cartográficas para mostrar a identidade e a relação histórico-territorial-cultural desses sujeitos invisíveis, esquecidos e marginalizados. Para tanto, se escolheu um grupo social que vem sofrendo com o processo de modernização do espaço, abarcado pelo capital colonizador, os agroextrativistas do babaçu, do distrito de Arajara, Barbalha, Ceará. Para alcançar isso valemo-nos da metodologia coparticipativa e das experiências de cartografia social, que se delinearam nos mapas mentais, trazendo dados espaciais sobre o processo e situações espaço-temporais do agroextrativismo do babaçu, nesse distrito. Consequentemente, a partir dessa metodologia a pesquisa conseguiu apresentar as r-existências da atividade, os dilemas, pensar situações e melhorias metodológicas para a cartografia e a comunidade.The social geography of the territory shows the existential relations that are produced in space. However, situations and dilemmas of existence are almost unlikely to be seen on official maps, as their criteria, theme, and selection do not encompass the information that is important to the capitalist elite it uses. This cartographic practice, consisting of a process from top to bottom, does not put the practical life of daily life, especially of the minority populations, traditional and marginalized. However, in the last decades different actors of communities, peoples and populations have taken the maps to understand, to show and to constitute a process of rexistence against the capitalist ideals. With the support of institutions, it has been sought to place its territorialities, knowledge and actions, in another way of mapping. This other way of mapping opens the possibility of listening to these non-hegemonic actors for their mapping. In this way, these bring rich stories that express situations and facts not written / said. Based on this conjecture, this research sought to apply the non-extractivist co-labor-active methodology of cartographic narratives to show the identity and historical-territorial-cultural relationship of these invisible, forgotten and marginalized individuals. For this purpose, a social group that has been suffering from the process of modernization of space, encompassed by the colonizing capital, has been chosen, being agroextractivists of the babassu of the district of Arajara, Barbalha, Ceará. In order to achieve this it was based on the co-participatory methodology and the social cartography experiments, which were delineated in the mental maps, bringing spatial data about the process and spatio-temporal situations of the babaçu agroextractivism in that district. Consequently, from this methodology the research was able to present the r-existences of the activity, the dilemmas, to think situations and improvements methodologies for the cartography and the community.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFonseca, Fernanda PadovesiPereira, Cassio Expedito Galdino2019-05-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-14082019-103030/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-08-20T23:08:04Zoai:teses.usp.br:tde-14082019-103030Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-08-20T23:08:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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